Georg Steller
Georg Steller | |
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Nascimento | 10 de março de 1709 Bad Windsheim |
Morte | 23 de novembro de 1746 Tiumen, Império Russo |
Sepultamento | Tiumen |
Cidadania | Sacro Império Romano-Germânico, Império Russo |
Alma mater |
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Ocupação | explorador, antropólogo, ornitólogo, naturalista, botânico, médico, geólogo |
Georg Wilhelm Steller (Bad Windsheim, Baviera, 10 de março de 1709 – Tiumen, 23 de novembro de 1746[1]) foi um naturalista, botânico, zoólogo, médico e explorador alemão, que explorou a Sibéria e o Mar de Bering ao serviço da Rússia. Steller foi anexado a uma expedição russa que deixou Kamchatka em dois navios para explorar a "Grande Terra" ao leste, hoje chamado de Alasca.[2]
Vida e obra
[editar | editar código-fonte]Steller nasceu na vila de Windsheim, próximo de Nuremberga, filho de Johann Jakob Stöhler, um cantor luterano. Ele foi educado na escola em Windsheim, de 1713 a 1729 e estudou botânica na Universidade de Wittenberg de 1731 a 1734 e medicina na Universidade de Halle.[1] Em 1734, viajou para a Rússia, onde se tornou membro da Academia de Ciência de São Petersburgo.[3] Dois anos depois aceitou o convite para integrar a expedição de Vitus Bering que se iria dedicar à exploração da costa ártica da Sibéria. Steller conheceu Bering em agosto de 1740, e em setembro do mesmo ano, a expedição partiu da Península de Kamchatka. A experiência foi positiva e no ano seguinte, Bering convidou Steller para o acompanhar na viagem que pretendia realizar à costa oeste americana.
Durante esta viagem, Bering cartografou pela primeira vez a costa do Alasca e muitas das ilhas Aleutas. Steller foi o primeiro naturalista a visitar a região e descreveu inúmeras espécies novas de plantas e animais, incluindo o dugongo-de-steller, extinto pouco tempo depois da sua descoberta. Apesar dos sucessos científicos, a expedição não estava a correr bem, devido à escassez de alimentos e ao escorbuto que começava a afectar a tripulação. A aproximação do Inverno também tornava as circunstâncias cada vez mais difíceis e Bering ordenou por isso o regresso à Rússia.
A 5 de novembro de 1741, a o navio St. Peter encalhou na costa da ilha de Bering, baptizada então com o nome do capitão. A tripulação abandonou o navio, que uma semana depois foi despedaçado pelo mar contra as rochas da ilha. A situação foi de mal a pior e muitos membros da expedição, incluindo Bering, morreram de frio ou escorbuto. Os sobreviventes conseguiram subsistir graças à fauna abundante da ilha que incluía, por exemplo, o cormorão-de-lunetas uma ave pelecaniforme muito lenta em terra e fácil de caçar. Neste entretanto, Steller arranjou tempo para escrever o seu único livro De Bestis Marinis, sobre a fauna e flora da ilha. Na Primavera, Steller organizou os sobreviventes e conseguiu construir uma embarcação que conseguiu chegar à Kamchatka depois de meses no mar. A expedição custara a vida a mais de metade dos homens que a tinham integrado.
Steller sobreviveu e passou os dois anos seguintes a explorar a península da Kamchatka. No regresso a São Petersburgo adoeceu de uma febre desconhecida e morreu em Tiumen no fim de 1746.[1] Os seus diários da expedição ao Mar de Bering foram depois publicados por Peter Simon Pallas, que descreveu oficialmente muitas das espécies observadas pela primeira vez por Steller.
Descobertas e homônimos
[editar | editar código-fonte]Georg Steller descreveu uma série de animais e plantas, alguns dos quais levam seu nome, seja no nome comum ou científico:
- Éder de Steller (Polysticta stelleri)
- Gralha-de-steller (Cyanocitta stelleri)
- Lontra-marinha (Enhydra lutris)
- Águia-marinha-de-steller (Haliaeetus pelagicus)
- Albatroz-de-cauda-curta
- Vaca marinha de Steller (Hydrodamalis gigas)
- Leão-marinho-de-steller (Eumetopias jubatus)
- Sculpin de Steller
- Chiton Gumboot (Cryptochiton stelleri)
- Artemisia stelleriana)
- Stellera L. (Thymelaeaceae)
- Stellerite (um mineral do grupo das zeólitas)
- Restella Pobed. (Thymelaeaceae[4])
Steller Secondary School em Anchorage, Alasca é nomeado para Steller, assim como Mount Steller em 58°25′47"N 154°23′29"W.
Publicações
[editar | editar código-fonte]- Stellers, Georg Wilhelm (1751). «De Bestiis Marinis». Novi Commentarii Academiae Scientiarum Imperialis Petropolitanae (em latim). 2: 289–398
- Stellers, Georg Wilhelm (1753). Georg Wilhelm Stellers ausführliche Beschreibung von sonderbaren Meerthieren, mit Erläuterungen und Nöthigen Kupfern versehen (em alemão). Halle: In Verlag Carl Christian Kümmel. doi:10.5962/bhl.title.119923
- Steller, Georg Wilhelm (1988). Journal of a Voyage with Bering, 1741-1742. Stanford University Press.
Referências
- ↑ a b c Nuttall, Mark. Encyclopedia of the Arctic. Routledge, 2012. pp. 1953. ISBN 1579584365
- ↑ a b Evans, Howard Ensign. Edward Osborne Wilson (col.) The Man who Loved Wasps: A Howard Ensign Evans Reader. in: Evans, Mary Alice. Big Earth Publishing, 2005. pp. 169. ISBN 1555663508
- ↑ Egerton, Frank N. (2008). «A History of the Ecological Sciences, Part 27: Naturalists Explore Russia and the North Pacific During the 1700s». Bulletin of the Ecological Society of America (em inglês). 89 (1): 39–60. doi:10.1890/0012-9623
- ↑ «Restella Pobed. | Plants of the World Online | Kew Science». web.archive.org. 2 de março de 2021. Consultado em 6 de maio de 2024
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- (em russo) Commander (Komandorskie) Islands
- (em russo) Steller, Georg Wilhelm
- (em russo) Poetry on Steller
- (em alemão) German National Geographic magazine about the diary of Steller
- Extracts from De Bestiis Marinis, or, The Beasts of the Sea (1751)