Saltar para o conteúdo

Museu Metropolitano de Arte

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Metropolitan)
 Nota: ""Metropolitan"" redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Metropolitan (desambiguação).
Museu Metropolitano de Arte
Museu Metropolitano de Arte
Museu Metropolitano de Arte
Tipo museu de arte, editora, empresa produtora, organização sem fins lucrativos, museu
Inauguração 1870 (154 anos)
Visitantes 5 240 000, 6 700 000, 6 692 909, 6 226 727, 6 953 927, 6 479 548, 1 958 000
Acervo 2 000 000
Administração
Diretor(a) Max Hollein
Página oficial (Website)
Geografia
Coordenadas 40° 46' 46" N 73° 57' 48" O
Mapa
Localização Manhattan - Estados Unidos

O Metropolitan Museum of Art (em português: Museu Metropolitano de Arte), conhecido informalmente como The Met, é um museu de arte localizado na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, sendo um dos mais visitados museus do planeta.

Fundado em 13 de abril de 1870,[1] foi aberto ao público em 20 de fevereiro de 1872.[2] É um dos maiores e mais importantes museus do mundo e abriga uma importante coleção de pintura europeia dos séculos XII–XX e obras da arte antiga (grega, romana, egípcia e assírio-babilónica) e oriental. Estão também expostas nas suas salas pinturas e esculturas de artistas norte-americanos. São muito importantes as secções dedicadas a instrumentos musicais, armas e indumentária.

O museu foi designado, em 24 de junho de 1986, um edifício do Registro Nacional de Lugares Históricos bem como, na mesma data, um Marco Histórico Nacional.[3]

Em 2012 foi o segundo museu mais visitado do mundo, com 6 115 881 visitas.[4]

Quadros europeus do Metropolitan Museum of Art (NYC, USA)

O acervo do Metropolitan Museum of Art é curado por dezessete departamentos distintos, sendo cada um deles encabeçado por uma equipe especializada de curadores e estudiosos, assim como seis deles dedicados à conservação e um dedicado exclusivamente à pesquisa científica. A coleção permanente inclui obras de arte da Antiguidade clássica e do Antigo Egito, pinturas e esculturas de mestres europeus e uma ampla coleção de arte moderna americana. O museu mantém ainda galerias com ênfase em arte africana, asiática, oceânica, bizantina e islâmica. O museu abriga também coleções enciclopédicas de instrumentos musicais, vestimentas e acessórios antigos, além de armamentos clássicos de todas as partes do mundo. Um número de interiores, desde o primeiro século ocidental até a América contemporânea são exibidos permanentemente nas galerias do maior museu nova-iorquino.

Coleções geograficamente designadas

[editar | editar código-fonte]

Oriente Próximo

[editar | editar código-fonte]

O museu passou a colecionar artefatos do Oriente Próximo a partir do século XIX. Iniciando com algumas peças cuneiformes e selos antigos, a coleção foi expandida para mais de 7 mil peças em exibição.[5] Toda a exposição do museu engloba a história da região, tendo início com o período Neolítico, passando pelo Império Sassânida e concluindo na Antiguidade tardia. A coleção engloba as culturas: suméria, hitita, sassânida, assíria, babilônia e elamitas, entre outras, além de uma extensa coleção de artigos da Era do Bronze. Um dos destaques deste setor do museu é uma escultura monumental de um Lamassu, proveniente do palácio de Assurnasirpal II.[6]

Artes da África, Oceania e Américas

[editar | editar código-fonte]
Máscara de marfim do Benin, Iyoba, Nigéria do século 16

Embora o Met tenha adquirido pela primeira vez um grupo de antiguidades peruanas em 1882, além de antiguidades mesoamericanas, o museu só iniciou um esforço concertado para colecionar obras de África, da Oceânia e das Américas em 1969, quando o empresário e filantropo americano Nelson A. Rockefeller doou a sua coleção de mais de 3000 peças ao museu. Antes da coleção de Rockefeller ser doada ao Met, Rockefeller fundou o Museu de Arte Primitiva em Nova York com a intenção de exibir essas obras, depois que o Met já havia demonstrado desinteresse por sua coleção de arte.[7] Em 1968, o Met concordou com uma exposição temporária do trabalho de Rockefeller. No entanto, o Met então pediu para incluir as artes da África, Oceania e Américas em sua coleção permanente. As artes da África, Oceania e Américas abriram ao público em 1982, sob o título "The Michael C. Rockefeller Wing".[8] Esta ala recebeu o nome do filho de Nelson Rockefeller, Michael Rockefeller, que morreu enquanto colecionava obras na Nova Guiné.[9]

Atualmente, a coleção do Met contém mais de 11.000 peças da África subsaariana, das Ilhas do Pacífico e das Américas e está alojada na Ala Rockefeller de 40.000 pés quadrados (4.000 m2), no extremo sul do museu.[10] A ala exibe obras de arte não-ocidentais criadas a partir de 3.000 a.C.até o presente, incluindo uma ampla gama de tradições culturais específicas.[8] Significativamente, este trabalho foi considerado como arte, julgado em termos estéticos, em um museu de arte ocidental. Antes disso, objetos da África, Oceania e Américas eram frequentemente considerados obra de "primitivos" ou trabalhos etnográficos, em vez de arte.[11]

A Ala exibe as artes da África, Oceania e Américas em uma exposição separada por localizações geográficas. A coleção varia de pinturas rupestres indígenas australianas de 40.000 anos, a um grupo de postes memoriais de 15 pés de altura (4,6 m) esculpidos pelo povo Asmat da Nova Guiné, a uma coleção inestimável de objetos cerimoniais e pessoais da Corte Nigeriana de Benin doados por Klaus Perls.[12] A gama de materiais representados na coleção África, Oceania e Américas é sem dúvida ampla, em comparação com outros departamentos do Met. Inclui desde metais preciosos a colchas de porco-espinho.[carece de fontes?] O espaço de exposição da Ala Michael C. Rockefeller está planejado para ser renovado entre 2020 e 2023.[13]

A curadora de Arte Africana Susan Mullin Vogel falou de um famoso artefato do Benim adquirido pelo Metropolitan Museum of Art em 1972. Foi originalmente leiloado em abril de 1900 por um tenente chamado Augustus Pitt Rivers ao preço de 37 guinés.[14]

Em dezembro de 2021, o Met iniciou sua renovação de US$ 70 milhões (U$ 74,9 milhões em 2022) das galerias de arte africana, americana antiga e oceânica, que deve ser concluída em 2024. A reforma de 40 mil metros quadrados inclui a reinstalação de uma cortina de vidro externa, que havia se deteriorado, além das galerias em sua totalidade, que abrigam 3 mil obras.[15]

Coleções não geograficamente designadas

[editar | editar código-fonte]

Armamentos e armaduras

[editar | editar código-fonte]

O Departamento de Armas e Armaduras é um dos mais populares do museu, tendo como um dos cartões de visita o grande desfile de armaduras no primeiro pavimento do prédio desde 1975. O departamento foi organizado com o apoio do estudante e colecionador russo Leonid Tarassuk (1925–1990) a partir da década de 1970. A coleção do Metropolitan Museum of Art é a maior do mundo em termos de arte medieval e japonesa do século V ao XIX, mais precisamente. Contudo, a coleção do museu também engloba outras regiões geográficas, incluindo armamentos selecionados do Antigo Egito, Grécia Antiga e do Império Romano, além de peças oriundas de civilizações africanas e americanas. Em meio às 14 mil peças da coleção, muitas foram utilizadas por monarcas destacados, como as armaduras pertencentes a Henrique VIII de Inglaterra, Henrique II de França e Fernando I.[16]

Referências

  1. «About The Met». The Metropolitan Museum of Art, i.e. The Met Museum. Consultado em 19 de junho de 2016 
  2. «Metropolitan Museum of Art». Wikipedia, the free encyclopedia (em inglês). 25 de maio de 2016 
  3. «NHL nomination for Metropolitan Museum of Art». National Park Service. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  4. «Louvre foi o museu mais visitado em 2012» 
  5. «The Metropolitan Museum of Art – Ancient Near Eastern Art». Consultado em 10 de janeiro de 2017 
  6. «Assyria, 1365–609 B.C. - Thematic Essay - Heilbrunn Timeline of Art History - The Metropolitan Museum of Art» 
  7. LaGamma, Alisa; Moore, J. Kenneth; Gunn, Michael; Jones, Julie (1995). «Africa, Oceania, and the Americas». The Metropolitan Museum of Art Bulletin (2): 72–75. ISSN 0026-1521. doi:10.2307/3269260. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  8. a b «How Art Collected by a Long-Lost Rockefeller Changed the Met Museum Forever». Observer (em inglês). 26 de agosto de 2015. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  9. Boltin, Lee, photographer. Newton, Douglas, 1920–2001. Malraux, André, writer of supplementary textual content. Rockefeller, Nelson A. (Nelson Aldrich), 1908–1979, writer of introduction. (1978). Masterpieces of primitive art. [S.l.]: Knopf. ISBN 0-394-50057-1. OCLC 4036323 
  10. «The Michael C. Rockefeller Wing». The Metropolitan Museum of Art (em inglês). Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  11. Derlon, Brigitte; Jeudy-Ballini, Monique (2012). «Collector/Collected. Primitive Art, Passionate Discourse, and the Imaginary Crossing of Boundaries». Anthropos. 107 (2): 529–544. ISSN 0257-9774. doi:10.5771/0257-9774-2012-2-529 
  12. Ezra, Kate (1992). Royal art of Benin : the Perls collection in the Metropolitan Museum of Art. Internet Archive. [S.l.]: New York : Metropolitan Museum of Art : Distributed by H.N. Abrams 
  13. «The Metropolitan Museum of Art to Renovate Its Michael C. Rockefeller Wing - The Metropolitan Museum of Art». www.metmuseum.org. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  14. Vogel, Susan Mullin (janeiro de 1978). «Art and Politics: A Staff from the Court of Benin, West Africa». Metropolitan Museum Journal (em inglês): 87–100. ISSN 0077-8958. doi:10.2307/1512713. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  15. «The Met begins $70m renovation of African, ancient American and Oceanic art galleries». The Art Newspaper - International art news and events. 14 de dezembro de 2021. Consultado em 20 de fevereiro de 2024 
  16. «The Metropolitan Museum of Art – Arms and Armor» 
Ícone de esboço Este artigo sobre arte ou história da arte é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Museu Metropolitano de Arte