Saranyu
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Na mitologia hindu, Saranyu era a deusa da aurora e das nuvens, e esposa de Suria (o deus do sol).
- saraṇyu, no sistema AITS (alfabeto internacional para a transliteração do sânscrito).
- सरण्यु, em escritura devanágari do sânscrito.
- Pronunciação: /saraniú/.[1]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Sarayu é a forma feminina do adjetivo saránia, que significa ‘rápido, veloz, ágil’. No Rigveda (o texto mais antigo da literatura da Índia, de mediados de II milênio a. C.) utiliza-se para os rios e o vento (comparar também com Saraiu).[1]
Também lha conhece como Saraniú, Saranya, Saraniya, Sanjña ou Sangya.
No Rigveda (10.17), Saranyu é a filha do sábio Twashtri, e foi sequestrada. A seu esposo Surya deu-se-lhe uma noiva de substituição, chamada de Chaia.
n.º | sânscrito | português |
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1a) | tuasta dujitré vajatúm krinotí | Twashtri prepara o casamento de sua filha |
1b) | iti idam visuam bhúvanam sam etí | todo mundo escuta a notícia e a preparação. |
1c) | iamasia matá, pariujiámana, | Mas a mãe de Iama, esposa do grande Surya, |
1d) | majó yaiá vísuasuató nanashá | desapareceu quando era levada á casa dela. |
2a) | ápagujan amritám mártiebhiah | Os mortais que esconderam á senhora imortal, |
2b) | krituí sávarnam adadur vívasuate | fizeram outra como ela e lha deram a Surya. |
2c) | uta asuínav abharad iat tad asid | Saranyu trouxe-lhe os irmãos Asuin, |
2d) | áyajad ou duá mithuná saraniúh | e depois abandonou a ambos gémeos. |
Desde o ponto de vista mítico, Saranyu pode estar relacionada com Helena de Troia (que também foi sequestrada).
Ela é também a mãe de Manu, e dos gêmeos Iama e Iamí. De acordo com Farnell, o significado do epíteto pode-se encontrar na concepção original de Erinys, que era o de uma deusa-Terra similar a Gaia, pelo que naturalmente lha associa com Deméter, em vez de uma deidade iracunda e vingativa.
Comparação com Deméter
[editar | editar código-fonte]Às vezes associa-lha com Deméter, a deusa grega da agricultura. De acordo com o indólogo alemão Max Müller e com Adalbert Kuhn, Deméter é a equivalente mitológica da Saraniú, que, se converteu numa égua, foi perseguida por Surya, e se converteu na mãe de Revanta e dos gémeos asvins ―os Castor e Pólux da Índia―.
Notas
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Véase la entrada saraṇyú, que se encuentra en la segunda mitad de la primera columna de la pág. 1182 en el Sanskrit-English Dictionary del sanscritólogo británico Monier Monier-Williams (1819-1899).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Kinsley, David: Hindu goddesses: vision of the divine feminine in the hindu religious traditions. ISBN 81-208-0379-5.