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TV Shoptime

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
TV Shoptime
Americanas S.A.
TV Shoptime
Tipo Canal de televisão comercial
País  Brasil
Fundação 6 de novembro de 1995
por Roberto Marinho
Extinção 31 de maio de 2023
Pertence a Shoptime
Proprietário B2W Digital (Lojas Americanas)
Cidade de origem Rio de Janeiro, RJ
Sede Rio de Janeiro ,RJ
Estúdios Rio de Janeiro, RJ
Formato de vídeo 480i (SDTV)
1080i (HDTV)
Cobertura Nacional
Página oficial shoptime.com.br

TV Shoptime foi um canal de TV brasileiro sediado na cidade do Rio de Janeiro que anunciava produtos da empresa de varejo Shoptime, a serem vendidos pelo telefone, por website e aplicativo.

A TV Shoptime foi concebida como parte de um plano de expansão da Multicanal, operadora de televisão a cabo. O objetivo principal era iniciar uma operação própria de DTH no Brasil (televisão via satélite). Para isso, a operadora investiu para montar um projeto de programação. Seriam lançados novos canais, como um de filmes de aventura, um infantil e outro voltado ao público feminino; entre os planos, estava um canal de vendas, batizado de Shoptime. Inspirado no modelo estadunidense de home shopping, que já contava com redes como HSN e QVC, sua programação seria 24 horas dedicada às televendas.[1][2] O projeto de DTH da Multicanal e o lançamento dos demais canais foram interrompidos devido a divergências entre os acionistas da operadora, o que interrompeu os preparativos. O Shoptime, no entanto, já estava pronto para iniciar suas operações.[3]

Dessa forma, em 6 de novembro de 1995, entrou no ar como o primeiro canal brasileiro de televendas.[4] Somando investimentos de 5,5 milhões de dólares, o Shoptime foi inicialmente gerido em sociedade entre a Multicanal, as Organizações Globo (que detinha 40% de participação) e as Lojas Americanas (10%).[1]

A empresa proprietária do canal foi comprada pelo grupo controlador das Lojas Americanas[5] (empresa brasileira no segmento de varejo), que logo o integrou ao grupo B2W Digital — do qual as Americanas também fazem parte — e o qual pertence até hoje.[6]

Ainda sob os termos da venda do Shoptime ao grupo B2W, as operadoras NET e Sky ofereceriam espaço gratuito em suas grades para o canal até o ano de 2014.[7] Com o término desse período, as renegociações começaram. Chegou-se a calcular, na imprensa especializada, que cerca de 3 milhões de reais seriam necessários para custear a presença da TV Shoptime nas grades de programação.[8] No entanto, em 2015, foi anunciado que o canal renovou o contrato com a NET e a Sky e passaria a pagar pelo espaço, assim como os demais canais de televendas.[7]

Em 17 de maio de 2017, o canal saiu da Sky[9] devido à crise que o canal enfrentava desde novembro de 2016 por conta da queda das vendas. Porém, acabou voltando para a grade de programação da operadora um dia depois.[10] Em julho de 2017, a Shoptime deixa de ser exibida pela operadora ClaroTV.[11]

Em 17 de maio de 2023, foi anunciado que o canal encerraria suas transmissões em TVs pagas e parabólicas.[12][13] Um dos motivos para o fim da transmissão da emissora nas operadoras e pelo sinal terrestre se trata do processo de recuperação judicial que a Americanas, mantedora do canal possui e como uma medida de cortes de gastos, já que o valor das transmissões pela televisão é considerado bastante elevado.[14] No dia 30 de maio, a emissora transmitiu pela última vez a sua programação na televisão e por volta das 0h do dia 31, o sinal foi interrompido e substituído por color bars, um dia antes da data prevista de encerramento, que era para 1.° de junho. Parte do conteúdo do canal foi migrado para o YouTube, assim como a produção dos programas ao vivo.[15]

A programação do canal era transmitida para todo o Brasil em sinal digital por meio dos satélites Star One D2 (na frequência 3778 MHz, com symbol rate de 5000, na polarização vertical[16]). Desde 1.° de junho de 2023, a emissora é exclusivamente reproduzida no site da Shoptime na internet[17] e por streaming no YouTube.

Apresentadores

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Referências

  1. a b Paulino Neto, Fernando; Blecher, Nelson (12 de outubro de 1995). «TV fará vendas diretas durante 24 horas». Folha de S. Paulo. Consultado em 18 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2015 
  2. «Shoptime e Shoptour: A TV vira instrumento de vendas». TV Magazine. Consultado em 29 de julho de 2018 
  3. Possebon 2009, pp. 75–76
  4. Neto, Fernando Paulino (3 de novembro de 1995). «Lojas Americanas terá marketing direto». Folha de S. Paulo. Consultado em 18 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 12 de junho de 2018 
  5. Globo Online (18 de agosto de 2005). «Americanas.com compra Shoptime». Imirante.com. Consultado em 18 de fevereiro de 2015 [ligação inativa]
  6. «Shoptime renova com operadoras e garante permanência na TV paga brasileira». Consultado em 11 de outubro de 2015 
  7. a b Jimenez, Keila (16 de fevereiro de 2015). «Desfiles perdem espaço, TV prefere folia em Salvador». Folha de S. Paulo. Consultado em 18 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2015 
  8. Annyston, Endrigo (28 de novembro de 2013). «Canal de vendas Shoptime pode sair do ar». RD1. Consultado em 18 de fevereiro de 2015. Cópia arquivada em 18 de fevereiro de 2015 
  9. «SKY retira o canal Shoptime da sua grade de programação». O Universo da TV. Consultado em 13 de junho de 2018 
  10. «Após um dia fora do ar, Shoptime retorna a grade de programação da SKY». O Universo da TV. Consultado em 13 de junho de 2018 
  11. «TV Shoptime deixa a grade de canais da Claro em julho». TV Magazine. Consultado em 13 de junho de 2018 
  12. Audiência Ao vivo (17 de maio de 2023). «Fim de uma Era: Shoptime deixa a grade da TV paga e da parabólica depois de mais de 20 anos». www.audienciaaovivo.com. Consultado em 18 de maio de 2023. Cópia arquivada em 17 de maio de 2023 
  13. «Ciro Bottini lamenta o fim do Shoptime, e diz que canal foi 'engolido pelas redes sociais' | Notícias». Quem. 25 de maio de 2023. Consultado em 31 de maio de 2023 
  14. Cardoso, Jorge (19 de maio de 2023). «Shoptime anuncia fim das transmissões na televisão por assinatura e nas parabólicas». TV Pop. Consultado em 31 de maio de 2023 
  15. «Vivi Romanelli lamenta fim do Shoptime: "Estado de choque"». NaTelinha. Consultado em 31 de maio de 2023 
  16. «Canais do satélite Star One C2». portal BSD. Consultado em 3 de junho de 2020 
  17. «TV Shoptime está de volta à internet no site da loja». Consultado em 11 de outubro de 2015 
  18. Sallum, Erika (3 de setembro de 2000). «Apresentadores vendem a própria imagem». Folha de S. Paulo. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  19. «Cozinha da Ofélia muda». Folha de S. Paulo. 6 de março de 1998. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  20. a b Campos, Vanessa (8 de março de 1998). «Shoptime troca de cozinheiro». Folha de S. Paulo. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  21. Scalzo, Mariana (30 de março de 1997). «Shoptime lança televendas com produtos eróticos». Folha de S. Paulo. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  22. Padiglione, Cristina (27 de fevereiro de 1998). «Novela da Band já tem o elenco fechado». Folha de S. Paulo. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  23. «Close substitui Monique». Folha de S. Paulo. 3 de setembro de 2000. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  24. Scalzo, Mariana (31 de agosto de 1997). «Para chef, programas evoluíram». Folha de S. Paulo. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  25. Padiglione, Cristina (28 de março de 1998). «Ratinho supera a Globo com menino deformado». Folha de S. Paulo. Consultado em 18 de fevereiro de 2015 
  26. Valladares, Ricardo (15 de outubro de 2003). «Vai um boi aí?». São Paulo: Abril. Veja (1824). 118 páginas. ISSN 0100-7122. Consultado em 18 de fevereiro de 2015. Arquivado do original (Flash) em 28 de abril de 2015 
  27. «Ligue já!». IstoÉ Dinheiro. 18 de maio de 2005. Consultado em 18 de fevereiro de 2015 
  28. Instagram. 13 de outubro de 2021 http://www.instagram.com/p/CU-XGKwgTp-/. Consultado em 12 de janeiro de 2022  Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Ligações externas

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