Geraldo Quintão
Este artigo ou se(c)ção trata de uma pessoa que morreu recentemente. |
Geraldo Quintão | |
---|---|
2.º ministro da Defesa do Brasil | |
Período | 24 de janeiro de 2000 até 1 de janeiro de 2003 |
Presidente | Fernando Henrique Cardoso |
Antecessor(a) | Élcio Álvares |
Sucessor(a) | José Viegas Filho |
3.° advogado-geral da União do Brasil | |
Período | 6 de julho de 1993 até 24 de janeiro de 2000 |
Presidentes | Itamar Franco Fernando Henrique Cardoso |
Antecessor(a) | Tarcísio Carlos de Almeida Cunha |
Sucessor(a) | Gilmar Mendes |
Dados pessoais | |
Nome completo | Geraldo Magela da Cruz Quintão |
Nascimento | 1 de julho de 1935 Taquaraçu de Minas |
Morte | 27 de dezembro de 2024 (89 anos) |
Prêmio(s) | Ordem do Mérito Militar[1] |
Esposa | Dineuza[2] |
Profissão | advogado |
Geraldo Magela da Cruz Quintão GCMM (Taquaraçu de Minas, 1 de julho de 1935 — 27 de dezembro de 2024) foi um advogado brasileiro. Foi ministro da Defesa e advogado-geral da União.[3]
Carreira de advogado
[editar | editar código-fonte]Em 1961 concluiu o curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Foi advogado do Banco do Brasil de 1963 a 1977. Até 1988 foi subassessor jurídico regional e chefe da assessoria jurídica regional no Estado de São Paulo. Em 1988, assumiu a consultoria jurídico geral do banco, onde permaneceu até 1993.[3]
Advocacia-Geral
[editar | editar código-fonte]Em 1993 foi convidado pelo presidente Itamar Franco para criar a Advocacia-Geral da União (AGU) e em 6 de julho assume o cargo de Advogado-Geral da União. Até aquele momento, o Governo vinha acumulando débitos judiciais decorrentes de sucessivas derrotas nos tribunais e, aplicando a experiência da iniciativa privada, mudou radicalmente o perfil e a própria estrutura da AGU[4].
Conforme os levantamentos feitos, de 1995 até 1998, a economia gerada pela AGU ao Governo foi em torno de R$ 7,9 bilhões só com ações que eram dadas como perdidas. Mesmo assim, Geraldo Quintão enfrentou críticas, algumas bastante severas. Permaneceu na AGU, mesmo com a eleição de Fernando Henrique Cardoso. Seu papel foi decisivo na batalha jurídica que se travou em torno das privatizações de estatais. Permaneceu no cargo até 24 de janeiro de 2000.[4]
“ | Quando advogava para empresas, meus clientes viravam um leão antes de pagar alguma coisa. Por que seria diferente com o Governo? É preciso enterrar de vez o velho conceito segundo o qual a União é como a viúva perdulária, sobretudo quando se trata de dinheiro público. Isto acabou. | ” |
Ministério da Defesa
[editar | editar código-fonte]Em 24 de janeiro de 2000 sai da Advocacia-Geral da União para assumir o Ministério da Defesa, em substituição ao ministro Élcio Álvares.
Ele assumiu o ministério já com problemas. Integrava a lista de autoridades a serem processadas pelo Ministério Público federal pelo uso indevido de aviões da FAB. No seu período à frente da AGU, levantou vôo 219 vezes em aeronaves chapa-branca, em geral, para São Paulo, onde mora a esposa, Dineuza[5].
O ministério da Defesa, ainda estava em processo inicial (criado em 10 de julho de 1999, tinha pouco mais de 6 meses), com os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica preferindo um militar da reserva. Ele era desconhecido na caserna e tinha pouca intimidade com os ritos dos quartéis. Além disso, era autor do parecer favorável à venda de ações da Embraer a um consórcio francês, o que desagradava a Aeronáutica[5].
“ | Quintão é uma indicação minha e vai fazer no ministério da Defesa apenas o que eu quiser." | ” |
Admitido à Ordem do Mérito Militar em 1994 no grau de Grande-Oficial especial por Itamar Franco, Quintão foi promovido em março de 2000 por FHC ao último grau da ordem, a Grã-Cruz.[6][1]
Permaneceu no ministério até o final do governo Fernando Henrique Cardoso em 1 de janeiro de 2003.[3]
Morte
[editar | editar código-fonte]Morreu em 27 de dezembro de 2024, mas a causa da morte não foi divulgada.[7]
Prêmios[3]
[editar | editar código-fonte]- Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico - janeiro de 2002
- Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco - Ministério das Relações Exteriores
- Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar - Ministério do Exército[1]
- Grã-Cruz da Ordem do Mérito Naval - Ministério da Marinha
- Grã-Cruz da Ordem do Mérito Aeronáutico - Ministério da Aeronáutica
Referências
- ↑ a b c BRASIL, Decreto de 30 de março de 2000.
- ↑ a b Veja Online; Alexandre Secco (26 de janeiro de 2000). «Militares para quê?». Consultado em 2 de junho de 2008
- ↑ a b c d Academia Brasileira de Ciências; Ordem Nacional do Mérito Científico. «Geraldo Magela da Cruz Quintão». Consultado em 2 de junho de 2008
- ↑ a b c Revista Consultor Jurídico; Bartolomeu Rodrigues e Míriam Moura (8 de outubro de 1998). «A viúva não é mais a mesma». Consultado em 2 de junho de 2008
- ↑ a b Época Online; Leandro Fortes. «Élcio falou demais». Consultado em 2 de junho de 2008
- ↑ BRASIL, Decreto de 29 de julho de 1994.
- ↑ Teixeira, Lucas Borges (28 de dezembro de 2024). «Morre o ex-AGU e ex-ministro da Defesa Geraldo Quintão, aos 89 anos». Universo Online. Consultado em 28 de dezembro de 2024
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]«Academia Brasileira de Ciências - Geraldo Magela da Cruz Quintão»
Precedido por Tarcísio Carlos de Almeida Cunha |
Advogado-geral da União do Brasil 1993–2000 |
Sucedido por Walter do Carmo Barletta |
Precedido por Élcio Álvares |
2.º ministro da Defesa do Brasil 2000–2003 |
Sucedido por José Viegas Filho |
- Mortes recentes
- Nascidos em 1935
- Mortos em 2024
- Homens
- Naturais de Taquaraçu de Minas
- Advogados-gerais da União
- Advogados de Minas Gerais
- Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
- Grã-Cruzes da Ordem do Mérito Militar
- Ministros do Governo Itamar Franco
- Ministros do Governo Fernando Henrique Cardoso
- Ministros da Defesa do Brasil
- Pessoas do Banco do Brasil