Pedro Rodríguez de Campomanes
Pedro Rodríguez de Campomanes | |
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Retrato de Campomanes por Francisco Bayeu | |
Nascimento | 1 de julho de 1723 Santa Eulalia de Sorriba (Tineo, Astúrias), Espanha |
Morte | 3 de fevereiro de 1802 (78 anos) Madrid |
Ocupação | político, jurista e economista |
Título | • Ministro das finanças , recebido em 1760 • Conde de Campomanes, recebido em 1780 • Presidente das Cortes , recebido em 1789 |
Pedro Rodríguez de Campomanes (Santa Eulalia de Sorriba, Tineo, 1 de julho de 1723 — Madrid, 3 de fevereiro de 1802) foi um político, jurista e economista espanhol.[a]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Os seus dados biográficos são escassos. Nascido na localidade de Sorribia, no concelho de Tineo, Astúrias, crê-se que tenha feito os seus estudos básicos em Sevilha. Dos seus numerosos cargos oficiais, depreende-se que sempre tenha estado muito ligado à política.
Apontado como um adepto do despotismo esclarecido, promoveu o comércio, opôs-se aos monopólios dos grémios e da Mesta (a poderosa confederação dos pastores) e apoiou a expulsão dos jesuítas e desamortização dos seus bens.
Foi ministro das finanças em 1760, no primeiro governo reformista do reinado de Carlos III, chefiado por José Moñino y Redondo, conde de Floridablanca, tendo sido demitido dos seus cargos em 1789 por causa do temor que a Revolução Francesa inspirou ao rei.
Além de ministro, em 1762 foi fiscal do Conselho de Castela, a que viria a presidir. Membro da Real Academia Espanhola desde 1763, ascenderia a presidente da Real Academia Espanhola de História em 1764. Em 1765, ano em que publicou o Tratado de la regalía de amortización, foi nomeado presidente da Mesta.
Em 1775 promove a constituição da Real Sociedade Económica de Madrid,[1] uma das Sociedades Económicas de Amigos do País fundadas no espírito do Iluminismo, que pretendiam promover o desenvolvimento e a difusão da cultura a todos os cidadãos.
Em 1780 recebeu o título de conde de Campomanes, segundo uma lei que permitia a ascensão à nobreza de pessoas influentes mesmo que não tivessem tradição heráldica. Em 1786 foi nomeado presidente do Conselho de Castela e em 1789 chegou a presidente das Cortes, cargo que só abandonaria em 1793, com a ascensão ao trono de Carlos IV.[b]
Após a sua morte, o inventário da sua biblioteca revelou o seu interesse de Campomanes pelos temas relativos ao continente europeu e os seus conhecimentos da realidade política e social da sua época.
Obras
[editar | editar código-fonte]- ???? — Antiquidad maritima de la republica de Cartago,[b] com um apêndice com a tradução da Viagem de Aníbal, o Cartaginês, com curiosas anotações.[b]
- 1747 — Historia de la Orden y Caballería de los Templarios. Considerada um dos documentos mais importantes e completos sobre a Ordem dos Templários, o processo que se seguiu à sua extinção e à morte na fogueira dos seus dirigentes mais destacados. Também discorre minuciosamente sobre o destino dos bens dos templários.
- 1765 — Tratado de la regalía de amortización.
- 1767 — Dictamen fiscal de la expulsión de los jesuitas de España.[c]
- 1774 — Discurso sobre el fomento de la industria popular.[d]
- 1775 — Discurso sobre la educación popular de los artesanos.[e] Como suplemento, foram publicados quatro ensaios, qualquer deles consideravelmente mais volumoso que a obra propriamente dita. O primeiro contém reflexões sobre as causas do declínio dos ofícios e manufaturas em Espanha durante o último século. O segundo aponta os passos necessários para melhorar ou restabelecer as velhas manufaturas, e contém uma curiosa coleção de decretos reais visando encorajar as artes e ofícios e a introdução de matérias primas estrangeiras. O terceiro trata das leis corporativas dos artesãos, em contraste com o resultado da legislação espanhola e das ordenanças municipais das cidades. O quarto contém oito ensaios de Francisco Martínez de Mata sobre comércio nacional, com algumas observações adaptadas às circunstâncias da época.[b]
Notas
- ↑ Grande parte do texto foi baseado no artigo «Pedro Rodríguez de Campomanes» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão).
- ↑ a b c d Trechos baseados no artigo «Pedro Rodríguez, Conde de Campomanes» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).
- ↑ Dictamen fiscal de la expulsión de los jesuitas de España, em openlibrary.org.
- ↑ Discurso sobre el fomento de la industria popular, na Biblioteca Miguel de Cervantes (www.cervantesvirtual.com).
- ↑ Discurso sobre la educación popular de los artesanos, na Biblioteca Miguel de Cervantes (www.cervantesvirtual.com).
Referências
- ↑ Olegario Negrín Fajardo, Educación popular en la España de la segunda mitad del siglo XVIII, UNED, Madrid, 1987, ISBN 84-362-2264-4. Citado no artigo «Pedro Rodríguez de Campomanes» na Wikipédia em castelhano (acessado nesta versão)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Pedro Rodríguez de Campomanes no Wikisource em castelhano.
- «Solo Apuntes - Ilustración Española» (em espanhol). , em www.filosofia.tk
- «Asociación Cultural Conde de Campomanes» (em espanhol)