Eleições distritais no Distrito Federal em 2010
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Eleições distritais no Distrito Federal em 2010[1] | ||||
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31 de outubro de 2010 Segundo turno | ||||
Candidato | Agnelo Queiroz | Weslian Roriz | ||
Partido | PT | PSC | ||
Natural de | Itapetinga, BA | Goiânia, GO | ||
Vice | Tadeu Filippelli | Jofran Frejat | ||
Votos | 875.610 | 449.110 | ||
Porcentagem | 66,10% | 33,90% | ||
Candidato mais votado por zona eleitoral no 2º turno (21):
Agnelo Queiroz (19) Weslian Roriz (2) | ||||
Titular Eleito | ||||
Mapa Eleitoral do 1º Turno | ||||
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Candidato mais votado por zona eleitoral no 1.º turno (21):
Agnelo Queiroz (18)
Weslian Roriz (3)
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As eleições distritais no Distrito Federal em 2010 aconteceram em 3 de outubro, como parte das eleições gerais no Brasil daquele ano. Os cidadãos brasilienses aptos a votar elegeram o Presidente do Brasil, o Governador do Distrito Federal, dois Senadores da República, além de 8 deputado federais e 24 deputados distritais.
Foi a eleição depois da crise de corrupção, cassações e renúncias de mandatos do governo de José Arruda (PFL/DEM). Para o cargo de governador do distrito, puderam concorrer 5 candidatos (dos 8 cadastrados). As enormes coligações das duas candidaturas mais fortes foram resultado de uma reorganização das três principais coligações da eleição anterior (2006). Como nenhum dos candidatos à presidência e governador obteve mais da metade do votos válidos, um segundo turno foi realizado no dia 31 de outubro.
Na eleição presidencial esse segundo turno foi com Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), com a vitória de Dilma; já no governo do Distrito Federal foi entre Agnelo Queiroz (PT) e Weslian Roriz (PSC), com a vitória de Agnelo. Segundo a Constituição Federal de 1988, o Presidente e os Governadores são eleitos diretamente para um mandato de quatro anos, com um limite de dois mandatos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode ser reeleito, uma vez que se elegeu duas vezes, em 2002 e 2006.
Resultado da eleição para governador
[editar | editar código-fonte]Primeiro turno
[editar | editar código-fonte]Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Agnelo Queiroz PT |
Tadeu Filippelli PMDB |
(PT, PMDB, PSB, PDT, PTB, PCdoB, PPS, PRB, PHS, PRP, PTC) |
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Weslian Roriz PSC |
Jofran Frejat PR |
(PSC, PR, PP, PSDB, DEM, PMN, PRTB, PSDC, PTdoB) |
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Toninho Andrade PSOL |
Teresinha Monteiro PSOL |
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Eduardo Brandão PV |
Luiz Maranhão PV |
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Rodrigo Dantas PSTU |
Rosa Olimpia PSTU |
Segundo turno
[editar | editar código-fonte]Candidatos a governador do estado | Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Agnelo Queiroz PT |
Tadeu Filippelli PMDB |
(PT, PMDB, PSB, PDT, PTB, PCdoB, PPS, PRB, PHS, PRP, PTC) |
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Weslian Roriz PSC |
Jofran Frejat PR |
(PSC, PR, PP, PSDB, DEM, PMN, PRTB, PSDC, PTdoB) |
Resultado da eleição para senador
[editar | editar código-fonte]Candidatos a senador da República | Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Cristovam Buarque PDT |
Wilmar Lacerda PDT Roberto Wagner PRB |
(PT, PMDB, PSB, PDT, PTB, PCdoB, PPS, PRB, PHS, PRP, PTC) |
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Rodrigo Rollemberg PSB |
Hélio José PT Cláudio Avelar PCdoB |
(PT, PMDB, PSB, PDT, PTB, PCdoB, PPS, PRB, PHS, PRP, PTC) |
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Alberto Fraga DEM |
Francisco Ferraz PSDB Paco Brito PP |
(PSC, PR, PP, PSDB, DEM, PMN, PRTB, PSDC, PTdoB) |
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Cadu Valadares PV |
Washington Valle PV João Breyer PV |
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Moacir Bueno PV |
Antonio José Rocha PV Roberto Zanin PV |
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Jorge Antunes PSOL |
Marcello Barra PSOL Ramiro Alvares Junior PSOL |
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Chico Sant'Anna PSOL |
Clayton de Souza PSOL Raul Ulhoa PSOL |
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Milton Tadashi PTN |
Carlos Kobayashi PSL Sergio Gomes de Souza PSL |
(PSL, PTN) |
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Sebastião Gerônimo PSL |
Nicodemos Sampaio PSL Wilian Ney de Farias PSL |
(PSL, PTN) |
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Robson da Silva PSTU |
Francisco Targino PSTU José Antonio dos Santos PSTU |
Candidatos ao governo do Distrito Federal
[editar | editar código-fonte]À princípio, 8 candidaturas ao governo do Distrito Federal foram cadastradas.[2] Porém, três delas foram indeferidas (a do PSL/PTN, a do PCB e a do PCO).[2] Em torno do nome de Agnelo Queiroz (PT), apoiado por Lula,[3] construiu-se uma coligação de 11 partidos, chamada Novo Caminho,[3] que representava a oposição ao governo distrital anterior. Já em torno do nome de Weslian Roriz (PSC), formou-se uma coligação de 9 partidos, chamada Esperança Renovada,[3] que reivindicava os quatro mantados de governador de Joaquim Roriz (marido da candidata). Na coligação de Agnelo (que pretendia ser base do governo federal da candidata Dilma), estavam presentes o PTB e o PPS, duas siglas que nacionalmente aderirem à candidatura de Serra.[4] Já na coligação de Weslian, que contava com partidos como o DEM e o PSDB (da base da candidatura de Serra), estavam presentes o PSC e o PR, partidos que nacionalmente aderiram à candidatura de Dilma.[4] Na coligação de Weslian, também estavam presentes o PSDC e o PRTB, duas pequenas siglas que nas eleições presidenciais tiveram candidaturas próprias.[4] O PTN, participante da coligação de Dilma, no Distrito Federal esteve junto à candidatura indeferida do PSL.[4] Já as candidaturas distritais aptas do PSOL, do PSTU e do PV e as inaptas do PCB e do PCO foram coerentes com a eleição presidencial, na qual cada um também saiu sozinho.[4]
É importante ressaltar que, com exceção do PDT e do PSDC, todos os partidos que compuseram as coligações de Agnelo (PT) e de Weslian (PSC), fizeram parte das três principais coligações das eleições de 2006, em torno dos candidatos José Arruda (PFL/DEM), Arlete Sampaio (PT) e Maria de Lourdes Abadia (PSDB).[5] Da coligação de Agnelo, 4 partidos eram da base de Arlete (PT / PSB / PRB / PCdoB), 5 da base de Abadia (PMDB / PTB / PTC / PHS / PRP), 1 do governo de Arruda (PPS) e 1 na época imparcial (PDT).[5] Da coligação de Weslian, 1 era da base de Arlete (PRTB), 2 da base de Abadia (PSDB / PTdoB), 5 do governo de Arruda (DEM / PP / PSC / PR / PMN) e 1 independente (PSDC).[5] Ou seja, os três principais agrupamentos políticos em 2006, se reorganizaram fisiologicamente em dois agrupamentos em 2010. Já a Frente de Esquerda formada por PSOL, PSTU e PCB em 2006, não se reeditou em 2010, saindo fragmentada.[5] No segundo turno das eleições de 2010, o PV, que tinha candidatura própria no primeiro, apoiou a candidatura de Agnelo.[6] Um ano após as eleições, com a vitória de Agnelo, o PP (que apoiava Weslian) também juntou-se à base petista à nível distrital.[7].
Candidato(a) a governador(a) |
Candidato(a) a vice-governador(a) |
Nº | Coligação |
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Agnelo Queiroz (PT) | Tadeu Filippelli
(PMDB) |
13 | Coligação Novo Caminho - PT / PMDB / PDT / PTB / PRB / PPS / PHS / PTC / PSB / PRP / PCdoB |
Eduardo Brandão (PV) | Luiz Maranhão (PV) | 43 | sem coligação |
Frank Svensson (PCB) | João Break (PCB) | 21 | sem coligação (candidatura indeferida) |
Newton Lins (PSL) | Paulo Vasconcelos (PTN) | 17 | PSL / PTN (candidatura indeferida) |
Ricardo Machado (PCO) | Expedito Mendonça (PCO) | 29 | sem coligação (candidatura indeferida) |
Rodrigo Dantas (PSTU) | Rosa Olimpia (PSTU) | 16 | sem coligação |
Toninho Andrade (PSOL) | Tetê Monteiro (PSOL) | 50 | sem coligação |
Weslian Roriz (PSC) | Jofran Frejat (PR) | 20 | Coligação Esperança Renovada - PSC / PR / PP / DEM / PSDC / PRTB / PMN / PSDB / PTdoB |
Candidatos ao Senado
[editar | editar código-fonte]Eleição parlamentar no Distrito Federal em 2010 (Senado)[1] | ||||
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3 de outubro de 2010 | ||||
Líder | Cristovam Buarque | Rodrigo Rollemberg | Alberto Fraga | |
Partido | PDT | PSB | DEM | |
Natural de | Recife, PE | Rio de Janeiro, RJ | Estância, SE | |
Votos | 833.480 | 738.575 | 511.517 | |
Porcentagem | 37,27% | 33,03% | 22,87% | |
Titular(es) Eleito(s) | ||||
No Distrito Federal, treze candidatos disputaram por uma das duas vagas ao Senado, dos quais Cristovam Buarque (PDT) e Rodrigo Rollemberg (PSB), da mesma coligação, foram eleitos. Os candidatos Abadia (PSDB) [8], Rosana Chaib (PCB) e Gilson Dobbin (PCO) tiveram suas candidaturas indeferidas.
Candidato(a) a senador(a) |
Suplentes | Nº | Coligação |
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Alberto Fraga (DEM) | 1º:Francisco Ferraz (PSDB) 2º:Paco Brito (PP) |
255 | PSC / PR / PP / DEM / PSDC / PRTB / PMN / PSDB / PTdoB |
Cadu Valadares (PV) | 1º:Washington Valle (PV) 2º:João Breyer (PV) |
432 | sem coligação |
Chico Sant'Anna (PSOL) | 1º:Clayton de Souza (PSOL) 2º:Raul Ulhoa (PSOL) |
501 | sem coligação |
Cristovam Buarque (PDT) | 1º:Wilmar Lacerda (PDT) 2º:Roberto Wagner (PRB) |
123 | PT / PMDB / PDT / PTB / PRB / PPS / PHS / PTC / PSB / PRP / PCdoB |
Gilson Dobbin (PCO) | 1º:Ivo Brito (PCO) 2º:Deusimar (PCO) |
290 | sem coligação (candidatura indeferida) |
Jorge Antunes (PSOL) | 1º:Marcello Barra (PSOL) 2º:Ramiro Junior (PSOL) |
500 | sem coligação |
Maria Abadia (PSDB) | 1º:Osorio Adriano (DEM) 2º:Pastor Egmar (PTdoB) |
456 | PSC / PR / PP / DEM / PSDC / PRTB / PMN / PSDB / PTdoB (candidatura indeferida) |
Milton Tadashi (PTN) | 1º:Carlos Kobayashi (PSL) 2º:Sergio Gomes (PSL) |
190 | PSL / PTN |
Moacir Bueno (PV) | 1º:Professor Antonio Jose (PV) 2º:Roberto Zanin (PV) |
433 | sem coligação |
Robson da Silva (PSTU) | 1º:Francisco Targino (PSTU) 2º:Jota dos Santos (PSTU) |
160 | sem coligação |
Rodrigo Rollemberg (PSB) | 1º:Hélio José (PT) 2º:Claudio Avelar (PCdoB) |
400 | PT / PMDB / PDT / PTB / PRB / PPS / PHS / PTC / PSB / PRP / PCdoB |
Rosana Chaib (PCB) | 1º:João de Castro (PCB) 2º:Dalva do Nascimento (PCB) |
212 | sem coligação (candidatura indeferida) |
Sebastião Gerônimo (PSL) | 1º:Nico Facanha (PSL) 2º:Wilian Ney (PSL) |
178 | PSL / PTN |
Deputados federais eleitos
[editar | editar código-fonte]No Distrito Federal foram oito os deputados federais eleitos.[9][1]
Candidato (a) | Número | Coligação | Votos | Porcentagem |
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Reguffe (PDT) | 1234 | Novo Caminho (I) | 266.465 | 18,95% |
Paulo Tadeu (PT) | 1310 | Novo Caminho (I) | 164.555 | 11,17% |
Jaqueline Roriz (PMN) | 3320 | O Distrito Federal Pode Mais | 100.051 | 7,12% |
Izalci Lucas(PR) | 2222 | O Distrito Federal Pode Mais | 97.914 | 6,96% |
Magela (PT) | 1313 | Novo Caminho (I) | 86.276 | 6,14% |
Erika Kokay (PT) | 1331 | Novo Caminho (I) | 72.651 | 5,17% |
Ronaldo Fonseca (PR) | 2233 | O Distrito Federal Pode Mais | 67.920 | 4,83% |
Luiz Pitiman (PMDB) | 1515 | Novo Caminho (II) | 51.491 | 3,66% |
Obs.: A tabela acima mostra somente os deputados federais eleitos.
Deputados federais: coligações eleitas | ||||
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Coligação | Composição | Candidatos eleitos | Votos válidos (incluindo não-eleitos) |
% |
Novo Caminho (I) | (PDT/PT/PPS/PSB/PTC) | 4 | 693.663 | 49,33% |
O Distrito Federal Pode Mais | (DEM/PSDB/PP/PSC/PR/PSDC/PRTB/PMN/PTdoB) | 3 | 444.454 | 31,61% |
Novo Caminho (II) | (PMDB/PCdoB/PRB/PTB/PRP/PHS) | 1 | 194.571 | 13,84% |
Deputados distritais eleitos
[editar | editar código-fonte]Foram vinte e quatro deputados distritais eleitos.[9][1]
Representação eleita
PT: 5DEM: 2PSDB: 2PSD: 2PRTB: 1PMDB: 1PTB: 1PRB: 1PTC: 1PSB: 1PR: 1PSL: 1PTdoB: 1PDT: 1PMN: 1PP: 1PSC: 1
Fonteː[10]
Obs.: A tabela acima mostra somente os deputados distritais eleitos.
Deputados distritais: coligações e partidos eleitos | ||||
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Coligação / Partido | Composição / Sigla | Candidatos eleitos | Votos válidos (incluindo não-eleitos) |
% |
Partido dos Trabalhadores | PT | 5 | 216.382 | 15,37% |
Democratas | DEM | 2 | 102.840 | 7,31% |
A Força do Povo | (PSC/PRTB) | 2 | 95.243 | 6,77% |
Partido da Social Democracia Brasileira | PSDB | 2 | 84.044 | 5,97% |
Novo Caminho (I) | (PPS/PHS) | 2 | 109.126 | 7,75% |
Partido do Movimento Democrático Brasileiro | PMDB | 1 | 69.019 | 4,90% |
Um Novo Caminho | (PRB/PTB) | 2 | 96.548 | 6,86% |
Novo Caminho (II) | PSB / PCdoB | 1 | 83.381 | 5,92% |
Novo Caminho (III) | (PTC/PRP) | 1 | 73.124 | 5,19% |
Partido da República | PR | 1 | 70.175 | 4,99% |
Quero Mudar | (PSL/PTN) | 1 | 83.571 | 5,94% |
Frente Trabalhista Democrata Cristã | (PSDC/PTdoB) | 1 | 80.141 | 5,69% |
Partido Democrático Trabalhista | PDT | 1 | 76.814 | 5,46% |
Mobilização Progressista | (PP/PMN) | 2 | 86.954 | 6,18% |
Referências
- ↑ a b c d Placar eleições UOL. Resultados à governador e senador do Distrito Federal. Acessado em 30 de novembro de 2010. Erro de citação: Código
<ref>
inválido; o nome "Placar" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ a b «Estatísticas de Candidaturas (2010) - Cargo/Situação de candidatura». Sítio do TSE. Consultado em 20 de abril de 2014
- ↑ a b c «DF terá segundo turno entre Agnelo e Weslian Roriz». UOL. Consultado em 20 de abril de 2014
- ↑ a b c d e «Estatísticas de Candidaturas (2010) - Cargo/Partido/Coligação/Sexo». Sítio do TSE. Consultado em 20 de abril de 2014
- ↑ a b c d «Estatísticas e Resultado das Eleições de 2006». Sítio do TSE. Consultado em 20 de abril de 2014
- ↑ «Segundo turno: PV anuncia apoio a Agnelo no DF». Sítio do PCdoB. Consultado em 20 de abril de 2014
- ↑ «Partidos emitem nota em defesa do Governo Agnelo». Sítio do PCdoB. Consultado em 20 de abril de 2014
- ↑ «TSE barra candidatura de ex-governadora do DF». Exame. 10 de outubro de 2010. Consultado em 12 de setembro de 2020
- ↑ a b [1]
- ↑ a b Erro de citação: Etiqueta
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