Lágrima
Aspeto
Lágrima ou fluido lacrimal é um líquido composto de água, sais minerais, proteínas e gordura, produzido pelas glândulas lacrimais (do sistema lacrimal) nas pálpebras superiores do olho humano para lubrificar e limpar o olho.
- "Cada lágrima ensina-nos uma verdade".
- - Ugo Foscolo; do prefácio de Didimo Chierico a Laurence Sterne, "Viaggio sentimentale"
- "A sabedoria dos crocodilos consiste em verter lágrimas quando querem devorar."
- - it is the wisdom of crocodiles, that shed tears when they would devour.
- - Moral, economical, and political essays - Página 94, Francis Bacon - T. H. Carter, 1844 - 216 páginas
- - it is the wisdom of crocodiles, that shed tears when they would devour.
- Noite. Oh! Saudade!... A dolorosa rama / Da árvore aflita pelo chão derrama / As folhas, como lágrimas... Lembrar!"
- - Olavo Bilac; na poesia "Ciclo"; (veja texto integral no Wikisource)
- “Fui forçado a me perguntar se eu algum dia verteria uma lágrima diante dos túmulos dos meus pais, supondo-se que ainda estivesse vivo quando de sua mortes. “
- - Saul Bellow, na obra "A Mágoa Mata Mais"
- "As lágrimas mais amargas derramadas sobre os túmulos são pelas palavras que não foram ditas e coisas que não foram feitas."
- - The bitterest tears shed over graves are for words left unsaid and deeds left undone
- - "Repression" in "Little foxes: or, The insignificant little habits which mar domestic happiness" - Página 87, Harriet Beecher Stowe - Bell and Daldy, 1866 - 188 páginas
- - The bitterest tears shed over graves are for words left unsaid and deeds left undone
- "Quando virar uma lágrima de aço enferrujado, num canto da roça ou no oitão da casa de taipa, não quero que me sejam gratos - ó gente de pouca fé. Rogo que cantem uma oração para que eu possa adormecer em paz e voltar ao pó da madre, que tanto amei."
- - Euclides Neto; parte de "Suspiros de uma Enxada", um de seus mais brilhantes textos
- "Em profunda escuridão se procuraram, nus, sôfrego entrou nela, ela o recebeu ansiosa, depois a sofreguidão dela, a ânsia dele, enfim os corpos encontrados, os movimentos, a voz que vem do ser profundo, aquele que não tem voz, o grito nascido, prolongado, interrompido, o soluço seco, a lágrima inesperada, e a máquina a tremer, a vibrar, porventura não está já na terra, rasgou a cortina de silvas e enleios, pairou no alto da noite, entre as nuvens, pesa o corpo dele sobre o dela, e ambos pesam sobre a terra, afinal estão aqui, foram e voltaram."
- - José Saramago, na obra "Memorial do Convento"
- "Recordei as agitações, as lágrimas, o acabrunhamento de espírito, as aperturas de coração que suportei naquele buraco ... Não dou um passo sem encontrar qualquer coisa que me chame a atenção. A um peregrino, na Terra Santa, não se lhe deparam tantos lugares sagrados pelas piedosas lembranças, e sua alma não se enche de tantas e tão santas emoções"
- "Estou à procura de um livro para ler. É um livro todo especial. Eu o imagino como a um rosto sem traços. Não lhe sei o nome nem o autor. Quem sabe, às vezes penso que estou à procura de um livro que eu mesma escreveria. Não sei. Mas faço tantas fantasias a respeito desse livro desconhecido e já tão profundamente amado. Uma das fantasias é assim. Eu o estaria lendo e de súbito, uma frase lida, com lágrimas nos olhos diria em êxtase de dor e de enfim libertação: Mas é que eu não sabia que se pode tudo, meu Deus!"
- - Clarice Lispector, na obra "A paixão segundo G.H."
- “Sabia tudo de Alexandre, o grande, e nada de Alessandro, o meu pequenino. Disse que me sentia fraco e precisava dormir. Saíram, eu chorava. As lágrimas são salgadas. Aqueles de antes já não eram mais meus. Quem sabe, perguntava-me, se alguma vez fui religioso: certamente, de qualquer jeito, perdera a alma.”
- - Umberto Eco, na obra "A Misteriosa Chama da Rainha Loana"
- "Todo mundo então era pérfido, mentiroso e falso? E lágrimas lhe vieram aos olhos, pois choramos sempre a morte das nossas ilusões com a mesma mágoa com que choramos os nossos mortos."
- - Guy de Maupassant, na obra "Uma Vida"
- "Esse Jesus hebreu só conhecia ainda as lágrimas e a tristeza do hebreu, juntamente com o ódio dos bons e dos justos; por isso o acometeu o desejo da morte. (...) Crede-me, meus irmãos! Morreu cedo demais! retratar-se-ia da sua doutrina se tivesse vivido até minha idade! Era bastante nobre para se retratar!
- "Nenhum ser humano é uma ilha... por isso não perguntem por quem os sinos dobram. Eles dobram por cada um, por cada uma, por toda a humanidade. Se grandes são as trevas que se abatem sobre nossos espíritos, maiores ainda são as nossas ânsias por luz. (...) As tragédias dão-nos a dimensão da inumanidade de que somos capazes. Mas também deixam vir à tona o verdadeiramente humano que habita em nós, para além das diferenças de raça, de ideologia e de religião. E esse humano em nós faz com que juntos choremos, juntos nos enxuguemos as lágrimas, juntos oremos, juntos busquemos a justiça, juntos construamos a paz e juntos renunciemos à vingança."
- "Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor."
- - I have nothing to offer but blood, toil, tears and sweat
- - Their Finest Hour - Página 24, Winston S. Churchill - Houghton Mifflin Harcourt, 1986, ISBN 0395410568, 9780395410561 - 720 páginas
- - I have nothing to offer but blood, toil, tears and sweat
- - Charles Chaplin; Chaplin - Vida e Pensamentos - página 114, Martin Claret, 1997
- "Lágrimas e queixas - que chamo de 'o poder das águas' - podem ser muito úteis para prejudicar a cooperação e reduzir os outros à condição de servos."
- - Tears and complaints - the means which I have called water power - can be an extremely useful weapon for disturbing cooperation and reducing other to a condition of slavery.
- - What Life Should Mean to You - Página 53, de Alfred Adler, Alan Porter - Publicado por Little, Brown, and Company, 1937 - 300 páginas
- - Tears and complaints - the means which I have called water power - can be an extremely useful weapon for disturbing cooperation and reducing other to a condition of slavery.
- "Lágrimas não são argumentos."
- - Machado de Assis, Obra completa, Volume 2 - Página 826, J. Aguilar, 1962
- - Fernando Pessoa; Fonte: Poesia "Mar Portuguez", Versos 1 e 2.