António Lopes Cardoso
António Lopes Cardoso | |
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António Lopes Cardoso | |
Ministro(a) de Portugal | |
Período | I Governo Constitucional
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Antecessor(a) | - |
Sucessor(a) | António Barreto |
Dados pessoais | |
Nascimento | 27 de março de 1933 Praia, Santiago, Cabo Verde[1] |
Morte | 9 de junho de 2000 (67 anos) Lisboa |
Partido | PS, UEDS |
António Poppe Lopes Cardoso (Praia (Cabo Verde), 27 de março de 1933 — Lisboa, 9 de junho de 2000) foi um político português.
Licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia, tornou-se um opositor ao Salazarismo, enquanto desempenhou funções associativas.
Em 1962 é preso pela PIDE, na sequência da sua participação no Golpe de Beja. Nesse mesmo ano parte para o exílio, primeiro para Paris, mais tarde no Brasil, onde permanece até 1971. Regressa a Portugal, tornando-se assistente do Instituto Superior de Agronomia. Em 1973, logo a seguir ao congresso fundador, ingressa no Partido Socialista, de que foi um dirigente destacado no pós-25 de Abril.
Deputado à Assembleia Constituinte (1975-1976), aí liderou o Grupo Parlamentar do PS. De seguida ocupou os cargos de Ministro da Agricultura no VI Governo Provisório, chefiado por José Pinheiro de Azevedo, e no I Governo Constitucional, dirigido por Mário Soares.
Discordando das novas políticas agrárias do PS, demitiu-se do Governo e depois do partido, permanecendo como deputado independente[2]. Funda entretanto a Fraternidade Operária, movimento que haveria de originar um novo partido, a União da Esquerda para a Democracia Socialista (UEDS). Em representação deste pequeno partido, foi eleito Deputado à Assembleia da República na II Legislatura, depois reeleito na legislatura seguinte, como deputado independente, novamente nas listas do PS.
Foi autor de vários livros e artigos sobre a realidade agrícola portuguesa e o sistema político-partidário.[3][4]
A 9 de junho de 2000, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.[5]
Publicações
[editar | editar código-fonte]- Um ensaio de análise gráfica da influência do meio físico nos resultados económicos da empresa agrícola (Lisboa, 1960).
- A estabilização dos mercados agrícolas e a organização da produção (Lisboa, 1961).
- A região a oeste da Serra dos Candeeiros (Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1961).
- A concentração da actividade agrícola e a integração empresarial (Lisboa, Centro de Estudos de Economia Agrária, 1962).
- Luta pela reforma agrária (Lisboa, Diabril, 1976).
- A liberdade defende-se construindo o socialismo, o socialismo constrói-se defendendo a liberdade (Beja, Fed. de Beja do Partido Socialista, 1976).
- A nova lei da reforma agrária (Lisboa, Livros Horizonte, 1977).
- Os sistemas eleitorais (Lisboa, Salamandra, 1993, ISBN 972-689-046-2).
- Intervenções parlamentares de Lopes Cardoso : testemunho sobre a coerência de um percurso (Lisboa, A.R., 2003, ISBN 972-556-342-5).[6]
Funções governamentais exercidas
[editar | editar código-fonte]- I Governo Constitucional
- Ministro da Agricultura e Pescas
Precedido por - |
Ministro da Agricultura e Pescas I Governo Constitucional 1976 |
Sucedido por António Barreto |
Referências
- ↑ «Falecimentos» (PDF). Sociedade Genealógica Judaica do Brasil. Junho 2001. Consultado em 23 de junho de 2010[ligação inativa]
- ↑ Jorge Sampaio evoca Lopes Cardoso. Página visitada em 9 de maio de 2010.
- ↑ «António Poppe Lopes Cardoso». Assembleia da República. Consultado em 9 de maio de 2009
- ↑ «António Lopes Cardoso». UC - Centro de Documentação 25 de Abril. Consultado em 9 de maio de 2009
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Poppe Lopes Cardoso". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de julho de 2019
- ↑ «Pesquisa». Porbase - Base Nacional de Dados Bibliográficos. Consultado em 9 de maio de 2009