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Consanguinidade

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Consanguinidade

Tabela de Consangüinidade que
mostra as relações entre os
membros da família e o grau
de suas relações.

Tipo

Consanguinidade (do latim consanguinitas) é a afinidade por laços de sangue entre indivíduos aparentados, que são geneticamente semelhantes. Pode-se medir o quanto um determinado indivíduo é consanguíneo com outro através da medida chamada grau de consanguinidade.[1][2]

Muitas jurisdições têm leis que proíbem pessoas com parentesco de sangue de se casarem ou terem relações sexuais entre si. O grau de consanguinidade que dá origem a essa proibição varia de lugar para lugar.[3] Essas regras também são usadas para determinar os herdeiros de uma herança de acordo com os estatutos que regem a sucessão intestada , que também variam de jurisdição para jurisdição.[4] Em alguns lugares e períodos de tempo, o casamento entre primos é permitido ou mesmo encorajado; em outros, é tabu e considerado incesto.

Doenças autossômicas recessivas raras são mais frequentes na prole de uniões consanguíneas, porque os descendentes dessa união têm maiores chances de carregar duas cópias defeituosas do gene relevante para uma determinada doença.[5]

A consanguinidade em uma população aumenta sua suscetibilidade a patógenos infecciosos, como tuberculose e hepatite.[6]

Tabela de consanguinidade

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Consanguinidade Grau de parentesco
1 (1/2*2) gêmeos idênticos
1 (1/1) auto
0,5 (1/2) pais e filhos
0,5 (1/2) irmãos
0,25 (1/4) avós e netos
0,25 (1/4) tios e sobrinhos
0,125 (1/8) primos
0,125 (1/8) bisavós e bisnetos
0,125 (1/8) tios-avós e sobrinhos-netos
0,0625 (1/16) primeiros primos uma vez removidos[7]
0,03125 (1/32) segundos primos
0,0625 (1/16) trisavós e trinetos
0,0625 (1/16) tios-bisavós e sobrinhos-bisnetos
0,03125 (1/32) primeiros primos duas vezes removidos
0,015625 (1/64) segundos primos uma vez removidos
0,0078125 (1/128) terceiros primos
0,03125 (1/32) tetravós e tetranetos
0,03125 (1/32) tios-trisavós e sobrinhos-trinetos
0,015625 (1/64) primeiros primos três vezes removidos
0,0078125 (1/128) segundos primos duas vezes removidos
0,00390625 (1/256) terceiros primos uma vez removidos
0,001953125 (1/512) quartos primos
0,015625 (1/64) pentavós e pentanetos
0,015625 (1/64) tios-tetravós e sobrinhos-tetranetos
0,0078125 (1/128) primeiros primos quatro vezes removidos
0,00390625 (1/256) segundos primos três vezes removidos
0,001953125 (1/512) terceiros primos duas vez removidos
0,0009765625 (1/1024) quartos primos uma vez removidos
0,00048828125 (1/2048) quintos primos
0,25 (1/4) meios-irmãos
0,0625 (1/16) meios-primos
0,25 (1/4) duplos-primos
0,125 (1/8) meios-tios e meios-sobrinhos
0,0625 (1/16) meios-tios-avós e meios-sobrinhos-netos
0,03125 (1/32) meios-tios-bisavós e meios-sobrinhos-bisnetos
0,015625 (1/64) meios-tios-trisavós e meios-sobrinhos-trinetos
0,0078125 (1/128) meios-tios-tetravós e meios-sobrinhos-tetranetos
0,03125 (1/32) meios-primos uma vez removidos
0,015625 (1/64) meios-primos duas vezes removidos
0,0078125 (1/128) meios-primos três vezes removidos
0,00390625 (1/256) meios-primos quatro vezes removidos
0,125 (1/8) duplos-primos uma vez removidos
0,0625 (1/16) duplos-primos duas vezes removidos
0,03125 (1/32) duplos-primos três vezes removidos
0,015625 (1/64) duplos-primos quatro vezes removidos

Referências

  1. Teebi, Ahmad S; El-Shanti, Hatem I (março de 2006). «Consanguinity: implications for practice, research, and policy». The Lancet (9515): 970–971. ISSN 0140-6736. doi:10.1016/s0140-6736(06)68406-7. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  2. Logo, Raimundo Nonato Braga. «Endogamia». www.agencia.cnptia.embrapa.br. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  3. O'sullivan, Kathryn (1 de janeiro de 2019). «Access to marriage: consanguinity and affinity prohibitions in national and international context». Irish Journal of Family Law;22 (2), pp. 8-12 (em inglês) 
  4. Ritchie, Herbert E. (1940). «Methods of Intestate Succession». University of Cincinnati Law Review: 508. Consultado em 19 de maio de 2023 
  5. «Consanguinity» (em inglês). 1 de janeiro de 2013: 158–162. doi:10.1016/B978-0-12-374984-0.00324-7. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  6. Lyons, Emily J.; Frodsham, Angela J.; Zhang, Lyna; Hill, Adrian V.S.; Amos, William (23 de agosto de 2009). «Consanguinity and susceptibility to infectious diseases in humans». Biology Letters (4): 574–576. PMC 2684220Acessível livremente. PMID 19324620. doi:10.1098/rsbl.2009.0133. Consultado em 22 de setembro de 2021 
  7. «Relatedness Part 2». Consultado em 25 de novembro de 2007  (extraído do livro O Gene Egoísta de Richard Dawkins)
  • Bittles, Alan H. (2012) - Consanguinity in context - Cambridge University Press
  • Teebi, Ahmad S.(2010) - Genetic Disorders among Arab Populations (second edition) - Springer
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