Tristão José Monteiro
Tristão José Monteiro | |
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Nascimento | 6 de junho de 1816 Porto Alegre |
Morte | 9 de julho de 1892 Taquara |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | mercador |
Tristão José Monteiro (Porto Alegre, 6 de junho de 1816 — Taquara, 9 de julho de 1892) foi um comerciante e colonizador da região do Vale do Paranhana.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de José Monteiro da Silva e Lucinda Leonarda da Conceição, Tristão José Monteiro nasceu em Porto Alegre e foi batizado em 24 de agosto do mesmo ano, na Catedral Metropolitana de Porto Alegre. Além do português era fluente em várias línguas como o alemão, francês e o inglês.[1]
Durante a Revolução Farroupilha esteve prisioneiro dos farrapos em sua residência, já que mantinha relações com o Império. Trabalhou no consulado dos Estados Unidos da América na capital gaúcha, de 1838 a 1841, inicialmente como secretário e, após, foi elevado ao cargo de vice-cônsul. Nessa época trabalhava para a casa comercial do cônsul norte-americano na cidade, Isaac Austin Haÿes.[2] Quando depois da retomada de Porto Alegre, uma série de norte-americanos foi expulsa pelos legalistas, ficou como procurador e auxiliou no encerramento das atividades da casa Haÿes, Engerer & Co.[2] Em 1841, dado que não havia nenhum norte-americano residente em Porto Alegre, foi nomeado vice-cônsul.[2]
Dedicou grande parte de sua vida ao comércio. Em 1845, Tristão José Monteiro e seu sócio Jorge Eggers adquiriram a sesmaria, então denominada Fazenda Mundo Novo, pertencente a Libânia Inocência Correa de Leães, viúva de Antônio Borges de Almeida Leães. Esta fazenda compreendia os atuais territórios de Igrejinha, de Taquara e de Três Coroas. Em 4 de setembro de 1846, Jorge Eggers vendeu sua parte para Tristão Monteiro. Este criou a Colônia de Santa Maria do Mundo Novo e foi responsável pela vinda dos imigrantes alemães para o local.[3]
Teve 20 filhos com cinco mulheres. Faleceu aos 76 anos de idade, na miséria e com poucos amigos.[3]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ REINHEIMER, Dalva Neraci, Terra, gente e fé: Aspectos históricos da Taquara do Mundo Novo, 2005 - p.19
- ↑ a b c Rio Grande do Sul, Assembleia Legislativa (1998). «Estados Unidos e Rio Grande - Negócios no Século XIX - Despachos dos Cônsules Norte-Americanos no Rio Grande do Sul 1829/1941». Porto Alegre: Assembleia Legislativa do Estado do RS
- ↑ a b 160 anos da cultura alemã em Igrejinha - REINHEIMER, Dalva Neraci, 2006 - p.13
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- BRUSSIUS, Marina. FLECK, Sigrid Izar. Igrejinha - História que o tempo registra, da Secretaria Municipal de Educação, 1991.
- INGERS. Origens - Boletim informativo do Instituto Geanealógico do Rio Grande do Sul, 1997.
- ENGELMANN, Erni. A Saga dos Alemães I - Do Hunsrück para Santa Maria do Mundo Novo, 2004.
- ENGELMANN, Erni. A Saga dos Alemães II - Do Hunsrück para Santa Maria do Mundo Novo, 2005.
- ENGELMANN, Erni. A Saga dos Alemães III - Do Hunsrück para Santa Maria do Mundo Novo, 2007.
- REINHEIMER, Dalva Neraci. Terra, gente e fé: Aspectos históricos da Taquara do Mundo Novo, 2005.
- REINHEIMER, Dalva Neraci. SMANIOTTO, Elaine. 160 anos da cultura alemã em Igrejinha, da AMIFEST e SME, 2006.
- SANDER, Berenice Fülber. MOHR, Flávia Corso. Igrejinha - Uma história em construção, da Secretaria Municipal de Educação, 2004.