Legio XXI Rapax
Legio XXI Rapax | |
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Estela descoberta na Alemanha com uma inscrição da Legio XXI Rapax (CIL XIII, 8651). | |
País | Império Romano |
Corporação | Legião romana (Mariana) |
Missão | Infantaria (com alguma cavalaria de apoio) |
Criação | 31 d.C. até 92 d.C. |
Patrono | Augusto |
Mascote | Capricórnio |
História | |
Guerras/batalhas | Guerras Cantábricas (25–19 a.C.) Ano dos quatro imperadores (69) Campanha germânica de Domiciano (83–85) "Revolta de Saturnino" (89) Campanha suevo-sármata de Domiciano (89-97) |
Logística | |
Efetivo | Variado ao longo dos séculos |
Sede | |
Guarnições | Castra Regina (31 a.C.–9) Castra Vetera (9–43) Vindonissa (43–70) Mogoncíaco (70–92) |
Legio XXI Rapax ("Vigésima-primeira legião Predadora") foi uma legião do exército imperial romano[1] criada em 31 a.C. por Augusto. Foi aniquilada em 92, durante uma rebelião dos sármatas da Panônia em 92. O símbolo desta legião era o capricórnio.[2]
História
[editar | editar código-fonte]A XXI Rapax provavelmente foi uma das legiões criadas por Augusto para a guerra contra os cantábrios (31 a.C.) da Hispânia Tarraconense. A vigésima-primeira foi uma das cinco legiões utilizadas por Druso, o Velho, para sufocar uma revolta entre os récios entre 16 e 15 a.C. Acabou deslocada para Castra Regina (Ratisbona, Alemanha), capital da nova província da Récia.
Após o desastre militar da batalha da Floresta de Teutoburgo (9), na qual as legiões XVII, XVIII e XIX foram aniquiladas numa revolta dos queruscos, a XXI Rapax foi enviada como reforço para a Germânia Inferior. Neste período, partilhou a base de Castra Vetera (Xanten, Alemanha) com a V Alaudae. As duas se envolveram num motim em 14 d.C.[3] Em 43, foram mobilizados para Vindonissa (Windisch, Suíça), na Germânia Superior.
No ano dos quatro imperadores (69), assim como o resto do exército da Germânia, a XXI Rapax apoiou as ambições de Vitélio, o governador da Germânia, e marchou contra Roma. Vitélio acabou derrotado por Vespasiano, que encontrou nova tarefa para a legião: ajudar a subjugar a Revolta dos Batavos, que irrompera nos atuais Países Baixos, e liberar as quatro legiões cercadas por Caio Júlio Civil. No ano seguinte, a rebelião já havia terminado, mas a legião permaneceu na área e partilhou o acampamento de Mogoncíaco com a XIV Gemina.
Em 89, a XXI apoiou uma nova tentativa fracassada de golpe, desta vez durante a "Revolta de Saturnino" contra Domiciano. O caso acabou pouco depois, mas a confiança se quebrou e a legião foi deslocada para a Panônia, onde acabou aniquilada em uma revolta no baixo Danúbio contra os sármatas, provavelmente uma referência aos roxolanos, em 92.[4]
Referências
- ↑ Grandes Impérios e Civilizações: Roma - Legado de um império. 1.ed. Madri: Ediciones del Prado, 1996. pp.112 p.. 2 v. v. 1 ISBN 84-7838-740-4 (em castelhano)
- ↑ L.J.F. Keppie, Legions and Veterans: Roman Army Papers 1971-2000, p. 128 (em inglês)
- ↑ Tácito, Anais 1.45 (em inglês)
- ↑ Bennett, Julian (1997). Trajan: Optimus Princeps: a Life and Times (em inglês). [S.l.]: Routledge. p. 33. ISBN 9780415165242
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Legio XXI Rapax» (em inglês). Livius.org