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Deinococcus radiodurans

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Deinococcus radiodurans
Deinococcus radiodurans
Classificação científica
Reino: Monera
Filo: Deinococcus-Thermus
Classe: Deinococci
Ordem: Deinococcales
Família: Deinococcaceae
Género: Deinococcus
Espécie: D. radiodurans
Nome binomial
Deinococcus radiodurans
(ex Raj et al., 1960) Brooks e Murray, 1981
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A Deinococcus radiodurans é uma bactéria que consegue sobreviver muito bem à radiação ultravioleta do espaço, em ambientes extremamente frios e oxidativos, assim como severamente ionizados e a vácuo.[1]

É conhecida como uma poliextremófila e está listada no Guinness Book como a bactéria mais resistente conhecida.[2] Ela foi ainda exposta a testes contendo concentrações bastante altas de sulfato de magnésio e ácido sulfúrico, condições que são esperadas em Europa, satélite natural do planeta Júpiter, que faz parte do nosso sistema solar.

Nome e classificação

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O nome Deinococcus radiodurans tem deriva do Grego Antigo: δεινός (deinos) e κόκκος (kokkos) significa "grão terrível" e os termos em Latim, radius e durare, "sobrevivente à radiação".

Inicialmente, foi classificada como do gênero Micrococcus. No entanto, depois de estudos com seu DNA ribossômico, foi alocada no gênero atual, Deinococcus,[3] cujos membros conhecidos (D. proteolyticus, D. radiopugnans, D. radiophilus, D. grandis, D. indicus, D. frigens, D. saxicola, D. marmoris, D. deserti, D. geothermalis e D. murrayi) são radiorresistentes..

A D. radiodurans foi descoberta em 1956 por Arthur W. Anderson em Corvallis, Oregon. Eram realizados experimentos para determinar se comida enlatada podia ser esterilizada usando altas doses de radiação gama, que consistiam em expor um pedaço de carne a uma dose de radiação capaz de matar qualquer forma de vida então conhecida. No entanto, mesmo assim a carne estragou, o que possibilitou aos cientistas isolar a D. radiodurans.

A sequência completa do DNA da D. radiodurans foi publicada em 1999 pelo TIGR(The Institute for Genomic Research).[3]

A bactéria Deinococcus radiodurans tem uma capacidade única de reparar suas fitas simples e duplas de DNA. Quando um dano nas fitas é aparente à célula, ela as transforma em uma estrutura anelar, na qual o DNA é reparado.

A D. radiodurans é uma bactéria relativamente grande e esférica, com diâmetro entre 1,5 e 3,5µm. Geralmente, é encontrada em grupos de 4 células grudadas, é facilmente cultivável e não é patogênica.[3] Suas colônias tem coloração de rosa a vermelho. As células coram como Gram positivas, apesar de que seu envelope celular é incomum e possui resquícios evolutivos da parede celular de bactérias Gram negativas.

As bactérias não formam endosporos e são imóveis. São aeróbias obrigatórias e alimentam-se de compostos orgânicos, isso é, usam oxigênio para retirar energia de compostos no meio em que estão. Por isso, são frequentemente encontradas em habitats ricos em materiais orgânicos, como solo, fezes, carne e instrumentos médicos.[4]

São extremamente resistentes a radiações ionizantes, luz ultravioleta, dessecação, oxidação e a agentes eletrófilos.[5]

O genoma da D. radiodurans é composto por dois cromossomos circulares, com 2,65 milhões e 412 mil pares de pases, assim como um megapasmídeo e um plasmídeo com 177 mil e 46 mil pares de bases respectivamente. Há por volta de 3.195 genes. Na fase estacionária, cada célula bacteriana contém quatro cópias do genoma; quando estão na se multiplicando rapidamente, cada bactéria contém de 8 a 10 cópias do genoma.

Notas e referências

  1. G1. «Estudo brasileiro reforça hipótese de que vida na Terra veio do espaço». Consultado em 6 de junho de 2010 
  2. DeWeerdt, Sarah. «The World's Toughest Bacterium (A Bactéria mais Resistente do Mundo)» 
  3. a b c Makarova, K S; L Aravind; Y I Wolf; R L Tatusov; K W Minton; E V Koonin; M J Daly (Março 2001). «Genome of the extremely radiation-resistant bacterium Deinococcus radiodurans viewed from the perspective of comparative genomics». Microbiology and molecular biology reviews : MMBR. 65 (1): 44–79. PMID 11238985. doi:10.1128/MMBR.65.1.44-79.2001 
  4. Battista, J R (1997). «Against all odds: the survival strategies of Deinococcus radiodurans» (PDF). Annual Review of Microbiology. 51: 203-24. doi:10.1146/annurev.micro.51.1.203. Arquivado do original (PDF) em 5 de novembro de 2011 
  5. Radman, M; Slade D.; (2011). «Oxidative stress resistance in Deinococcus radiodurans». Microbiol Mol Biol Rev. 75 (1): 133-91. PMID 21372322. doi:10.1128/MMBR.00015-10 
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