Conclave de 1523
Conclave de 1523 | |||||||
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O cardeal Giulio de' Medici | |||||||
Data e localização | |||||||
Pessoas-chave | |||||||
Decano | Bernardino López de Carvajal | ||||||
Vice-Decano | Francesco Soderini | ||||||
Camerlengo | Francesco Armellini de' Medici | ||||||
Protopresbítero | François Guillaume de Castelnau-Clermont-Lodève | ||||||
Protodiácono | Marco Cornaro | ||||||
Eleição | |||||||
Eleito | Papa Clemente VII (Giulio di Giuliano de' Medici) | ||||||
Participantes | 39 | ||||||
Ausentes | 6 | ||||||
Cronologia | |||||||
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dados em catholic-hierarchy.org |
O Conclave de 1523 foi a reunião de eleição papal realizada após a morte do Papa Adriano VI. Durou de 1 de outubro a 19 de novembro de 1523.[1][2] Na morte de Adriano VI, eram 45 os cardeais eleitores. Participaram no início do conclave 36 cardeais.[1][2]
Antecedentes
[editar | editar código-fonte]O Papa Adriano VI experimentava problemas de saúde durante os meses finais de sua vida, inspirando os cardeais para começar as articulações politicas.[3] Francisco I da França enviou um grande exército no norte da Itália, em 1522, e com a expectativa de alavancar essa força para efeito da eleição do cardeal francês Jean de Lorena, ou mais provavelmente um cardeal italiano pró-francês, como Niccolò Fieschi.[3] No entanto, seu exército sofreu uma grande derrota na Batalha de Bicocca antes do conclave.[3] Em qualquer caso, os três cardeais franceses foram ordenados por Francisco I de se apressar para Roma.[3]
Carlos V, Sacro Imperador Romano, fortalecido pela Batalha de Bicocca, apoiou Giulio di Giuliano de' Medici, um defensor da política imperial no Sacro Colégio.[3] Henrique VIII da Inglaterra teria preferido a eleição de Thomas Wolsey, mas não estava em condição de efetivá-lo. Henrique VIII enviou duas cartas, uma de apoio a de' Medici, outra de apoio a Wolsey, que deveriam ser distribuídas ao Colégio nessa ordem.[4]
Conclave
[editar | editar código-fonte]O conclave iniciou-se em 1 de outubro, com 32 cardeais presentes[6]. Nove cardeais estavam ausentes.[5] Baumgartner aparentemente acredita que o único cardeal criado por Adriano VI,[6] Willem van Enckevoirt, estava ausente, mas todas as listas de presença do conclave mostravam-no como participante. Cardeal Giulio de' Medici tinha dezesseis ou dezessete apoiadores; Colonna teve o segundo maior número.[7] Os cardeais "anti-Imperial/anti-Medici" exigiram com sucesso que o primeiro escrutínio fosse adiado até que os cardeais franceses, que eram conhecidos por estar a caminho, chegassem. Em 6 de outubro, eles apareceram, elevando o número de eleitores para 35.
Fieschi era o candidato dos franceses e recebeu onze votos; Carvajal recebeu doze.[8] Ambas as partes mudaram o seu apoio na votação seguinte com Gianmaria del Monte vindo a receber um voto.[8] Medici já havia concordado em apoiar del Monte para a votação final, mas quebrou sua palavra e não levou adiante seu compromisso.[8]
Após o conclave chegar ao seu décimo dia, o Cardeal Thomas Wolsey teria recebido 22 votos. Em 13 de outubro, o partido imperial começou a votar em Medici, com o franceses votando em Farnese.[8] Os apoiadores de Medici mantiveram-se disciplinados em novembro, enquanto a facção francesa começou a rachar.[9] Colonna (que desprezava Medici, apesar de sua íntima ligação com Carlos V) conquistou um bloco de quatro votos contra Medici.[9] No entanto, em 18 de outubro, quando a facção francesa propôs a candidatura de Orsini (as famílias Colonna e Orsini eram rivais), Colonna foi impelido a lançar o seu apoio aos Medici, dando-lhe vinte votos.[9]
Em 10 de novembro, o Cardeal Ivrea (Ferrero) finalmente entrou no Conclave. O Cardeal Giulio de' Medici facilmente alcançou o requisito de 27 votos para o accessus e tomou o nome de Clemente VII.
Cardeais votantes
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Cardeais Bispos
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Cardeais Presbíteros
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Cardeais Diáconos
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Cardeais ausentes
[editar | editar código-fonte]Cardeais Presbíteros
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Cardeais Diáconos
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Notas
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b «Catholic Hierarchy» (em inglês). Consultado em 6 de setembro de 2011
- ↑ a b «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês). Consultado em 6 de setembro de 2011
- ↑ a b c d e Baumgartner, 2003, p. 98.
- ↑ Baumgartner, 2003, pp. 98-99.
- ↑ Marino Sanuto, I diarii di Marino Sanuto Volume XXXV (Venezia 1892), cols,. 61-62.
- ↑ Willem van Enckenvoirt of Urecht: Lorenzo Cardella, Memorie storiche de' cardinali della Santa Romana Chiesa Tomo Quarto (Roma: Pagliarini 1793), 79-80.
- ↑ Sanuto, columns 223-224,fornece uma lista de todos os Cardeais presentes e suas alianças entre facções.
- ↑ a b c d Baumgartner, 2003, p. 99.
- ↑ a b c Baumgartner, 2003, p. 100.
Referências
[editar | editar código-fonte]- Baumgartner, Frederic J. 2003. Behind Locked Doors: A History of the Papal Elections. Palgrave Macmillan. ISBN 0-312-29463-8.
- Ferdinand Gregorovius, The History of Rome in the Middle Ages (translated from the fourth German edition by A. Hamilton) Volume 8 part 2 [Book XIV, Chapter 5] (London 1902) 449-450; 453-458.
- Ferdinando Petruccelli della Gattina, Histoire diplomatique des conclaves Volume I (Paris: 1864), 531-557 (featuring English and Florentine documents).
- Sede Vacante of 1523. Dr. J. P. Adams
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «História Vaticana» (em alemão)
- «pickle-publishing.com» (em inglês)