Perigônio
Perigónio (no Brasil: perigônio, do latim perigonium) é o termo usado em botânica para designar o verticilo protetor composto de um ou mais círculos de segmentos (tépalas) iguais presente em flores homoclamídeas ou haploclamídeas. A estrutura é equivalente ao perianto das flores em que haja distinção entre pétalas e sépalas, com o qual muitas vezes se confunde.[1][2][3] O termo tembém designa o invólucro que protege os anterídios nos musgos.[4] Alguns autores consideram o termo como sinónimo de perianto.[5]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Um perigónio é um envoltório (também envelope floral ou revestimento floral) que consiste num perianto simples ou duplo não diferenciado das flores haploclamídeas e homoclamídeas. É constituído por tépalas, o que implica não haver distinção clara entre coroa e cálice, ou seja, quando as pétalas e as sépalas são aproximadamente do mesmo tamanho, forma e cor, não havendo, por isso, diferenciação entre cálice e corola.[5][6]
O perigónio designa-se perigónio dialitépalo (latim: dialytepalus) quando as tépalas são completamente livres, perigónio sintépalo quando conatas. Quando as tépalas se assemelham a pétalas ou séplas, o perigónio é designado, repetivamente, por perigónio petaloide e perigónio sepaloide.
Quando não há diferenciação do envoltório em cálice e na coroa, as partes são designadas por tépalas (como em Magnolia). Se o perianto consiste em um cálice conato e corola, quaisquer partes distinguíveis podem ser chamadas de "lábios do perigónio".
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Perigónio com seis tépalas, terminando numa corona.
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Flor de Magnolia sp. sem diferenciação em cálice e corola.
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Flor de Leucojum sp. onde o cálice e a coroa não se distinguem pois têm a mesma cor e cresceram juntos.
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Flor de Hymenocallis speciosa, na qua se observa o paraperigónio ou corona estaminal unindo os filamentos dos seis estames.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Manfred A. Fischer, Karl Oswald, Wolfgang Adler: Exkursionsflora für Österreich, Liechtenstein und Südtirol. 3., verbesserte Auflage. Land Oberösterreich, Biologiezentrum der Oberösterreichischen Landesmuseen, Linz 2008, ISBN 978-3-85474-187-9, p. 93 f.
- ↑ Peter Leins, Claudia Erbar: Blüte und Frucht. Aspekte der Morphologie, Entwicklungsgeschichte, Phylogenie, Funktion und Ökologie. Schweizerbart, Stuttgart 2000, ISBN 3-510-65194-4, pp. 38–42.
- ↑ Gerhard Wagenitz: Wörterbuch der Botanik. Morphologie, Anatomie, Taxonomie, Evolution. Mit englisch-deutschem und französisch-deutschem Register. 2. erweiterte Auflage. Nikol, Hamburg 2008, ISBN 978-3-937872-94-0, pp. 236, 326 (Lizenzausgabe von 2003).
- ↑ "perigónio", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/perig%C3%B3nio [consultado em 30-04-2023].
- ↑ a b UFSM - Glossário de Botânica: «perogônio».
- ↑ [https://www.fernandosantiago.com.br/GLOSSARIO_ILUSTRADO_BOTANICA.pdf Angelica Manzini Santos, Pollyanna Costa e Fernando Santiago dos Santos, Glossário ilustrado de botânica: subsídio para aplicação no ensino. São Paulo: Edições Hipótese, 2018 (ISBN 978-85-913230-6-7).
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Joachim W. Kadereit, Christian Körner, Benedikt Kost, Uwe Sonnewald: Strasburger – Lehrbuch der Pflanzenwissenschaften. Springer Spektrum, 37. vollständig überarbeitete & aktualisierte Auflage, Berlin & Heidelberg 2014. ISBN 978-3-642-54434-7 (Print); ISBN 978-3-642-54435-4 (eBook)
- Focko Weberling: Morphology of Flowers and Inflorescences. Cambridge Univ. Press, 1992, ISBN 0-521-25134-6.
Ligações externas
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