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Rodésia do Sul

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Southern Rhodesia
Rodésia do Sul

Colônia autônoma britânica
(Reino Unido)


 

 

1923-1965 – 1979-1980
 

 

Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Rodésia do Sul
Localização de Rodésia do Sul
Localização da Rodésia do Sul, no sul da África.
Continente África
País Zimbábue
Capital Salisbury
Governo Não especificado
Governador
 • 1923–1928 Sir John Robert Chancellor
 • 1959–1969b Sir Humphrey Gibbs
 • 1979–1980 Lord Soames
História
 • 1889 carta assinada pela BSAC
 • 1 de outubro de 1923 de 1923-1965 colônia autônoma
 • 1953–1963 Federação
 • 11 de novembro de 1965 Declaração Unilateral de Independência
 • 3 de março de 1970 República declarada
 • 1 de junho de 1979 Zimbábue-Rodésia
 • 17 de abril de 1979-1980 Acordo de Lancaster House
População
 • 1904 est. 605,764 

Rodésia do Sul foi uma colónia britânica situada a norte do Rio Limpopo e da União Sul-Africana que existiu na África austral, de jure, entre 1923 e 1980, e de facto por dois períodos: entre 1888 e 1965, e entre 1979 e 1980. Após 1980, tornou-se independente e deu origem ao atual Zimbábue.[1]

A Rodésia do Sul surgiu em 1888 quando Cecil Rhodes conseguiu direitos de mineração na região para a Companhia Britânica da África do Sul, como a Concessão Rudd e o Tratado Moffat, assinado com o rei Lobengula do Reino Mutuacazi dos matabeles.[1] A colónia chegou a englobar também a Rodésia do Norte (atual Zâmbia), que se separou, tornando-se um protectorado em 1910.

O Reino Unido revogou a concessão da Companhia Britânica e anexou a Rodésia do Sul em 12 de setembro de 1923.[2] Pouco depois da anexação, em 1 de outubro de 1923, a primeira constituição da nova Colônia da Rodésia do Sul entrou em vigor.[2] Sob a nova constituição, a Rodésia do Sul tornou-se uma colônia britânica autônoma, após um referendo de 1922.[2]

Em 1953, mesmo com a oposição dos povos negros,[2] o Reino Unido criou a Federação da Rodésia e Niassalândia, composta pela Rodésia do Norte (atual Zâmbia), Rodésia do Sul (atual Zimbábue) e a Niassalândia (atual Maláui)[2] — entidade administrativa que ficou essencialmente dominada pela minoria branca da Rodésia do Sul.[2] Em 1964, o Reino Unido concedeu a independência à Rodésia do Norte, com o nome de Zâmbia.[2] Mas a Rodésia do Sul se recusou a aceitar iguais condições, em repúdio à política britânica adotada de "nenhuma independência antes do governo majoritário".[2] Ao contrário da Zâmbia e do Maláui, a introdução da democracia multirracial não foi possível pelo obstáculo político, econômico e militar imposto pelos rodesianos do sul de ascendência europeia, que pretendiam continuar a desfrutar do governo minoritário que lhe concedia amplos privilégios em detrimento da esmagadora maioria da população negra.[2] Assim, entre 1965 e 1979, depois da Declaração Unilateral de Independência, aquele território ficou conhecido apenas como Rodésia, um Estado não reconhecido.[2] Posteriormente, foi transformado no Estado não reconhecido de Zimbábue-Rodésia.[2]

O território regressou à condição de colónia britânica em dezembro de 1979 quando o Reino Unido, sob a primeira ministra Margaret Thatcher, assumiu a sua responsabilidade como um domínio e lhe concedeu oficialmente a independência em 18 de abril de 1980 através do Acordo de Lancaster House.[2]

Referências

  1. a b «Historical Dictionary - Southern Rhodesia». History Today. Arquivado do original em 2 de dezembro de 2013 
  2. a b c d e f g h i j k l Kenneth Bradley; Kenneth Ingham (12 de dezembro de 2023). «History of Zimbabwe» (em inglês). Britannica. Consultado em 27 de fevereiro de 2024 
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