Mishima: A Life in Four Chapters
Mishima: A Life in Four Chapters | |
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Mishima: Uma Vida em Quatro Estações[1] (PRT) Mishima - Uma Vida em Quatro Capítulos[2], ou Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos[3] (BRA) | |
Pôster promocional | |
Estados Unidos 1985 • cor • 120 min | |
Gênero | biográfico drama |
Direção | Paul Schrader |
Produção | Mataichiro Yamamoto Tom Luddy Leonard Schrader Mata Yamamoto |
Produção executiva | Francis Ford Coppola George Lucas |
Roteiro | Leonard Schrader Paul Schrader Chieko Schrader |
Baseado em | Kinkaku-ji, Kyōko no Ie e Honba, de Yukio Mishima |
Elenco | Ken Ogata Masayuki Shionoya Junkichi Orimoto Kenji Sawada |
Música | Philip Glass |
Cinematografia | John Bailey |
Edição | Michael Chandler |
Companhia(s) produtora(s) | American Zoetrope Lucasfilm Ltd. M Company Tristone Entertainment Inc. |
Distribuição | Warner Bros. |
Lançamento | 4 de outubro de 1985 7 de fevereiro de 1986 |
Idioma | japonês |
Orçamento | US$5,000,000 (estimado) |
Mishima: A Life in Four Chapters é um filme de 1985 dirigido por Paul Schrader e escrito por Paul e pelo seu irmão Leonard Schrader. É baseado na vida e ficção do autor japonês Yukio Mishima. Francis Ford Coppola e George Lucas atuaram como produtores executivos.
O roteiro mescla dados biográficos do escritor japonês Yukio Mishima com trechos narrativos de seus próprios romances e contos.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Ken Ogata: Yukio Mishima
- Kenji Sawada: Osamu
- Yasosuke Bando: Mizoguchi
- Toshiyuki Nagashima: Isao
Produção
[editar | editar código-fonte]Para estrear o filme em 1985, Schrader precisou de dez anos para poder cumprir o desejo de realizar um filme sobre a vida e a obra de Yukio Mishima, ultrapassando várias dificuldades. A primeira era, desde logo, a dificuldade intrínseca ao facto de um americano querer adaptar ao cinema a biografia de um autor japonês reputado pelo seu antiamericanismo[4]. A segunda era a aquisição dos direitos à viúva de Mishima, a qual sempre se recusara, até então, a fazê-lo.
Para fazer face àquelas dificuldades, Schrader aproveitou o facto de o seu irmão Leonard ser casado com uma japonesa (Chieko Schrader) e deslocou-se até ao país do sol nascente para tentar convencer os japoneses a cederem-lhe os direitos de adaptação ao cinema. Acabou por conseguir esses direitos, com a excepção do romance Cores interditas, o qual faz diretamente alusão à homossexualidade do escritor. De facto, a viúva de Mishima sempre procurou encobrir as tendências sexuais do falecido marido, tentando que esses aspectos da vida privada ficassem ausentes do filme[5].
O filme organiza-se em quatro capítulos temáticos. Em cada um deles se enreda a biografia do escritor com encenações teatralizadas das suas obras. Dá assim corpo ao enigma-Mishima, ao retrato de um homem na fronteira entre a tradição e a modernidade. Uma vida que tem o seu epílogo no dia do discurso ao exército e do suicídio, apogeu dramático do princípio unificador da pena e da espada, mito original perseguido por Mishima e cuja impossibilidade no tempo presente é a matéria íntima da sua morte demencial e espetacular[6].
Controvérsia
[editar | editar código-fonte]Segundo Paul Schrader, só um ocidental poderia ter realizado este filme, pelo motivo que muitos japoneses preferem esquecer que Mishima existiu. De facto, após a sua morte, a extrema-direita japonesa apoderou-se da figura do escritor, fazendo dela o seu herói, o seu símbolo. O próprio governo japonês fez tudo para evitar que Mishima: a Life in four Chapters visse a luz do dia[7], alegando que um estrangeiro não pode compreender o espírito nipónico.
Assim, este filme nunca teve uma estreia oficial no Japão, não só devido à controvérsia sobre a própria figura de Mishima, mas também devido à vontade da sua família. Contudo, foi diversas vezes apresentado na TV japonesa (embora com a cena do bar gay cortada) e é permitida legalmente a importação do DVD.
Prémios e indicações
[editar | editar código-fonte]Prémios
[editar | editar código-fonte]- Prémio para o contributo artístico (John Bailey, Eiko Ishioka e Philip Glass): 1985
Indicações
[editar | editar código-fonte]- Palma de Ouro (melhor filme): 1985
Referências
- ↑ Mishima: Uma Vida em Quatro Estações na FNAC (Portugal)
- ↑ Mishima - Uma Vida em Quatro Capítulos no CinePlayers (Brasil)
- ↑ Mishima: Uma Vida em Quatro Tempos no AdoroCinema
- ↑ L'Écrivain-Samouraï, por Michèle Halberstadt. Première, le magazine du cinéma. Maio de 1985.pg. 96
- ↑ http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9C02E7DD133BF936A2575AC0A963948260&sec=&spon=&pagewanted=all#/
- ↑ Leitão-Ramos, Jorge. Mishima de Paul Schrader. Diário de Lisboa. 13 de março de 1986.
- ↑ L'Écrivain-Samouraï, por Michèle Halberstadt. Première, le magazine du cinéma. Maio de 1985.pg. 98
- Filmes dos Estados Unidos de 1985
- Filmes de drama biográfico da década de 1980
- Filmes com trilha sonora de Philip Glass
- Filmes de drama biográfico dos Estados Unidos
- Filmes baseados em obras de autores do Japão
- Filmes com temática LGBT de 1985
- Filmes com temática LGBT dos Estados Unidos
- Filmes ambientados na década de 1970
- Filmes dirigidos por Paul Schrader
- Filmes de drama biográfico do Japão
- Filmes eróticos
- Filmes com temática LGBT do Japão
- Filmes ambientados no Japão
- Filmes baseados em romances
- Filmes em língua japonesa
- Filmes em língua inglesa
- Filmes do Japão de 1985
- Filmes da Warner Bros.
- Suicídio em filmes