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Rutaceae | |||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
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Rutaceae é uma família de angiospermas pertencente à ordem Sapindales, com aproximadamente 150 gêneros e 2000 espécies. No Brasil há cerca de 32 gêneros e 200 espécies. Amplamente distribuída e existente em todas as regiões brasileiras, as rutaceas são mais comumente conhecidas por espécies do gênero Citrus, representado pelas frutas cítricas (laranja, tangerina, toranja, limão), que é um poderoso objeto comercial, arrecadando bilhões de dólares com o mercado de sucos. Outros gêneros também são conhecidos, como a Ruta e Pilocarpus. O primeiro representado pelo arruda, planta com forte aroma e bem conhecida da cultura popular, pois lhe atribuem o poder de espantar mau-olhado. O segundo pelo jaborandi, da qual é extraída a pilocarpina utilizada na oftalmologia.
São de hábito arborícula, arbustivo, subarbustivo e erva; de folhas normalmente alterna espiralada ou oposta; inflorescência solitária e frutos com mesocarpo homogêneo ou claramente heterogêneo.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Sua etimologia é incerta. Possui mesma origem no francês antigo rude, inglês rue, latin ruta e talvez e grego rhyte. Todas vieram de uma palavra do Peloponeso. Planta com apurado odor e sabor amargos.
Descrição
[editar | editar código-fonte]São de hábito arborícula, arbustivo, subarbustivo e erva, seus espinhos e acúleos apresentam geralmente substâncias triterpenóides amargas, alcalóides e compostos fenólicos, com glândulas pelúcidas contendo óleos aromáticos.
Folhas
[editar | editar código-fonte]De filotaxia alterna e espiralada ou oposta, raramente é verticilada, normalmente pinado-composta ou reduzidas e trifolialadas ou unifolialadas. Em algumas ocasiões, palmado-composta, folíolos com glândulas pelúcidas, principalmente perto da margem. Sua venação mostra-se peninérvea, e estípulas ausentes.
Flores
[editar | editar código-fonte]Inflorescência solitária, reduzida a uma flor, terminal e axilar, são radiais, podendo ser unissexual ou bissexual. Flores dispostas em 4 ou 5 pétalas, livres a levemente conatas na base. Pétalas em mesma quantidade, às vezes totalmente conatas. Apresentam de 8 a 10 estames, podem ser numerosos, normalmente os filetes são livres, mas podem ser conatos, glabros ou pubescentes; 3 a 6 grãos de pólen colpados em sua maioria. Possui 4, 5 ou muitos carpelos, geralmente com um único estilete ou totalmente conatos, há casos de ovário livres. Ovário súpero, de placentação axial, diversidade de estigmas. Podem ter um ovário, ou muitos por lóculo. Dispõe de disco nectarífero dentro do estame.
Frutos
[editar | editar código-fonte]Seus frutos apresentam mesocarpo homogêneo ou claramente heterogêneo, com casca e coriácea bem definidos, com ou sem compartimentos e polpa derivada da parede do ovário ou de pelos multicelulares preenchidos com suco; o embrião é reto e curvo; presença ou não de endosperma.
Distribuição Geográfica
[editar | editar código-fonte]Distribui-se amplamente em todas as regiões brasileira, em praticamente todos os estados.
- Norte: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins
- Nordeste:Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe
- Centro-Oeste:Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso
- Sudeste:Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo
- Sul:Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina
Seus biomas são Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampas e Pantanal.
Adaptações/Caracteres Evolutivos
[editar | editar código-fonte]Suas flores são vistosas, odoríferas e nectaríferas, fazendo de seus principais polinizadores insetos, principalmente abelhas e moscas. São alógamas, o que significa que são unissexuais ou que o estigma e o estame amadurecem em períodos diferentes em caso de serem bissexuais. Porém, a autopolinização também ocorre. Zanthoxylum, Murraya, Poncirus e Citrus são exemplos de famílias nas quais a reprodução assexuada ou agamospermia pode ocorrer. Também há presença de dispersores em sua reprodução, as aves e os mamíferos são responsáveis pela dispersão dos frutos carnosos. O vento também dispersa as sâmaras das Ptelea. As plantas do gênero Zanthoxylum, apresentam folículos especializados com sementes de cor diferente à parede do fruto, facilitando a ação dispersora das aves.
Reprodução
[editar | editar código-fonte]Em sua maioria, a reprodução ocorre sexuadamente, e são polinizadas principalmente por insetos, ocorrendo aves também. No entanto, também pode ocorrer a apomixia ou agamospermia, método reprodutivo que consiste em produzir sementes sem fertilização, a partir de tecidos do óvulo ou do saco embrionário.
Importância Econômica
[editar | editar código-fonte]Os gêneros de maior importância dessa famílias são a Ruta (com a Arruda, erva bastante conhecida e difundida na cultura popular), Zanthoxylum (Prancha), Fortunella (Kunquat), Casimiroa (sapote branco) e principalmente Citrus.
Fortunella e Citrus compreendem os gêneros das citrinas que, representam, mais conhecidamente, a laranja (Citrus sinensis), a tangerina (Citrus reticulata e Citrus deliciosa), o limão (Citrus limon), Lima-do-tahiti (Citrus latifolia), galego (Citrus aurantiifolia), Lima-da-pérsia (Citrus limettioides), pomelo (Citrus paradisi), cidra (Citrus medica), Laranja-azeda (Citrus aurantium) e toranja (Citrus grandis).
No Brasil, a produção de frutas cítricas chega à 19 toneladas, sendo o país que mais exporta suco concentrado de laranja e derivados, arrecadando até 1,5 bilhão de dólares. Na área rural, tamanha atividade gera empregos direta e indiretamente. O caule das plantas pode ser utilizado como lenha, além de algumas espécies serem amplamente utilizadas na produção de matéria-prima para a indústria farmacêutica.
Há ainda, espécies que produzem madeira de ótima qualidade, como pro exemplo o pau-marfim (Balfourodendron riedelianum) e o guarantã (Esenbeckia leiocarpa). E espécies de Pilocarpus, comumente chamada de jaborandi, fornecem o alcaloide pilocarpina, que é utilizado em doenças oftálmicas.
Conservação
[editar | editar código-fonte]No Brasil, há cerca de 10 espécies rutaceas ameaçadas de extinção, a Almeidea coerulea, Conchocarpus bellus, Euxylophora paraensis, Metrodorea maracasana, [[Nycticalanthus speciosus]], Pilocarpus alatus, Pilocarpus jaborandi, Pilocarpus microphyllus, Pilocarpus trachylophus e Raulinoa echinata. As principais causas para o estado de extinção das espécies é em sua maioria a extração de madeira e extrativismo de matéria prima. Talvez o caso da Pilocarpus microphyllus ou jaborandi seja o mais conhecido, devido ao uso na oftalmologia. O alcaloide utilizado na área médica citada é a pilocarpina, presente nas folhas do jaborandi. O mercado da pilocarpina se expandiu, e o extrativismo cresceu descontroladamente, o que gerou uma forte ameaça de esgotamento de populações naturais da espécie.
Potencial Ornamental
[editar | editar código-fonte]Uma espécie conhecida por seu potencial ornamental é a falsa-murta (Murraya paniculata), de hábito arbustivo, é amplamente utilizada como cerva-viva ou árvore de pequeno porte para decoração, torna-se ideal para arborização urbana por não haver contato com fios da alta tensão ou danificar calçadas.
Gêneros
[editar | editar código-fonte]- Achuaria
- Acmadenia
- Acradenia
- Acronychia
- Adenandra
- Adiscanthus
- Aegle
- Aeglopsis
- Afraegle
- Afraurantium
- Agathosma
- Almeidea
- Amyris
- Andreadoxa
- Angostura
- Apocaulon
- Araliopsis
- Asterolasia
- Atalantia
- Balfourodendron
- Balsamocitrus
- Boenninghausenia
- Boronella
- Boronia
- Bosistoa
- Bouchardatia
- Bouzetia
- Burkillanthus
- Calodendrum
- Casimiroa
- Chloroxylon
- Choisya
- Chorilaena
- Citropsis
- Citrus
- Clausena
- Clymenia
- Cneoridium
- Cneorum
- Coleonema
- Comptonella
- Conchocarpus
- Correa
- Crossosperma
- Crowea
- Decagonocarpus
- Decatropis
- Decazyx
- Dendrosma
- Desmotes
- Dictamnus
- Dictyoloma
- Dinosperma
- Diosma
- Diplolaena
- Drummondita
- Dutailliopsis
- Dutaillyea
- Empleurum
- Eriostemon
- Ertela
- Erythrochiton
- Esenbeckia
- Euchaetis
- Euodia
- Euxylophora
- Evodia
- Evodiella
- Fagaropsis
- Feroniella
- Flindersia
- Galipea
- Geijera
- Geleznowia
- Glycosmis
- Haplophyllum
- Harrisonia
- Helietta
- Hesperethusa
- Hortia
- Ivodea
- Jambolifera
- Leionema
- Leptothyrsa
- Limnocitrus
- Lubaria
- Luvunga
- Maclurodendron
- Macrostylis
- Medicosma
- Megastigma
- Melicope
- Merope
- Merrillia
- Metrodorea
- Micromelum
- Monniera
- Muiriantha
- Murraya
- Nematolepis
- Neochamaelea
- Neoraputia
- Nycticalanthus
- Orixa
- Pamburus
- Paramignya
- Pelea
- Peltostigma
- Pentaceras
- Phebalium
- Phellodendron
- Philotheca
- Phyllosma
- Picrella
- Pilocarpus
- Pitavia
- Pleiospermium
- Plethadenia
- Pseudiosma
- Psilopeganum
- Ptaeroxylon
- Ptelea
- Raputia
- Raputiarana
- Rauia
- Raulinoa
- Ravenia
- Raveniopsis
- Rhadinothamnus
- Ruta
- Rutaneblina
- Sarcomelicope
- Skimmia
- Spathelia
- Spiranthera
- Stauranthus
- Swinglea
- Taravalia
- Teclea
- Tetradium
- Thamnosma
- Ticorea
- Toddalia
- Toxosiphon
- Triphasia
- Vepris
- Zanthoxylum
- Zieridium
Referências
[editar | editar código-fonte]1. http://www.revista.inf.br/agro20/artigos/Revisao_15.pdf
2. http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/ConsultaPublicaUC/BemVindoConsultaPublicaConsultar.do
3. http://www.etimo.it/?term=ruta&find=Pesquisar
4. http://www.periodicos.unir.br/index.php/propesq/article/viewFile/409/448
5. http://www.etymonline.com/index.php?allowed_in_frame=0&search=rue&searchmode=none
6. http://www.ibama.gov.br/documentos/flora-ameacada
7. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062002000200002
8. http://www.mma.gov.br/estruturas/ascom_boletins/_arquivos/83_19092008034949.pdf
9. http://www.bv.fapesp.br/pt/auxilios/4228/estudos-filogeneticos-e-sistematicos-em-rutaceae-filogenia-e-delimitacao-de-galipeinae-galipeae-base/
10. http://www.bespa.agrarias.ufpr.br/paginas/livro/capitulo%204.pdf
11. http://www.bv.fapesp.br/pt/pesquisa/?sort=-data_inicio&q=%22Rutaceae%22
12. eplantlist.org/browse/A/Rutaceae/
13. Judd, Campbell, Kellogg, Stevens, Donoghue. Sistemática Vegetal - Um Enfoque filogenético - 3ª ed; 429-432 p.
14. Lorenzi, Harri; Botânica Sistemática - 2ª Ed. 2012; 460-461 p.
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