Zuzu Cavaquinho
Zuzu Cavaquinho | |
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Informações gerais | |
Nascimento | c. 1845 |
Origem | Rio de Janeiro, RJ |
Morte | c. 1905 (60 anos) |
Local de morte | Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Cavaquinista |
Instrumento(s) | Cavaquinho |
Zuzu Cavaquinho (Rio de Janeiro, c. 1845 – Rio de Janeiro, c. 1905) foi um cavaquinista brasileiro. Foi um dos instrumentistas que participaram da implantação do choro nos últimos 1920 anos do Império, no Rio de Janeiro.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Zuzu passou pela Casa de Detenção do Rio de Janeiro, onde foi entrevistado por João do Rio, durante coleta de poemas originalmente compostos para serem cantados. Momento em que João do Rio caracaterizou Zuzu Cavaquinho e outros detentos como “trovadores simples, cançonetístas ocasionais”, poetas de rua.[3][4][5][6] Nas palavras do jornalista:[2][3]
No Olimpo das serenatas do tempo, percebemos neste momento desfilar espectralmente, orvalhados dos relentos daquelas noites, vultos de transcendente nomeada, excelentes rapazes que passaram neste mundo para deixar lampejos fugazes e duradouras recordações. E foram eles pelo crisma popular conhecidos por Zuzu Cavaquinho, Lulu do Saco, Manezinho da Cadeia Nova ou Manezinho da Guitarra, Zé Menino, Vieira Barbeiro, ainda o Caladinho, o lnácio Ferreira, o Clementino Lisboa, o Rangel, o Saturnino, o Luisinho, Domingos dos Reis, que lá desceram para os túmulos, que ora volteio, agitando os ciprestes que os resguardam sob o céu sem eco das necrópoles.
A prisão de Zuzu Cavaquinho aconteceu no contexto da Revolta da Vacina, quando as autoridades prendiam qualquer pessoa maltrapilha, que não tivesse emprego fixo ou endereço, e mesmo os que eram considerados vagabundos. O Jornal do Commercio publicou uma lista dos nomes dos presos durante a revolta, constando o nome de Zuzu Cavaquinho. Ao todo, foram quase duas mil pessoas detidas nesse período.[3][4][5][6]
Referências
- ↑ «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 28 de março de 2014
- ↑ a b Rio, João do (8 de outubro de 2018). A alma encantadora das ruas. [S.l.]: BR75 Edições
- ↑ a b c RIO, João do. A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, s/d.
- ↑ a b Silvia Cristina Martins de Souza. “Quantos poetas perdidos para sempre, quanta rima destinada ao olvido da humanidade!”: produção e circulação de poesias no Rio de Janeiro de fins do século XIX e início do século XX. VII Congresso Internacional de História, 2015.
- ↑ a b Silvia Cristina Martins de Souza. “Quantos poetas perdidos para sempre, quanta rima destinada ao olvido da humanidade!”: produção e circulação de poesias no Rio de Janeiro de fins do século XIX e início do século XX. ANPUH SP, 2016.
- ↑ a b Silvia Cristina Martins Souza. “Quantos poetas perdidos para sempre, quanta rima destinada ao olvido da humanidade!” Produção e circulação de poesias no Rio de Janeiro de fins do século XIX e início do século XX. Varia Historia, Belo Horizonte, vol. 31, n. 56, p. 581-606, mai/ago 2015.