Benedito Leite (político)
Benedito Pereira Leite | |
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Benedito Leite em 1908 | |
Nascimento | 4 de outubro de 1857 Rosário |
Morte | 6 de março de 1909 (51 anos) |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Político |
Benedito Pereira Leite (Rosário, Maranhão, 4 de outubro de 1857 – Hyeres, 6 de março de 1909) foi um político, magistrado e jornalista brasileiro.[1]
Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife, em 1882. Atuou como promotor público no município de Brejo, juiz municipal de Coroatá e Itapecuru, no interior maranhense, inspetor do Tesouro Público do Estado, e foi um dos diretores do jornal Debate.[1]
Era filiado ao Partido Conservador do Império e, com o advento da República, ingressou no Partido Nacional.[1]
Foi um dos membros da Junta governativa maranhense de 1891.[1]
Elegeu-se deputado federal em 1892, reeleito em 1894. Foi eleito senador pelo Maranhão em 1896. Acumulou os mandatos federais com o mandato de deputado estadual. Consolidou-se como influente líder politico do Maranhão da República Velha, controlando a política do estado, no chamado coronelismo do período.[2]
Conseguiu costurar e consolidar a união dos partidos Católico, Constitucional e Nacional, surgindo daí o Partido Federalista, criado com o objetivo de tornar-se o guardião do federalismo, numa alusão crítica ao Partido Republicano, acusado pelos federalistas de tentar impor o centralismo.[1]
Fundou o jornal O Nacional e foi editor do Jornal Federalista.[1]
Foi governador do Maranhão, de 1 de março de 1906 a 25 de maio de 1908, quando se licenciou e viajou para a França para tratamento de saúde. Foi substituído pelo segundo vice-presidente Artur Quadros Colares Moreira. Faleceu em Hyeres, na França, no dia 6 de março de 1909.[3]
Durante seu governo, recebeu o então presidente da República Afonso Pena, que visitou o estado. O presidente embarcou com o governador e comitiva a bordo do vapor Barão de Grajaú, em viagem pelo rio Itapecuru, com destino a Caxias. Afonso Pena, constatando a dificuldade de navegação no rio, autorizou a construção da ferrovia São Luís-Teresina, defendida pelo governador.[4]
Em sua homenagem, foi batizada com seu nome a Ponte Metálica Benedito Leite, inaugurada em 1928, e pertencente à ferrovia São Luís-Teresina, sobre o Estreito dos Mosquitos, que separa a ilha de Upaon-Açu do continente. Ao seu lado, foi construída a ponte rodoviária Marcelino Machado, também político maranhense, que foi seu genro e deputado federal, e defendeu a construção da ponte ferroviária.
Em sua homenagem também foram batizadas: a cidade de Benedito Pereira Leite; a Maternidade Benedito Leite e a Escola Modelo Benedito Leite, em São Luís; a Praça Benedito Leite e a Biblioteca Benedito Leite, no centro de São Luís; dentre outros locais.
Referências
- ↑ a b c d e f IBGE. «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Praça Benedito Leite : [Estátua de Benedito Leite] : São Luís, MA». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 28 de junho de 2018
- ↑ Botelho, Joan (2008). Conhecendo e Debatendo a história do Maranhão. [S.l.]: Fort Com. Gráfica e Editora
- ↑ «Biografia Benedito Leite» (PDF)
- ↑ «A CANETA DE AFONSO PENA - Blog do Buzar». Blog do Buzar. 21 de abril de 2013
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo do Maranhão em 7 de fevereiro de 1907 pelo exmo. sr. dr. Benedito Pereira Leite, governador do estado
- Mensagem apresentada ao Congresso Legislativo do Maranhão em 21 de fevereiro de 1908 pelo exmo. sr. dr. Benedito Pereira Leite, governador do estado
Precedido por Lourenço Augusto de Sá e Albuquerque |
Junta governativa maranhense de 1891 1891 |
Sucedido por Manuel Inácio Belfort Vieira |
Precedido por Alexandre Colares Moreira Júnior |
Governador do Maranhão 1906 — 1908 |
Sucedido por Artur Quadros Colares Moreira |