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Viriato Figueira da Silva

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Viriato Figueira da Silva
Viriato Figueira da Silva
Informações gerais
Nascimento 1851
Local de nascimento Macaé, Província do Rio de Janeiro, Brasil
Império do Brasil
Morte 24 de março de 1883 (32 anos)
Local de morte Rio de Janeiro, Província do Rio de Janeiro, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) Choro
Ocupação compositor, flautista e saxofonista
Alma mater Conservatório Imperial de Música
Instrumento(s) Flauta e saxofone
Período em atividade 1923–1935

Viriato Figueira da Silva (Macaé, 1851Rio de Janeiro, 24 de março de 1883) foi um compositor, flautista e saxofonista brasileiro.

Foi o primeiro solista de saxofone do Brasil sendo considerado um dos pais do choro.[1]

Viriato nasceu no município de Macaé, em 1851. Era filho de escravizados, mas os detalhes de seus primeiros anos são desconhecidos. Não se sabe quando ele chegou na capital imperial, mas sabe-se que Viriato causou espanto em seus contemporâneos devido ao seu talento e inspiração.[2]

Viriato era filho de escravos, nasceu em Macaé e não se sabe como foi parar no Rio de Janeiro Imperial. Sabe-se que causou enorme assombro em seus contemporâneos face seu enorme talento na flauta e saxofone, além de sua inspiração. Considerado um dos pais do choro, Viriato estudou no Conservatório Imperial de Música, do Rio de Janeiro, com Joaquim A. da Silva Callado, de quem se tornou grande amigo.[2]

Como flautista excursionou pelo norte do Brasil, com muito sucesso. Em 1866 excursionou por São Paulo, como integrante da orquestra do Teatro Fênix Dramática, do Rio de Janeiro, dirigida pelo maestro Henrique Alves de Mesquita, apresentando-se no Teatro São José. Foi o primeiro solista de saxofone do Brasil.[2]

Em março de 1877, sua polca Só para moer foi editada por José Maria Alves da Rocha e, mais tarde, por Artur Napoleão e Cia.. A polca de sua autoria Carnaval do Brasil foi executada pela primeira vez a 15 de julho de 1878, no Clube Mozart, do Rio de Janeiro.[2]

Viriato morreu em 24 de março de 1883, na Província do Rio de Janeiro, com apenas 32 anos, devido à uma tuberculose.[3] Depois de sua morte, seus amigos realizaram, em 17 de dezembro de 1883, um concerto para arrecadar fundos para a compra de um jazigo no cemitério de São Francisco Xavier, no Caju, Rio de Janeiro.[2]

Ao seu lado foram depositados os restos mortais de Callado, transladados do Cemitério São João Batista, cumprindo o desejo manifestado pelos dois amigos que queriam ser enterrados juntos. Mais tarde a composição Só para moer recebeu versos de Catulo da Paixão Cearense, sob o título Não vê-la mais.[2]

Suas composições foram gravadas pela Acari Records na coleção "Princípios do Choro" (2002).[4]

  • Aliança, xote, s.d.;
  • Amoroso, tango, s.d.;
  • Caiu! Não Disse!, polca, s.d.;
  • Capricho de moça, polca, s.d.;
  • Carnaval do Brasil, polca, s.d.;
  • Comme il faut, xote, s.d.;
  • Como é doce, polca, s.d.;
  • Uma dor, polca, s.d.;
  • É segredo, polca, s.d.;
  • Eufrásia, polca, s.d.;
  • Flor da noite, quadrilha, s.d.;
  • Gratidão, quadrilha, s.d.;
  • Lalá, polca, s.d.;
  • Macia, polca, s.d.;
  • Só para moer (ou Não vê-la mais, com versos de Catulo da Paixão Cearense), polca, s.d.;
  • Tutu, polca, s.d.

Referências

  1. «Quem criou o samba-choro?». Vivendo Bauru. Consultado em 17 de maio de 2022 
  2. a b c d e f «Viriato». Enciclopédia Músicos do Brasil. Consultado em 16 de fevereiro de 2013 
  3. «Morre Viriato (1883)». Ernesto Nazareth 50 Anos. Consultado em 17 de maio de 2022 
  4. «Viriato Figueira da Silva». Casa do Choro. Consultado em 17 de maio de 2022 
  • Marcos Antônio Marcondes. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

Ligações externas

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