Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1998
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Eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1998 | ||||
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4 de outubro de 1998 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Garibaldi Alves Filho | José Agripino Maia | ||
Partido | PMDB | PFL | ||
Natural de | Natal, RN | Mossoró, RN | ||
Vice | Fernando Freire (PPB) | Gileno Guanabara (PSB) | ||
Votos | 560.667 | 462.177 | ||
Porcentagem | 50,17% | 41,36% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (167):
Garibaldi Alves Filho (115)
José Agripino Maia (52)
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Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais no Rio Grande do Norte em 1998 ocorreram em 4 de outubro como parte das eleições gerais em 26 estados e no Distrito Federal. Foram eleitos o governador Garibaldi Alves Filho, o vice-governador Fernando Freire, o senador Fernando Bezerra, oito deputados federais e vinte e quatro estaduais. Como o candidato mais votado obteve um total superior à metade mais um dos votos válidos o pleito foi decidido em primeiro turno e conforme a Constituição a posse do governador e de seu vice-governador se daria em 1º de janeiro de 1999 para quatro anos de mandato já sob a égide da reeleição.[1][2][3][nota 1]
Beneficiado pelo instrumento da reeleição o governador Garibaldi Alves Filho disputou um novo mandato à frente do Executivo potiguar. Jornalista nascido em Natal, formou-se advogado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e ingressou na política como substituto de seu pai, Garibaldi Alves, cujos direitos políticos estavam suspensos. Antes foi chefe de gabinete da prefeitura de Natal na gestão de seu tio, o também cassado Agnelo Alves.[4] Partidário do MDB e depois do PMDB, elegeu-se deputado estadual em 1970, 1974, 1978 e 1982. Eleito prefeito de Natal em 1985, cumpriu o mandato e reuniu condições para eleger-se senador em 1990.[5] Eleito governador do estado em 1994, teve o mandato renovado em 1998 e passou à história como o primeiro governador reeleito da história do Rio Grande do Norte.[nota 2]
Também reeleito, o vice-governador Fernando Freire é natural do Recife e adquiriu formação na área de Comércio Exterior em Londres e Amesterdã nos anos 1970.[6] Filho de Jessé Freire, assessorou o pai na presidência da Confederação Nacional do Comércio, trabalhou na Associação Comercial do Rio de Janeiro e na iniciativa privada e em 1984 assumiu a presidência da Companhia Nacional de Álcalis. Sua estreia política aconteceu somente após a morte de seu irmão, Jessé Freire Filho, em 1988 e assim Fernando Freire foi eleito deputado federal pelo PFL em 1990. Nessa condição votou pela abertura do impeachment de Fernando Collor em 1992.[7] Eleito vice-governador na chapa de Garibaldi Alves Filho via PPR em 1994, migrou para o PPB e foi reconduzido ao cargo em 1998.
Outro vitorioso foi o engenheiro civil Fernando Bezerra. Nascido em Santa Cruz, formou-se pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte com pós-graduação em Engenharia Econômica e Administração de Negócios na Utah State University, chegou a dirigir o Departamento de Estradas de Rodagem potiguar, integrou o Conselho Rodoviário estadual e foi presidente do Clube de Engenharia do Rio Grande do Norte, além de trabalhar em empresas de sua família. Eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte em 1979, manteve o cargo por quinze anos. Membro da diretoria da Confederação Nacional da Indústria, foi eleito primeiro suplente de senador pelo PMDB na chapa de Garibaldi Alves Filho em 1990 sendo efetivado quatro anos depois quando o titular elegeu-se governador do Rio Grande do Norte. Sobrinho de Teodorico Bezerra, foi eleito presidente da CNI em outubro de 1995 e reeleito senador em 1998.[8][9]
Resultado da eleição para governador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte houve 1.117.535 votos nominais.[1]
Candidato a governador(a) do estado |
Candidato a vice-governador(a) | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Garibaldi Alves Filho PMDB |
Fernando Freire PPB |
(PMDB, PPB, PPS, PSD, PAN, PMN, PRN, PRTB, PTdoB) |
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José Agripino Maia PFL |
Gileno Guanabara PSB |
(PFL, PSB, PSDB, PTB, PL, PV, PSL) |
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Manoel Duarte PT |
Juliano Siqueira PCdoB |
(PT, PDT, PCdoB, PCB) |
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Dário Barbosa PSTU |
Eugênio Almeida PSTU |
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Roberto Ronconi PSN |
Esmeraldo Cavalcanti PSN |
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Marcônio Cruz PSC |
Francisco Paiva PSC |
Resultado da eleição para senador
[editar | editar código-fonte]Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte houve 1.030.101 votos nominais.[1]
Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Fernando Bezerra PMDB |
Agnelo Alves PMDB Tasso Rosado PMDB |
(PMDB, PPB, PPS, PSD, PAN, PMN, PRN, PRTB, PTdoB) |
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Carlos Alberto de Sousa PSDB |
Cipriano Correia PSDB Maria Gizenira Diógenes de Freitas Fernandes PL |
(PFL, PSB, PSDB, PTB, PL, PV, PSL) |
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Hugo Manso PT |
Henrique Miranda Sá Neto PDT Davi Queiroz de Macedo PDT |
(PT, PDT, PCdoB, PCB) |
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Sônia Godeiro PSTU |
Manoel Messias Maciel PSTU Edvaldo de Sousa Lima PSTU |
Deputados federais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[10][3]
Número | Deputados federais eleitos | Partido | Votação | Percentual | Cidade onde nasceu | Unidade federativa |
1511 | Henrique Eduardo Alves | PMDB | 163.572 | 15,74% | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro |
1111 | Iberê Ferreira | PPB | 103.099 | 9,92% | Natal | Rio Grande do Norte |
1555 | Múcio Sá | PMDB | 82.484 | 7,94% | Mossoró | Rio Grande do Norte |
2507 | Lavoisier Maia | PFL | 73.933 | 7,11% | Catolé do Rocha | Paraíba |
2511 | Betinho Rosado | PFL | 61.670 | 5,93% | Mossoró | Rio Grande do Norte |
2512 | Ney Lopes | PFL | 61.659 | 5,93% | Natal | Rio Grande do Norte |
1515 | Ana Catarina Alves | PMDB | 52.878 | 5,09% | Rio de Janeiro | Rio de Janeiro |
1520 | Laíre Rosado | PMDB | 51.509 | 4,96% | Mossoró | Rio Grande do Norte |
Deputados estaduais eleitos
[editar | editar código-fonte]Estavam em jogo 24 cadeiras da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.[1]
Notas
- ↑ A posse dos parlamentares eleitos ocorreria em 1º de fevereiro de 1999.
- ↑ A reeleição para cargos executivos foi inserida em nosso ordenamento jurídico pela Emenda Constitucional n.º 16 de 04/06/1997.
- ↑ Não foi possível determinar seu local de nascimento.
- ↑ Não foi possível determinar seu local de nascimento.
Referências
- ↑ a b c d e «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 17 de agosto de 2017
- ↑ «BRASIL. Presidência da República. Constituição de 1988». Consultado em 17 de agosto de 2017
- ↑ a b «BRASIL. Presidência da República. Lei nº. 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 17 de agosto de 2017
- ↑ «Morre o deputado estadual Agnelo Alves, ex-prefeito de Natal (g1.globo.com)». Consultado em 19 de agosto de 2017
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Garibaldi Alves Filho». Consultado em 18 de agosto de 2017
- ↑ «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Fernando Freire». Consultado em 18 de agosto de 2017
- ↑ «Governistas tentaram evitar implosão (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 30/09/1992. Brasil, p. 1-8.». Consultado em 18 de agosto de 2017
- ↑ Novo presidente da CNI será empossado hoje (online). Folha de S.Paulo, São Paulo (SP), 18/10/1995. Brasil, p. 1-5. Página visitada em 18 de agosto de 2017.
- ↑ «Senado Federal do Brasil: senador Fernando Bezerra». Consultado em 18 de agosto de 2017
- ↑ «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 17 de agosto de 2017. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013