Constantino Tsallis
Constantino Tsallis | |
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Constantino Tsallis em 2010.
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Conhecido(a) por | Entropia de Tsallis |
Nascimento | 5 de novembro de 1943 (81 anos) Atenas, Grécia |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | Grego Brasileiro |
Alma mater | Universidade de Paris Orsay |
Ocupação | professor, físico |
Prêmios | Ordem de Rio Branco |
Orientador(es)(as) | Andre Guinier |
Instituições | CBPF |
Campo(s) | Física |
Tese | Contribution à létude théorique des transitions de phase magnéiques et structurales. |
Notas | membro da Academia Brasileira de Ciências |
Constantino Tsallis ComRB (em grego: Κωνσταντίνος Τσάλλης, Atenas, 5 de novembro de 1943) é um físico greco-brasileiro conhecido por sua proposta de generalização da Mecânica Estatística.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido em Atenas na Grécia, Tsallis emigrou aos quatro anos de vida junto com a sua família. Cresceu em Mendoza (Argentina), onde completou o ensino fundamental e médio.[2] Fez graduação e mestrado em Física pelo Instituto Balseiro de Bariloche da Universidad Nacional de Cuyo (1961-1965). Em 1974 concluiu o doutorado em Física pela Universidade de Paris Orsay.[3] Em 1975 imigrou para o Brasil, foi professor Adjunto da Universidade de Brasília entre os anos de 1975 e 1976. Em 1977 tornou-se professor titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, onde trabalha atualmente. Foi professor visitante de diversas universidades do nordeste brasileiro: Universidade Federal da Paraíba (1976-1978), Universidade Federal de Pernambuco (1979) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1984-1997). Nos Estados Unidos foi professor visitante em Michigan State University (1995), University of North Texas (1999-2000) e Santa Fe Institute (2004-2006). Em 1994 ingressou na Academia Brasileira de Ciências.[4] Em 2006, foi agraciado com a admissão à Ordem de Rio Branco no grau de Comendador suplementar pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[5]
Contribuições
[editar | editar código-fonte]Seu trabalho principal de 1988 tem como objetivo complementar a estatística de Boltzmann-Gibbs em limites onde essa não é satisfeita. A proposta de generalização feita por Tsallis tem sido ativamente estudada em todo o mundo. Uma vasta bibliografia com mais de 3.000 artigos relacionados diretamente, por mais de 5.000 cientistas de todo o mundo, está disponível em http://tsallis.cat.cbpf.br/biblio.htm. Tsallis recebeu mais de 10.000 citações no ISI, que atualmente faz dele um dos mais citados cientistas de todos os tempos na América Latina.[6] Um dos resultados de maior notoriedade da teoria generalizada de Tsallis surgiu em fevereiro de 2010,[7] cientistas do LHC utilizaram a generalização de Tsallis através de dados gerados pelo Solenoide de Múon Compacto mostraram que as medidas de distribuição de partículas observadas em colisões ocorridas em altíssimas energias: 2,36 teraelétron-volts (TeV) são descritas de melhor maneira utilizando a teoria generalizada de Tsallis.[8]
Referências
- ↑ Tsallis, Constantino (1988). «Possible Generalization of Boltzmann-Gibbs Statistics» (pdf). Journal of Statistical Physics. 52: 479–487. doi:10.1007/BF01016429
- ↑ «Griechische Wissenschaftler». Consultado em 9 de abril de 2011 [ligação inativa]
- ↑ Constantino Tsallis, Currículo Lattes . Visitado em 9 de abril de 2011.
- ↑ Academia Brasileira de Ciências Arquivado em 2 de maio de 2014, no Wayback Machine.. Visitado em 9 de abril de 2011.
- ↑ BRASIL, Decreto de 12 de abril de 2006.
- ↑ Santa Fe Institute. Visitado em 9 de abril de 2011.
- ↑ The CMS Collaboration, Transverse momentum and pseudorapidity distributions of charged hadrons in pp collisions at sqrt(s) = 0.9 and 2.36 TeV. Visitado em 9 de abril de 2011.
- ↑ LHC confirma teoria de físico brasileiro. Visitado em 10 de abril de 2011.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Nascidos em 1943
- Físicos do Brasil
- Brasileiros de ascendência grega
- Professores da Universidade Federal de Pernambuco
- Professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
- Professores da Universidade Federal da Paraíba
- Membros da Academia Brasileira de Ciências
- Membros da Academia de Ciências da América Latina
- Naturais de Atenas
- Comendadores da Ordem de Rio Branco