A man living with his parents in a low middle-class apartment in Rio de Janeiro coldly stabs them with a razor and then goes to the movies. Marcia, a rich and dissatisfied young woman, takes advantage of a trip from her husband to go to her home in Petrópolis, where she receives a visit from an old friend, Regina.
Uccise la famiglia e andò al cinema
Brazil
Brazil
Um filme sob e sobre o cinema.
Não há mais regras, o áudio não tá bom, o foco não ta perfeito, o roteiro é seguido? Não importa, é feito pra incomodar mesmo, afinal o cinema já estava morto.
Mas a câmera liga, uma discussão ocorre, um tiro acontece, a música surge, e a sensação vem, afinal sou brasileiro? Sim, sou. Brasileiro em meio a catástrofe.
Um diretor sob e sobre o Brasil.
Eu fico triste
Só de pensar
Em te perder
Em te perder
Em te perder
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O filme tem menos de 80 minutos, e ainda é divido em pequenas esquetes com histórias completamente diferentes umas das outras. No entanto, Bressane apresenta tanta controle na direção, que o filme nunca parece bagunçado ou desconectado com o público. Pelo contrário, o diretor adquire uma linguagem logo no começo do filme e mantém a mesma por toda obra, mesmo contando histórias tão diferentes dentro de um filme tão curto.
E é uma obra que constantemente questiona os valores e regras estabelecidas em todos os sentidos, seja técnica ou tematicamente. Ele perverte totalmente os valores idealizados sobre a família e relacionamentos conservadores. Bressane nos…
dancinha pós assassinato, lesbianismo, roberto carlos, flor até o sovaco, mais dancinha, cutucada na ditadura, na tradição e no estado coletivo de alienação que se foda esse filme em 78min faz tudo e não falha em nada bressane te amo obrigada que deus lhe pague
talented. brilliant. incredible. amazing. show stopping. spectacular. never the same. totally unique. completely not ever been done before. unafraid to reference or not reference. put it in a blender. shit on it, vomit on it. eat it. give birth to it.
"Todo filme é o resultado estético de seu processo de produção".
Exemplar, perfeito, e no caso deste filme o título serve quase como um programa, referindo-se indiretamente à maneira como o processo de produção determinou o resultado estético. Não necessariamente uma ideia nova, mas certamente uma ideia justa. Bressane foi ainda mais longe nisso n'O anjo nasceu.
Agora, coisa engraçada: nos últimos 20 anos tudo se passa como se no Brasil fosse impossível realizar essa equação, independente da qualidade dos filmes. Além de um modelo de financiamento que determina um valor de produção muito antes da concepção e da montagem do sistema (do processo) que empregará esse valor na produção do filme, a coisa toda se dá como se a…
Bressane curtia muito ressignificar atos de violência. A morte em Matou a Família e Foi Ao Cinema nunca é algo trágico, é muito mais um exercício de transformação imposto pela forma. A violência assim não reside no ato de cortar, esfaquear, atirar ou matar. Na verdade, a violência é a existência em si na diegese do filme. Os atos existem em um mundo violento, fotografado, montado e filmado de forma violenta.
É como se, seguindo sua ideia de propor um novo cinema, ele tentasse reprogramar a nossa relação com a imagem, algo que fica bem claro com o disco travado na última cena do filme. A política no cinema de Bressane está muito menos nos acontecimentos e mais no mundo que os possibilita. É algo intrínseco à forma.
Brazil keeps experimenting in the 60s and comes out with the best national movie of the decade. It would seem that Marco Bellocchio's shocking look into family alienation and crime caused commotion and inspiration among film-makers and moviewatchers alike. Bressane makes a bizarre and improvisatory show about unusual situational randomness and cinema aesthetics. Unique experiment, worth hunting down for years.
99/100
Existe um experimentalismo realmente interessante na maneira como a linguagem cinematográfica será explorada neste filme. Nesse sentido, a espetacularização será formada a partir da síntese do que compõe tal linguagem, dos seus contextos e da sua semântica, uma construção que busca validar e valorizar a forma de se expressar.
Em menos de dez minutos Bressane nos entrega o que esperávamos pelo título do filme. Logo, questionamentos surgem: o que mais poderá haver na narrativa? E o diretor nos entrega um trabalho preciso em sua história, mas com uma montagem desordenada, assim como a vida de todos os personagens (sendo eles do filme ou não - aliás, qual filme?). A metalinguagem é o andar mais baixo do longa, que constrói sua história de violência fazendo uma alusão direta à situação política do país ("Seremos reis! Reis!"). A coragem de Bressane vai além das escolhas narrativas, vai para as escolhas estéticas. O longa não é fácil de assistir e, muito menos, de digerir. O filme é sujo e suas rimas visuais completam…
