Isocianato de metila
Isocianato de metila Alerta sobre risco à saúde | |
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Nome IUPAC | Isocianato de metila |
Outros nomes | isocyanatomethane, methyl carbylamine |
Abreviação | MIC |
Identificadores | |
Número CAS | |
SMILES |
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InChI | 1/C2H3NO/c1-3-2-4/h1H3
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Propriedades | |
Fórmula molecular | C2H3NO |
Massa molar | 57.051 g/mol |
Densidade | 0.9230 g/cm3 at 27°C |
Ponto de fusão |
-45°C |
Ponto de ebulição |
39.5°C |
Solubilidade em água | very soluble[1] |
Pressão de vapor | 57.7 kPa |
Estrutura | |
Momento dipolar | 2.8 D |
Termoquímica | |
Entalpia padrão de formação ΔfH |
-92.0 kJ·mol-1[2] |
Riscos associados | |
NFPA 704 | |
Ponto de fulgor | -7°C |
Temperatura de auto-ignição |
534°C |
Limites de explosividade | 5.3 - 26%[3] |
Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
O isocianato de metila é um produto utilizado na síntese de produtos inseticidas, comercialmente conhecidos como Sevin e Temik, da família dos carbamatos, utilizados como substitutos de praguicidas organoclorados, como o DDT. Ela é considerada a primeira arma química usada em uma guerra mundial.[4]
Em condições normais, o isocianato de metila é líquido à temperatura de 0 °C e pressão de 2,4 bar.
Quem aspirar o isocianato de metila em forma de gás é submetido a uma morte lenta e aterrorizante. Como o veneno reage ao entrar em contato com a água, o ataque químico toma-se mais duro na exata medida em que o organismo secreta líquidos para se proteger da agressão. Nos olhos, por exemplo, assim que o lacrimejar fica mais intenso a córnea é atacada com tamanha ferocidade que chega a perder a transparência, tomando-se opaca e ocasionando a cegueira, só reversível mediante transplantes. O mesmo efeito pode ser sentido na boca, no nariz e nos pulmões.
Dentro do corpo, o isocianato de metila segue seu curso de destruição. Ao penetrar nos pulmões faz entupir os alvéolos, impedindo a passagem do oxigênio para a corrente sanguínea. As vítimas de Bhopal, assim, morreram com a sensação de que estavam se afogando.[4] De nada adianta dar oxigênio extra à vítima, pois os alvéolos mantêm-se bloqueados. O isocianato tem a capacidade de dissolver algumas enzimas do organismo, principalmente a colinesterase, substância importante no processo de contração muscular. Sem essa substância, ocorrem convulsões involuntárias, torpor, confusão mental e a vítima entra em coma. Sabe-se que, a longo prazo, o composto tóxico está associado ao surgimento da agranulocitose, que diminui a capacidade da pessoa de enfrentar infecções.
Referências
- ↑ Lide, David R. (1998), Handbook of Chemistry and Physics, ISBN 0849305942 87 ed. , Boca Raton, FL: CRC Press, pp. 3-390
- ↑ Lide, David R. (1998), Handbook of Chemistry and Physics, ISBN 0849305942 87 ed. , Boca Raton, FL: CRC Press, pp. 5-30
- ↑ Lide, David R. (1998), Handbook of Chemistry and Physics, ISBN 0849305942 87 ed. , Boca Raton, FL: CRC Press, pp. 9-47
- ↑ a b Bhopal: 25 years of poison