Stanisława Leszczyńska
Stanisława Leszczyńska | |
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Nascimento | 8 de maio de 1896 Łódź (Polónia) |
Morte | 11 de março de 1974 Łódź |
Sepultamento | Church of the Assumption of the Blessed Virgin Mary in Łódź |
Cidadania | Polónia |
Ocupação | médica, obstetriz, prisioneiro |
Distinções |
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Stanisława Leszczyńska (Łódź, 8 de maio de 1896 — 11 de março de 1974) foi uma matrona de Polónia mundialmente conhecida como A parteira de Auschwitz por ter estado presa no campo de extermínio de Auschwitz, onde assistiu as prisioneiras no nascimento de aproximadamente 3 000 crianças.[1]
Em 1916 Stanisława casou-se com Bronisław Leszczyński, que foi o pai de seus quatro filhos e seu único casamento. Em 1922 tornou-se parteira após estudar na Universidade de Varsóvia.
Segunda Guerra Mundial
[editar | editar código-fonte]Depois da Invasão alemã de Polónia em 1939, o domicílio da família Leszczyński ficou dentro do traçado do Gueto de Łódź. Jan e Stanisława ajudaram os judeus com alimentos e documentação falsa, mas a Gestapo descobriu e capturou a Stanisława juntamente com seus três filhos menores o 18 de Fevereiro de 1943.
Jan teve de fugir da cidade com o filho mais velho, nunca mais viu a sua esposa; morreu no Levante de Varsóvia.
Prisioneira em Auschwitz
[editar | editar código-fonte]Os nazis separaram Stanisława dos seus filhos.
Quando chegou ao campo as mulheres grávidas eram assassinadas e os seus bebés eram afogados num barril.
Foi entrevistada por Josef Mengele que lhe ordenou que praticasse a Eutanásia aos recém-nascidos, ao qual esta (Stanisława) respondeu "Não, nem agora nem nunca". Incrivelmente Mengele não assassinou a Leszczyńska.
Permaneceu no campo até à sua libertação pelas tropas soviéticas o 26 de Janeiro de 1945. Os seus filhos foram prisioneiros na Áustria e também sobreviveram à guerra.
Homenagens
[editar | editar código-fonte]Em 27 de Janeiro de 1970, exactamente 25 anos após a libertação do campo Stanisława assistiu a uma homenagem pública em Varsóvia onde se reuniram com as ex-prisioneiras e nascidos em Auschwitz que Stanisława recebeu, baptizou na fé católica e cuidou como pôde.
Actualmente, a avenida principal que conduz à entrada de Auschwitz foi-lhe atribuído o seu nome, assim como a vários hospitais da Europa, entre eles, o da Escola de Obstetrícia de Cracóvia.
Canonização
[editar | editar código-fonte]Para a Igreja Católica, Stanisława Leszczyńska reúne os critérios necessários para declará-la serva de Deus, aguarda-se seu primeiro milagre para iniciar o processo de canonização. O local onde se encontra sepultada, converteu-se num lugar de peregrinação onde dezenas de pessoas visitam anualmente, prestam a homenagem à mulher que teve uma das humanidades maiores da história.
Referências
- ↑ «Stanisława Leszczyńska». ISNI. Consultado em 25 de outubro de 2020