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Alice dos Anjos is a smart girl who lives in the northeastern hinterland, and who, after running after a running black goat, is transported to a magical place, full of crazy characters. She finds herself, then, in the middle of a war against an influential colonel who wants to discard as traditional communities' land to build a hydroelectric plant. As Alice joins her friends to fight an oppression, she finds herself on a journey of self-knowledge and social awareness.
Admito que quando li a sinopse de Alice dos Anjos achei a ideia que dá mote a obra arriscada, fazer um filme inspirado em Alice no País das Maravilhas e na obra de Paulo Freire poderia dar errado.
Mas logo nos momentos iniciais do filme achei que o que poderia dar errado deu muito certo.
Sinto que o filme é carregado de afeto e carinho, um trabalho feito com muito esmero e cuidado. E que isso tudo transborda em diversos momentos para quem o assiste.
Em seu primeiro longa Daniel Leite Almeida cria uma obra que tem grandes referências e ele as respeita, enquanto também vai criando suas características e tendo suas…
Um amigo que teve acesso ao filme antes de mim desgostou do que viu, de modo que eu adentrei a sessão desconfiado, visto que achei a sinopse similar à de ROSA TIRANA, que, infelizmente, não funcionou comigo. Incomodei-me com o excesso de decalques em relação a "Alice no País das Maravilhas", a ponto de preocupar-me até mesmo com denúncias de plágio (risos), mas entendi a homenagem e apreciei bastante o passeio pelo País das Macaúbas. Há algo de empostado nas interpretações (sobretudo, na garotinha protagonista), mas elas são ótimas, legitimamente nordestinas. Lembrei das peças teatrais de rua que via na infância. Gostei muito dos diálogos surrealistas que apropriam-se de elementos do cangaço, numa simplificação infantil bem-vinda da pedagogia freireana. As…
Não é porque é brasileiro não que eu vou puxar sardinha, juro que antes da dar play eu tava "vou ser super crítica como eu sempre sou com os filmes de Alice", mas logo nas primeiras cenas eu já estava "mds que filme perfeito pprt amo demais". A Atriz muito boa, me lembrou muito uma aluninha minha pela entonação das falas, as falas também excelentes, diálogos maravilhosos, coisa que com toda a certeza o Lewis Carroll teria escrito se tivesse nascido no interior da Bahia e usasse a alcunha de Luís Carlos. O roteiro é um dos mais lindos e sensíveis que eu já vi, simplesmente a perfeição e epítome de adaptação e regionalização de uma obra britânica do século…
Na cena inicial do carro quando a menina diz que a versão da história dela uma cabra preta que ia levá-la a um mundo mágico, pensei que era a refilmagem infantil de "A Bruxa". Obviamente, foi só meu cérebro querendo não acreditar que eu ia aturar 76 minutos de uma versão nordestina de "Alice no País das Maravilhas" que parece estava engavetada em alguma sala abandonada e interditada da TV Cultura. Cada música sentia um pouco minha energia vital se esvaindo.
"Rosa Tirana" andou pra me dar um aneurisma pra Alice dos Anjos correr para eu engolir o preconceito com farinha.