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Onyx Grand Prix

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Reino Unido Onyx
Nome completo Onyx Grand Prix
Sede Westergate House, Reino Unido
Fundador(es) Mike Earle
Greg Field
Pessoal notável Jo Chamberlain
Paul Shakespeare
Jean-Pierre Van Vossem
Martin Dickson
Peter Rheinhardt
Alan Jenkins
Peter Monteverdi
Pilotos Suécia Stefan Johansson
Bélgica/França/Luxemburgo Bertrand Gachot
Finlândia JJ Lehto
Suíça Gregor Foitek
Chassis Onyx ORE-1
Onyx ORE-1 (B)
Onyx ORE-2
Motor Ford
Pneus Goodyear
Combustível Mobil
Histórico na Fórmula 1
Estreia Brasil GP do Brasil, 1989 (não-classificado)
Último GP Hungria GP da Hungria, 1990 (não-classificado)
Grandes Prêmios 26 (17 largadas)
Campeã de construtores 0 (10° lugar em 1989)
Campeã de pilotos 0 (10° lugar em 1989, com Stefan Johansson)
Vitórias 0 (3° lugar no GP de Portugal de 1989, com Stefan Johansson)
Pole Position 0
Voltas rápidas 0
Pontos 6
Posição no último campeonato
(1990)
13º (0 pontos)

Onyx Grand Prix foi uma equipe de Fórmula 1 britânica fundada por Mike Earle e Greg Field. Disputou as temporadas de 1989 e 1990.

Fundada em 1978, a Onyx deu seus primeiros passos no automobilismo disputando a Fórmula 2. Com o apoio da March, pleiteou uma vaga na F-1 diversas vezes, não tendo êxito nenhuma vez. A morte de Riccardo Palletti (um dos prováveis pilotos da equipe caso fosse inscrita) no GP do Canadá de 1982 mexeu com Field, que vendeu sua parte a Jo Chamberlain. Com o final das atividades da F-2, migrou para a recém-criada Fórmula 3000, onde correu até 1988, tendo como ponto alto o título na temporada de 1987, com Stefano Modena.

Na Fórmula 1

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Bertrand Gachot no Grande Prêmio da Bélgica de 1989, sua penúltima corrida como piloto da Onyx.

Em 1989, Earle e Chamberlain, ao lado do empresário belga Jean-Pierre Van Rossem, decidem embarcar "na onda" da F-1 e inscrevem a Onyx para a temporada deste ano, e o carro, chamado Onyx ORE-1[1], tinha uma pintura incomum: azul-claro com tons de rosa e branco. Os primeiros pilotos da equipe foram o experiente sueco Stefan Johansson e o luxemburguês-belga Bertrand Gachot. Enquanto o sueco se classificou para 8 corridas, Gachot sofria com não-classificações (foram 6 não-passagens pela pré-classificação de sexta-feira e uma não-classificação para o GP da Alemanha, tendo disputado 5 corridas, e completado apenas duas, sempre fora dos pontos (melhor resultado foi um 12° lugar no GP da Grã-Bretanha). Depois disso, acaba demitido da equipe para dar lugar ao finlandês JJ Lehto no GP de Portugal, e o estreante não conseguiu a vaga no grid.

Nesta mesma corrida, Johansson conquistou o único pódio da equipe e o último da carreira. As confusões com Gachot foram o estopim para a demissão de Greg Field, e Van Vossen, que já não tinha boas relações com Chamberlain e Earle, foi obrigado a vender sua parte na escuderia para o engenheiro Alan Jenkins - ele exigiu que a Onyx usasse motores Porsche a partir de 1991, mas a fábrica alemã optou em equipar os carros da Footwork.

Após passar por um breve período nas mãos do grupo japonês Middlebridge, a equipe foi vendida ao milionário suíço Peter Monteverdi.

1990: crise e final das atividades da Onyx

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O Onyx ORE-1B, carro usado pela escuderia em 1990.

Para 1990, a Onyx manteve a dupla Johansson-Lehto. Earle chegou a voltar a trabalhar na equipe, mas Monteverdi decidiria reduzir custos e promoveu a demissão de boa parte dos funcionários.

Após duas não-classificações, o sueco é dispensado e, para seu lugar, é contratado o suíço Gregor Foitek, célebre por ter causado um acidente na F-3000 que quase encerrou a carreira do inglês Johnny Herbert em Brands Hatch. Lehto permaneceu no time, que manteve o azul (agora com um tom escurecido), mas trocou o rosa e o branco do carro da temporada passada por um layout verde-maçã. Peter Monteverdi renomeou a equipe com seu sobrenome (Monteverdi/Onyx) e pretendia mudar a sede para a Suíça, mas, a pedido de Johansson, declina da ideia. Foitek e Lehto alternam entre não-classificações e largadas, mas não somam nenhum ponto, embora o suíço tenha chegado perto de pontuar em Mônaco, quando estava em 6° lugar, porém bateu na Larrousse do francês Éric Bernard em uma disputa de posição e terminou classificado em sétimo lugar.

Em julho, a Onyx finalmente transfere sua sede para a Suíça, porém, após não se classificar para o GP da Hungria, acabou falindo.

Um carro vermelho e branco foi testado por J.J. Lehto para a temporada de 1991, mas o encerramento das atividades da Onyx inviabilizou tais planos. Jean Pierre Van Rossen, proprietário da Moneytron (empresa que apoiou a Onyx em 1989), faleceu em dezembro de 2018[2]

Participação em Super Monaco GP

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Em Super Monaco GP, a equipe Orchis foi inspirada na Onyx Grand Prix, fazendo parte do nível D (o mais baixo do jogo), e tendo como piloto C. Tegner, baseado em Stefan Johansson.

Classificação completa da Onyx

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Ano Nome oficial Chassis Pneus Motor Óleo Pilotos Test Drivers Classificação
1990 Moneytron Onyx Formula One
Monteverdi Onyx Formula One
ORE-1
ORE-1B
ORE-2
G Ford Cosworth DFR V8 Mobil Suécia Stefan Johansson
Finlândia J.J.Lehto
Suíça Gregor Foitek
NC (13º)
0 ponto
1989 Moneytron Onyx Formula One ORE-1 G Ford Cosworth DFR V8 Mobil Suécia Stefan Johansson
Bélgica/França/LuxemburgoBertrand Gachot
Finlândia J.J. Lehto
11° lugar
6 pontos

Resultados Completos da Onyx na Fórmula 1

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(Legenda)

Ano Chassis Motor Pneus Pilotos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Pontos Posição
1990 ORE-1
ORE-1B
ORE-2
Ford Cosworth DFR V8 G EUA BRA SMR MON CAN MEX FRA GBR ALE HUN BEL ITA POR ESP JAP AUS 0 NC
(13º)
Stefan Johansson NQ NQ
Gregor Foitek Ret 7 Ret 15 NQ NQ Ret NQ
JJ Lehto NQ NQ 12 Ret Ret Ret NQ NQ NC NQ
1989 ORE-1 Ford Cosworth DFR V8 G BRA SMR MON MEX EUA CAN FRA GBR ALE HUN BEL ITA POR ESP JAP AUS 6 10º
Stefan Johansson NPQ NPQ NPQ Ret Ret DSQ 5 NPQ Ret Ret 8 NPQ 3 NPQ NPQ NPQ
Bertrand Gachot NPQ NPQ NPQ NPQ NPQ NPQ 13 12 NQ Ret Ret Ret
JJ Lehto NPQ Ret NPQ Ret

Pilotos da Onyx

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  • Stefan Johansson - O experiente piloto sueco foi responsável pelo único pódio da Onyx, um terceiro lugar no GP de Portugal em 1989, sendo seu último pódio na categoria. Deixou a equipe após não se classificar para os GP's dos EUA e do Brasil, em 1990.
  • Jyrki Järvilehto (J.J. Lehto) - Disputou sete corridas pela Onyx entre 1989 e 1990, não pontuando em nenhuma. Testou o carro que seria usado em 1991, mas a Onyx acabou fechando as portas, deixando-o sem carro para a temporada (seria contratado pela Scuderia Italia pouco depois).
  • Bertrand Gachot - O luxemburguês-belga teve uma passagem conturbada pela Onyx, amargando seis não-classificações consecutivas. Perdeu seu emprego na equipe após o GP da Itália, quando criticou a falta de testes no time.
  • Gregor Foitek - Tornou-se mais conhecido ao se envolver num acidente que prejudicou a carreira de Johnny Herbert, quando corriam ainda pela F-3000. Foitek disputou cinco provas em 1990 (abandonando em duas), não pontuando nenhuma vez. Esteve prestes a marcar seu primeiro ponto na F-1 no GP de Mônaco, mas um toque do francês Éric Bernard, da Larrousse, o tirou da zona de pontuação (mesmo abandonando, Foitek foi classificado em sétimo lugar).

Referências

  1. Galpin, Darren. «Onyx ORE 1-Cosworth». The A-Z of Racing Cars. Consultado em 23 de fevereiro de 2013 
  2. Watkins, Gary. «Morre belga "excêntrico" que apoiou equipe de F1 dos anos 1980». Motorsport.com.br. Consultado em 14 de dezembro de 2018 
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