Relações entre Afeganistão e China
As relações entre Afeganistão e China são as relações diplomáticas estabelecidas entre a República Islâmica do Afeganistão e a República Popular da China. Ambos são vizinhos, com uma extensão de 76 km na fronteira entre os dois países.
Estas relações foram majoritariamente calorosas e amigáveis durante a maior parte do século XX, mas após a invasão soviética do Afeganistão em 1979, as relações deterioraram-se severamente. No século XXI, as relações têm melhorado significativamente.
Ao longo da história, as relações entre o Afeganistão e a China envolveram principalmente o comércio de frutas e chá via caravanas através de Xinjiang e do Corredor de Wakhan, na fronteira entre os dois países.[1]
A República Popular da China estabeleceu relações diplomáticas com o Reino do Afeganistão em 20 de janeiro de 1955. O premier Zhou Enlai e o vice-premiê He Long visitariam o Afeganistão em janeiro de 1957. Em outubro do mesmo ano, o primeiro-ministro afegão Mohammed Daoud Khan visitou a China a convite dos chineses.
Em 22 de novembro de 1963, China e Afeganistão, assinaram em Pequim o tratado de limites entre a República Popular da China e o Reino do Afeganistão. Esse tratado liquidava o litígio territorial sobre Wakhan controlado pelos afegãos na fronteira entre a província de Badaquistão, no Afeganistão, e a Região Autônoma Uigur de Xinjiang, na China.[2]
A China apoiou a intervenção dos Estados Unidos contra o território afegão em 2001, relacionando uma suposta ligação entre os separatistas muçulmanos da região de Xinjiang, no noroeste do país, e os militantes talibãs do Afeganistão, visando receber apoio ocidental em relação à política que adota contra os separatistas em Xinjiang.[3][4][5]
Após a queda do regime talibã, após a intervenção dos Estados Unidos em 2001, as relações entre a China e o Afeganistão melhoraram muito e foram restabelecidas.
Desde 2010, a China aumentou sua ajuda econômica e investimento no Afeganistão, nomeadamente com o anúncio pela Corporação Metalúrgica da China (MCC) de US$ 3,5 bilhões para desenvolver as minas de cobre de Aynak.[6] A China tem o potencial de fazer contribuições importantes para a estabilidade do Afeganistão. Estatais, empresas chinesas podem ajudar a pavimentar o caminho para futuros investimentos. Os chineses também desfrutam de uma relação mais positiva com os afegãos, tornando seus investimentos menos propensos a ser alvo de ataques de insurgentes.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «CHINESE-IRANIAN RELATIONS vi. Relations with Afghanistan in the Modern Period». Encyclopædia Iranica
- ↑ «Afghanistan – China Boundary» (PDF). International Boundary Study. Arquivado do original (PDF) em 3 de janeiro de 2015
- ↑ «Os vizinhos do Afeganistão». BBC Brasil. 23 de setembro de 2001
- ↑ «China avalia apoio à guerra no Afeganistão». Estadão. 19 de Novembro de 2001
- ↑ José William Vesentini. «Terrorismo e Nova Ordem Mundial». Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ http://carnegieendowment.org/files/china_role_afghanistan.pdf China’s Role in Shaping the Future of Afghanistan