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Objeto transnetuniano ressonante

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Distribuição de centauros e objetos transnetunianos, com os objetos ressonantes em vermelho. O eixo horizontal representa o semieixo maior e período orbital, enquanto o vertical representa a inclinação.

Em astronomia, um objeto transnetuniano ressonante é um objeto transnetuniano em ressonância orbital com Netuno. Os períodos orbitais dos objetos ressonantes são uma relação simples com o período de Netuno (1:2, 2:3 etc). Por exemplo, um objeto em ressonância orbital 2:3 com Netuno completa 2 órbitas a cada 3 de Netuno. Objetos transnetunianos ressonantes podem tanto ser parte da população principal do cinturão de Kuiper, quanto do disco disperso.[1]

Acredita-se que objetos que estão atualmente em ressonância orbital com Netuno inicialmente seguiam órbitas heliocêntricas independentes. Durante a migração de Netuno no início da história do Sistema Solar, o planeta dispersava os corpos que encontrava; nesse processo, alguns dos corpos foram capturados em ressonância.[2]

Populações conhecidas

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Ressonância 2:3 ("plutinos", período de ~250 anos)

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Ver artigo principal: Plutino

A ressonância 2:3 em 39,4 UA é de longe a maior categoria entre os objetos ressonantes, com 141 membros.[3] Os objetos dessa classe são chamados de plutinos, nome dado em homenagem a Plutão, o primeiro plutino descoberto. Alguns grandes plutinos incluem:[3][4]

Ressonância 3:5 (período de ~275 anos)

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Uma população de 10 objetos conhecidos a 42,3 UA do Sol, incluindo:[4][3]

Ressonância 4:7 (período de ~290 anos)

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Outra população importante, com 24 membros conhecidos, está a cerca de 43,7 UA do Sol. Os objetos dessa classe são pequenos (apenas um objeto tem magnitude absoluta maior que 6) e a maioria seguem órbitas próximas da eclíptica. Alguns objetos dessa classe:[4][3]

Ressonância 1:2 ("twotinos", período de ~330 anos)

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Ver artigo principal: Twotino

A ressonância 1:2, localizada a cerca de 47,8 UA do Sol, é muitas vezes considerada o limite exterior do cinturão de Kuiper. Objetos em ressonância 1:2 são conhecidos como twotinos. Twotinos têm inclinações menores que 15° e no geral excentricidades moderadas (entre 0,1 e 0,3).[5] Há 15 objetos dessa classe conhecidos.[3]

Existem muito menos objetos em ressonância 1:2 que plutinos. Simulações orbitais a longo prazo mostram que a ressonância 1:2 é menos estável que a 2:3; apenas 15% dos twotinos permanecem nessa condição por 4 bilhões de anos, comparados os 28% dos plutinos.[5] Consequentemente é possível que os twotinos tenham sido originalmente tão numerosos quanto os plutinos, porém o número foi diminuindo muito com o passar do tempo.[5]

Objetos com órbitas bem estabilizadas (em ordem de magnitude absoluta):[4]

Ressonância 2:5 (período de ~410 anos)

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Há 15 objetos em ressonância orbital 2:5, localizados a cerca de 55,4 UA do Sol, incluindo:[4][3]

Outras ressonâncias

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Há outras ressonâncias com um número menor de objetos, incluindo:[4]

Objetos ressonantes em órbitas distantes:[4]

Planetas anões em ressonâncias não confirmadas (possivelmente coincidentes) incluem:

Ressonância 1:1 (troianos de Netuno, período de ~165 anos)

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Ver artigo principal: Troiano de Netuno

Alguns objetos possuem órbitas com semieixo maior muito parecido com o de Netuno, perto dos pontos de Lagrange do planeta. Esses troianos de Netuno, estão em ressonância orbital 1:1 com Netuno. Há doze troianos de Netuno conhecidos:[15]

Apenas os dois últimos objetos estão no ponto de Lagrange L5; os outros estão no ponto L4.[15]

Referências

  1. Hahn, Joseph M.; Malhotra, Renu (novembro de 2005). «Neptune's Migration into a Stirred-Up Kuiper Belt: A Detailed Comparison of Simulations to Observations». The Astronomical Journal. 130 (5). pp. 2392–2414. Bibcode:2005AJ....130.2392H. doi:10.1086/452638 
  2. Malhotra, Renu (julho de 1995). «The Origin of Pluto's Orbit: Implications for the Solar System Beyond Neptune». Astronomical Journal. 110. 420 páginas. Bibcode:1995AJ....110..420M. doi:10.1086/117532 
  3. a b c d e f «Trans-Neptunian objects». Consultado em 26 de outubro de 2011 
  4. a b c d e f g «MPEC 2010-B62 :Distant Minor Planets (2010 FEB. 13.0 TT)». Minor Planet Center. 30 de janeiro de 2010. Consultado em 26 de outubro de 2011 
  5. a b c M. Tiscareno, R. Malhotra (abril de 2008). «Chaotic Diffusion of Resonant Kuiper Belt Objects». The Astronomical Journal. 194 (3): 827–837. Bibcode:2009AJ....138..827T. arXiv:0807.2835Acessível livremente. doi:10.1088/0004-6256/138/3/827 
  6. Marc W. Buie. «Orbit Fit and Astrometric record for 02GD32». 2005-04-11 using 20 observations. SwRI (Space Science Department). Consultado em 5 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 8 de julho de 2012 
  7. Marc W. Buie. «Orbit Fit and Astrometric record for 182397». 2007-11-09 using 23 observations. SwRI (Space Science Department). Consultado em 29 de janeiro de 2009 
  8. Marc W. Buie. «Orbit Fit and Astrometric record for 119878». 2005-12-06 using 41 observations. SwRI (Space Science Department). Consultado em 29 de janeiro de 2009 
  9. Marc W. Buie. «Orbit Fit and Astrometric record for 82075». 2004-04-16 using 62 of 63 observations. SwRI (Space Science Department). Consultado em 29 de janeiro de 2009 
  10. «MPEC 2008-K28 : 2006 HX122». Minor Planet Center. 23 de maio de 2008. Consultado em 30 de janeiro de 2009 
  11. Marc W. Buie. «Orbit Fit and Astrometric record for 03LA7». 2007-04-21 using 13 of 14 observations. SwRI (Space Science Department). Consultado em 29 de janeiro de 2009 
  12. Marc W. Buie. «Orbit Fit and Astrometric record for 03YQ179». 2008-03-03 using 23 of 24 observations. SwRI (Space Science Department). Consultado em 29 de janeiro de 2009 
  13. D. Ragozzine; M. E. Brown (4 de setembro de 2007). «Candidate Members and Age Estimate of the Family of Kuiper Belt Object 2003 EL61». The Astronomical Journal. 134 (6): 2160–2167. Bibcode:2007AJ....134.2160R. arXiv:0709.0328Acessível livremente. doi:10.1086/522334 
  14. a b Tony Dunn. «Possible resonances of Eris (2003 UB313) and Makemake (2005 FY9. Gravity Simulator. Consultado em 29 de janeiro de 2009 
  15. a b «List Of Neptune Trojans». Minor Planet Center. Consultado em 26 de junho de 2010 

Leitura adicional

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