Pedro Pires
Pedro Pires | |
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3.º Presidente de Cabo Verde | |
Período | 22 de março de 2001 a 9 de setembro de 2011 |
Antecessor(a) | António Mascarenhas Monteiro |
Sucessor(a) | Jorge Carlos Fonseca |
1.º Primeiro-ministro de Cabo Verde | |
Período | 8 de julho de 1975 a 4 de abril de 1991 |
Presidente | Aristides Maria Pereira António Mascarenhas Monteiro |
Antecessor(a) | Cargo criado |
Sucessor(a) | Carlos Veiga |
Dados pessoais | |
Nascimento | 29 de abril de 1934 Ilha do Fogo, Província de Cabo Verde |
Alma mater | Universidade de Lisboa |
Cônjuge | Adélcia Barreto |
Partido | PAICV |
Pedro Verona Rodrigues Pires GColIH (São Filipe, Fogo, 29 de abril de 1934) é um político cabo-verdiano. Foi presidente do seu país de 22 de março de 2001 até 9 de setembro de 2011.
Pedro Pires estudou na Universidade de Lisboa e lá encontrou os futuros líderes dos movimentos de libertação que lutaram pela independência das colónias portuguesas. Com o início da luta armada em Angola em 1961, partiu de Portugal para a Guiné-Bissau. Ali, até à Revolução dos Cravos, lutou pela independência de Cabo Verde.
Depois do 25 de abril foi o representante de Cabo Verde nas negociações com Portugal. Apesar das negociações decorridas em Bissau logo após a independência, nas quais Pedro Pires prometera poupar os combatentes opositores ao PAIGC nas fileiras do exército português, a maior parte dos Comandos Africanos vieram a ser fuzilados.[1]
Depois da Declaração de Independência de Cabo Verde em 5 de julho de 1975, foi designado primeiro-ministro do Primeiro Governo da República de Cabo Verde, ao lado do presidente Aristides Pereira que tinha fundado o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde com Amílcar Cabral. Pedro Pires manteve-se no cargo de primeiro-ministro até 1991, quando — por sua iniciativa, junto com outros — o sistema multipartidário foi introduzido no país e o MpD - Movimento pela Democracia, de Carlos Veiga, conseguiu a maioria dos votos.
A 31 de janeiro de 1986, foi agraciado com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, de Portugal.[2]
Em 2001, apresentou-se finalmente como candidato presidencial contra Carlos Veiga e venceu as eleições com apenas 17 votos de diferença. Em 22 de março de 2001 foi empossado como sucessor de António Mascarenhas Monteiro.
Foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal a 22 de abril de 2002,[2] e com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, Brasil, a 11 de outubro de 2006. Recebeu, também, o premio de boa governança, Mo Ibraihim.[3]
Em 2015, foi noticiado que pertence à Maçonaria, tendo o primeiro alto dirigente cabo-verdiano a ser iniciado em Portugal. Integrou a Maçonaria como membro da Loja Eugénio Tavares, no âmbito da Grande Loja Legal de Portugal, tendo entretanto suspendido a sua atividade.[4]
Referências
- ↑ Gomes, Adelino. «Mortos por fuzilamento». História. Consultado em 3 de julho de 2019
- ↑ a b «Entidades Estrangeiras Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Pedro Pires". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 21 de outubro de 2020
- ↑ «Doutor Honoris Causa». Portal da UFC. Consultado em 16 de abril de 2018. Arquivado do original em 30 de julho de 2018
- ↑ «Maçonaria recruta altos dirigentes na Lusofonia». SOL. Consultado em 25 de dezembro de 2023
Precedido por António Mascarenhas Monteiro |
Presidente de Cabo Verde 2001 - 2011 |
Sucedido por Jorge Carlos Fonseca |
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