A 102.ª edição do Tour de France foi disputada entre 4 e 26 de julho de 2015. O percurso é constituído, à semelhança das edições anteriores, por 21 etapas. O Tour começou na cidade de Utrecht (Holanda) com um contrarrelógio individual de 14 quilómetros, tem oito finais em ascensão, seis das quais em alta montanha, além de um contrarrelógio por equipas de 28 quilómetros (etapa nove), e o pavés estará também presente (etapa quatro) com sete sectores e uma distância total de 13,3 quilómetros. Esta edição marca o regresso das bonificações — desde o Tour de France 2007 — em todas as etapas em linha.
A Holanda acolheu a saída do Tour pela sexta vez após Amesterdão (1954), Scheveningen (1973), Leida (1978), s'Hertogenbosch (1996) e Roterdão (2010).[1]
Rohan Dennis venceu o contra-relógio individual de abertura, estabelecendo o recorde para a velocidade média mais rápida de um contra-relógio no Tour, com 55,446 kmh. André Greipel venceu a segunda etapa e a camisola amarela mudou para as mãos de Fabian Cancellara, pois os ventos fortes que se sentiram na etapa dividiram o pelotão em vários grupos provocando vários cortes. Na terceira etapa, a corrida foi neutralizada momentaneamente após dois grandes acidentes em rápida sucessão que colocou vários ciclistas fora do evento, incluindo o líder da corrida Cancellara. Após a corrida ter sido retomada, o pelotão continuou a famosa subida curta mas íngreme de Mur de Huy, (que ficou famosa pela clássica La Flèche Wallonne). Joaquim Rodríguez venceu a etapa e Chris Froome assegurou a liderança da prova. Froome ampliou sua vantagem sobre os outros favoritos à vitória e se tornou o terceiro piloto a usar a amarela, ficando à frente de Tony Martin por um segundo. Foi o terceiro dia consecutivo que Martin terminou em segundo lugar no geral, atrás de três lideres diferentes.
Na quarta etapa, que contou com sete setores de paralelepípedos (pavé), Martin conseguiu finalmente vencer e arrecadar a tão almejada camisola amarela ao atacar a liderança do grupo a 3 km da chegada. A quinta etapa, resultou numa chegada ao sprint e Greipel levou a melhor sobre Peter Sagan e Mark Cavendish. Na sexta etapa, o companheiro de equipa de Cavendish, Zdeněk Stybar venceu a etapa depois de escapar na pequena subida concluída em Le Havre. Nesta etapa, o ciclista da Eritreia, Daniel Teklehaimanot (MTN Qhubeka) tornou-se no primeiro ciclista africano a liderar a classificação da montanha. A etapa ficou marcada por uma grande queda colectiva na qual o líder Martin sofreu uma fractura da clavícula e teve que desistir do Tour, sendo o segundo camisola amarela de 2015 a abandonar após Cancellara.
Com a recusa de Froome (segundo classificado) em envergar a amarela, a sétima etapa decorreu sem que alguém utilizasse a camisola de líder. Cavendish venceu etapa numa chegada ao sprint. Após o final da etapa, foi anunciado que Luca Paolini (Team Katusha) havia testado positivo para cocaína e foi excluído da prova. A oitava etapa, terminando no topo Mûr-de-Bretagne, viu a primeira vitória francesa do Tour, com o ciclista da AG2r-La Mondiale, Alexis Vuillermoz lançar um ataque dentro do quilómetro final. Os favoritos à geral terminaram no mesmo grupo, excepto Vincenzo Nibali (vencedor de 2014) que perdeu dez segundos. A BMC Racing Team venceu o contra-relógio por equipas da etapa nove por um segundo sobre a Team Sky. A 12 de julho, primeiro dia de descanso em Pau, foi anunciado que Ivan Basso da Tinkoff-Saxo abandonaria o Tour após ter sido diagnosticado um cancro testicular.
Com a etapa 10 assistiu-se à primeira chegada em altitude em La Pierre-Saint-Martin. A etapa foi ganha de forma sensacional por Christopher Froome, com um enorme avanço sobre os outros candidato à geral: 1m04s sobre Nairo Quintana (terceiro atrás de Richie Porte, companheiro de equipa de Froome), 2m01s sobre Alejandro Valverde, 2m28s para Tejay van Garderen, 2m50s para Alberto Contador e mais de quatro minutos para o vencedor de 2014, Vincenzo Nibali. O britânico ampliou sua vantagem na classificação geral para 2m52s sobre van Garderen, dando um enorme passo para a vitória final.
A 14 de janeiro de 2015 a Amaury Sport Organisation confirmou as 22 equipas que disputarão a corrida, as 17 equipas de categoria UCI ProTeam mais 5 equipas de categoria Profissional Continental convidadas pela organização.[2]