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Regina Braga (atriz)

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Regina Braga
Regina Braga (atriz)
Braga em 2016
Nome completo Regina Lúcia Palhano Braga Varella
Pseudônimo(s) Regina Braga
Nascimento 28 de setembro de 1945 (79 anos)
Belo Horizonte, MG
Nacionalidade brasileira
Cônjuge
Filho(a)(s) Gabriel Braga Nunes
Ocupação
Período de atividade 1966–presente
Prêmios Ver lista

Regina Lúcia Palhano Braga Varella (Belo Horizonte, 28 de setembro de 1945) é uma atriz brasileira.

Reconhecida intérprete, versátil nos registros cômicos e dramáticos. A atriz acumula, em sua formação, o curso da Escola de Arte Dramática, estágios realizados na França e junto à formação em psicodrama.[1]

Estréia profissionalmente em 1967 no espetáculo A Escola de Mulheres, de Molière, direção de Isaias Almada para o Núcleo 2 do Teatro de Arena. Participa, em 1970, de A Cantora Careca, de Eugène Ionesco, encenação de Antônio Abujamra; A Longa Noite de Cristal, de Oduvaldo Vianna Filho, e O Interrogatório, de Peter Weiss, encenações de Celso Nunes. Com o mesmo diretor, em 1971, é a vez de E Se a Gente Ganhar a Guerra?, de Mario Prata.

Seu primeiro destaque surge em Coriolano, de William Shakespeare, ao lado de Paulo Autran, em 1974. No ano seguinte, em Equus, de Peter Shaffer, novas colaborações com Celso Nunes. Boas oportunidades surgem nas encenações de Bodas de Papel, de Maria Adelaide Amaral, sendo dirigida por Cecil Thiré, em 1978 e em Patética, de João Ribeiro Chaves Netto, em 1980. Em 1983 protagoniza Chiquinha Gonzaga, Ó Abre Alas, também de Maria Adelaide Amaral, para o Teatro Popular do Sesi, trabalho que lhe rende diversos prêmios. Em 1986, é dirigida por Marcio Aurelio, em O Segundo Tiro, de Robert Thomas.

Cresce em prestígio na peça Uma Relação tão Delicada, de Loleh Bellon, com direção de William Pereira[ligação inativa], tradução de Zélia do Vale Resende Brosson, em 1989, ganhando o Prêmio Molière de melhor atriz. Em 1996 retorna ao palco, ao lado de Toni Ramos, para uma versão de Cenas de um Casamento, baseado no roteiro de Ingmar Bergman. Em 1998, interpreta Amanda Wingfield de À Margem da Vida, de Tennessee Williams, encenação de Beth Lopes e, no ano seguinte, como a protagonista do solo Um Porto para Elizabeth Bishop, centrado na vida da poeta norte-americana que viveu alguns anos no Brasil, texto de Marta Góes.

A atriz participa, ao longo de toda sua carreira, de expressivos trabalhos na TV e no cinema, como nas novelas Por Amor, Mulheres Apaixonadas, Deus nos Acuda e o remake de Ti Ti Ti, além do filme Irmã Dulce, em que colheu inúmeros elogios da crítica e do público. Sua atuação em Um Porto para Elizabeth Bishop leva o crítico Sérgio Coelho a comentar:[2]

"Uma partitura complexa e fecunda então, que teve a felicidade de ser composta para uma atriz que parece atingir sua maturidade plena. Regina Braga domina com tranquilidade todas as sutilezas requeridas: a perda progressiva do sotaque, que realça o sabor de cada palavra ao tingir de exótico nosso cotidiano; a entrega do corpo ao medo, ao álcool, ao deslumbre feliz; a riqueza de contrastes no ritmo, quando o grito diante da morte logo dá lugar ao relato contido do suicídio de Lota Soares, sua grande paixão."

Foi casada com o diretor de teatro Celso Nunes, com quem teve o filho Gabriel Braga Nunes, também ator. Divorciou-se em 1978. Companheira do médico Dráuzio Varela desde 1981, oficializou o casamento civil em 5 de agosto de 2000.

Em 2011 Regina declarou ser bissexual numa entrevista em que afirma que todos os seres humanos são bissexuais e que ela mesma sente atração por homens e mulheres[3].

Ano Título Personagem Notas
1970 A Gordinha Joana
1976 Teatro 2 Episódio: "A Implosão"
1980 O Meu Pé de Laranja Lima Professora Cecília
1981 O Vento do Mar Aberto Célia
1982 O Coronel e o Lobisomem Alonsa dos Santos
1984 Joana Teresa
1990 A História de Ana Raio e Zé Trovão Ela mesma Participação especial
1992 Deus Nos Acuda Clarisse Garcia
1997 Por Amor Lídia Gonzaga Greco
1998 Mulher Judite Episódio: "Mães e Filhos"
2003 Mulheres Apaixonadas Ana de Batista
2006 JK Alzira Gonçalves
2008 Alice Maria Luísa Camargo (Luli)
2010 Ti Ti Ti Cecília Spina (Titia) / Ceci Splendore
2012 As Brasileiras Olinda Episódio: "A Reacionária do Pantanal"
2016 A Lei do Amor Sílvia Noronha
2021 Um Lugar ao Sol Dr.ª Ana Virgínia Soares[4][5]
Ano Título Personagem Notas
1979 Paula - A História de uma Subversiva Bia
1996 Flora Flora[6] Curta-metragem
2014 Irmã Dulce[7] Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes (Irmã Dulce)
2018 Todas as Razões para Esquecer Dra. Elisa
2019 Babenco - Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou Ela mesma
2022 Meu Álbum de Amores Vera [8]
Ano Título Personagem Ref
1966 Somos Todos do Jardim de Infância [9]
1970 A Cantora Careca
A Longa Noite de Cristal Vários personagens
O Interrogatório
1971 Cândido
E Se A Gente Ganhar a Guerra?
1974 Coloriano
1975 Equus
1976 Concerto n° 1 Piano e Orquestra
1977 Constantina Constantina
1978 Bodas de Papel
1980 Patética Clara
1982 Os Colunáveis
Irmã Maria Ignácio Explica Tudo Irmã Maria
1983 Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas Chiquinha Gonzaga
1986 O Segundo Tiro
1988 Prepare Seus Pés Para o verão
1989 Uma Relação Tão Delicada Jane
1996 Cenas de Um Casamento
2001 Um Porto para Elizabeth Bishop Elizabeth Bishop
2012 Por Um Fio

Prêmios e indicações

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Ano Associações Nomeação Nomeações Resultado Ref
1970 Prêmio APCA Melhor Atriz Revelação
A Cantora Careca
Venceu [10]
A Longa Noite de Cristal
Venceu
O Interrogatório
Venceu
1983 Prêmio Molière Melhor Atriz
Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas
Venceu [11]
Prêmio Governador do Estado de São Paulo Melhor Atriz Venceu
Prêmio APCA Melhor Atriz de Teatro Venceu
1989 Prêmio Molière Melhor Atriz
Uma Relação da Delicada
Venceu [9]
1996 Festival RioCine Internacional Melhor Atriz em Curta-metragem
Flora
Venceu [12]
2001 Prêmio APCA Melhor Atriz de Teatro
Um Porto para Elizabeth Bishop
Venceu [13]
Prêmio Qualidade Brasil - RJ[14] Melhor Atriz Teatral Drama Indicado

Referências

  1. [1]
  2. COELHO, Sérgio. Sob olhar estrangeiro: Bishop define Brasil. Folha de S.Paulo, São Paulo, 15 jun. 2001. Ilustrada, p. E2
  3. Portal Terra. «"Sou gay. Somos todos bissexuais", diz Regina Braga». 2011-07-22. Consultado em 13 de fevereiro de 2022 
  4. https://noticiasdatv.uol.com.br/mobile/noticia/daniel-castro/globo-bate-martelo-e-muda-nome-de-novela-que-trara-caua-reymond-cabeludo-33474
  5. Patrícia Kogut (8 de janeiro de 2020). «Regina Braga fará 'Em seu lugar', novela de Lícia Manzo». O Globo. Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  6. «Regina Braga - Filmografia». Mulheres do Cinema Brasileiro. Consultado em 9 de dezembro de 2016 
  7. Danilo Perelló (27 de novembro de 2014). «Filme 'Irmã Dulce' mostra a vida dedicada aos pobres e doentes da freira». Extra. Consultado em 27 de novembro de 2014 
  8. «Meu Álbum de Amores». adorocinema.com. Consultado em 11 de agosto de 2022 
  9. a b REGINA Braga. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa207608/regina-braga>. Acesso em: 28 de Fev. 2020.
  10. GÓES, Marta. Regina Braga: talento é um aprendizado. Livraria Imprensa. Disponível em: https://livraria.imprensaoficial.com.br/media/ebooks/12.0.813.516.pdf&ved=2ahUKEwjA68PQ3PTnAhWxGbkGHVTcBwYQFjAGegQICBAB&usg=AOvVaw2pgrk2e-3gweppPOS-3M1j&cshid=1582910412344
  11. "Chiquinha Gonzaga - Ó Abre Alas", com Regina Braga Acesso em 28 de fevereiro de 2020
  12. Mulheres do Cinema Brasileiro :: Regina Braga Acesso 28 de fevereiro de 2020
  13. APCA elege os melhores do ano
  14. «Confira Todos os Indicados e Ganhadores da área Artística Cultural do Premio Qualidade Brasil 2001 no Rio de Janeiro». Arte Qualidade Brasil. Consultado em 7 de setembro de 2020 

Ligações Externas

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