Staatsolie
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Staatsolie | |
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Logotipo da Staatsolie | |
Empresa estatal | |
Atividade | perfuração, extração, refinação e transporte de petróleo; mineração; geração de energia elétrica |
Fundação | 13 de dezembro de 1980 |
Fundador(es) | Henk Chin A Sen |
Sede | Paramaribo, Suriname |
Área(s) servida(s) | Suriname |
Presidente | Annand Jagesar |
Pessoas-chave | Chan Santokhi, presidente da República |
Empregados | 1 114 (2019) |
Produtos | Combustíveis, ouro e energia elétrica |
Lucro | US$ 180 milhões (2019)[1] |
Faturamento | US$ 500 milhões (2019)[1] |
Website oficial | [1] |
Staatsolie, oficialmente, Staatsolie Maatschappij Suriname, é uma empresa estatal surinamesa cujo proprietário é o Estado do Suriname. Sua base econômica se concentra nas áreas de exploração de petróleo e ouro no território do Suriname.[2]
A empresa foi criada, inicialmente, para executar a política petrolífera no país da América do Sul, no que se inclui exploração, perfuração e processamento de petróleo.
Em 2014, a Staatsolie expandiu seus negócios para a indústria mineral de ouro,[3] tornando-se uma das mais importantes empresas do país.[4]
História
[editar | editar código-fonte]Em 1965, foi descoberto petróleo no distrito de Saramacca no norte do Suriname o que motivou o governo do país a buscar meios para explorar essa reserva petrolífera sem ter de entregar a exploração a multinacionais estrangeiras.
Em 13 de dezembro de 1980, o presidente do Suriname, Henk Chin A Sen, anunciou a criação da nova empresa estatal, chamada Staatsolie para administrar a própria indústria nacional de petróleo onshore e offshore.
Em 25 de novembro de 1982, a primeira perfuração começou em Tambaredjo. Já em 1988, o primeiro petróleo bruto foi exportado para Trinidade e Tobago. Em fevereiro de 1995, a Staatsolie construiu uma refinaria.
No ano de 2014, foi anunciado que a estatal participaria de 25% em um campo de ouro recentemente descoberto na área de Merian e, em 2019, a produção foi de 524.000 onças de ouro, resultando em uma receita anual de US$ 101 milhões. Isso tornou a empresa surinamesa em uma mineradora, além de petroleira.
Atividades
[editar | editar código-fonte]Exploração de petróleo
[editar | editar código-fonte]Em 1988, o Suriname exportou pela primeira vez petróleo ao exterior, através da Staatsolie, e se tornou um produtor de petróleo médio no cenário mundial, chegando a produzir mais que a França, Chile e Japão em 2017.[5]
Em meados da década de 2010, o governo do Suriname anunciou a descoberta de imensas reservas de petróleo ao longo da sua costa no Oceano Atlântico, o que abriu portas para que a Staatsolie iniciasse perfurações e consequentemente a exploração offshore do óleo.
Essas descobertas levaram o Suriname a se destacar como uma provável futura potência petroleira ao lado do país vizinho, a Guiana.[6]
Apesar de a Staatsolie ser a petroleira estatal do Suriname, o país estava considerando, em 2020, sob a administração Santokhi, abrir a exploração de petróleo para multinacionais estrangeiras, como a americana Exxon Mobil e a brasileira Petrobras.[6]
Produção de energia elétrica
[editar | editar código-fonte]A Staatsolie possui uma estação de energia elétrica em Tout Lui Faut desde 2006. Inicialmente havia uma capacidade de 14 megawatts (MW), mas foi aumentada para 28 megawatts em 2010 e mais 34 megawatts foram adicionados em 2014. O vapor e a eletricidade gerados pela usina da Staatsolie fornece energia para as atividades da própria empresa e o excedente é fornecido para a EnergieBebedrijven Suriname (EBS).
Desde o início de 2020, a Staatsolie é a responsável pela gestão da usina hidrelétrica de Brokopondo. Essa usina tem capacidade de produzir três quartos de toda a eletricidade requerida do Suriname.[7]
Parceria com o Brasil
[editar | editar código-fonte]Em janeiro de 2022, o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez uma visita de Estado ao Suriname e se encontrou com o presidente Chan Santokhi em Paramaribo.[8]
O presidente brasileiro ofereceu ao Suriname cooperação técnica para a exploração de petróleo e pediu ao governo surinamês que desse preferência à Petrobras na exploração petrolífera do país vizinho.[9]
Em 2023, a brasileira Transpetro anunciou planos para a expansão da exploração de petróleo na costa do Suriname.[10]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b https://www.srherald.com/suriname/2020/04/16/bruto-omzet-staatsolie-us-500-miljoen-in-2019/
- ↑ «Staatsolie - Suriname's National Energy, Oil & Gas Company - Staatsolie - Suriname's National Energy, Oil & Gas Company». www.staatsolie.com. Consultado em 25 de setembro de 2023
- ↑ «Starnieuws - Abdoel: Deelname Staatsolie in goudmijn 'meesterlijk plan'». m.starnieuws.com. Consultado em 25 de setembro de 2023
- ↑ «Bruto-omzet Staatsolie US$ 500 miljoen in 2019». Suriname Herald (em neerlandês). 16 de abril de 2020. Consultado em 25 de setembro de 2023
- ↑ https://www.cia.gov/library/publications/resources/the-world-factbook/rankorder/2241rank.html
- ↑ a b «Nova potência mundial: o país da América Latina que tem atraído os olhares das gigantes de petróleo». Exame. 6 de fevereiro de 2021. Consultado em 25 de setembro de 2023
- ↑ «Staatsolie - Suriname's National Energy, Oil & Gas Company - Media Center». www.staatsolie.com. Consultado em 25 de setembro de 2023
- ↑ «Presidente Jair Bolsonaro visita o Suriname para negociar acordos bilaterais». Serviços e Informações do Brasil. Consultado em 25 de setembro de 2023
- ↑ «Bolsonaro pede prioridade à Petrobras na exploração de petróleo no Suriname». Valor Econômico. 20 de janeiro de 2022. Consultado em 25 de setembro de 2023
- ↑ «Transpetro, braço da Petrobras, vai operar no Suriname, com avanço do petróleo na Margem Equatorial». Estadão. Consultado em 25 de setembro de 2023