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Paulo Arruda

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Paulo Arruda
Paulo Arruda
Conhecido(a) por Projeto Genoma Xylella fastidiosa
Nascimento 05 de abril de 1952
Santa Gertrudes, São Paulo, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade  Brasil brasileiro
Prêmios Prêmio Zeferino Vaz de Reconhecimento Acadêmico (1999), Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2000), Grã-cruz - Ordem Nacional do Mérito Científico (2010)
Instituições UNICAMP
Campo(s) Genética, Expressão Gênica

Paulo Arruda (Santa Gertrudes, 5 de abril de 1952) é um biologista e renomado cientista brasileiro na área de biologia molecular e genômica vegetal.

Formação acadêmica

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Paulo Arruda é professor titular do Departamento de Genética do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas. Ele recebeu seu Doutorado em Genética pela Universidade Estadual de Campinas e foi pioneiro na biologia molecular e genômica vegetal no Brasil. Seus interesses de pesquisa estão voltados ao entendimento da regulação da expressão gênica e seu impacto no metabolismo de aminoácidos e na resposta a estresses abioticos. Possui mais de 100 artigos científicos publicados em revistas internacionais, é membro da Academia Brasileira de Ciências, da The World Academy of Sciences e da Academia de Ciencias do Estado de São Paulo. Por suas contribuições cientificas recebeu a comenda Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico do Governo da República do Brasil[1] e o Prêmio de Mérito Científico e Tecnológico do Governo do Estado de São Paulo. Foi um dos sócios fundadores e Diretor Científico da empresa de biotecnologia vegetal Alellyx Applied Genomics[2]. Atualmente deirige o Genomics for Climate Change Research Center e o Centro de Química Medicinal da UNICAMP.

Iniciou sua vida acadêmica ao ingressar para o curso de Ciências Biológicas, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Puccamp), em 1973, e com concluindo-o em 1976. Posteriormente cursou mestrado (com a dissertação "Síntese de aminoácidos e proteínas: características físicas e químicas em endospermas normais e Opaque2 durante desenvolvimento da semente de milho") e doutorado (com a dissertação "O potencial osmótico em mutantes de endosperma de milho e sua interação com características físicas e com a atividade da RNase da semente"[3]) pelo Departamento de Genética da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), concluindo-os, respectivamente, nos anos de 1979 e 1982.[4] Terminada a Pós-Graduação, cursou pós-doutorado pelo Departamento de Bioquímica da Rothamsted Experimental Station, Inglaterra, entre 1982 e 1983.

Carreira científica

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De volta ao Brasil em 1983, iniciou um grupo de pesquisas em biologia molecular de plantas, tema até então incipiente no Brasil. O grupo se consolidou com pesquisas em regulação da biossíntese de aminoácidos e proteínas de reserva em sementes, com grande repercussão internacional. Esta pesquisa serviu como base para o desenvolvimento de plantas ricas em lisina, área de grande interesse biotecnológico para o desenvolvimento de alimentos funcionais.[5] Tratou-se de um estudo pioneiro de "molecular farming" realizado fora dos Estados Unidos, Europa e Japão. Seu grupo também participou de pesquisas com termorregulação em plantas, particularmente o papel da proteína desacopladora de mitocôndrias de plantas (PUMP) no controle da produção de calor em plantas.[4] A partir de 1987, coordenou a implantação do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) da UNICAMP, sendo atualmente um centro de referência para a pesquisa em biologia molecular. O laboratório de Biologia Molecular de Plantas do CBMEG, sob sua liderança, já treinou mais de uma centena de estudantes de iniciação científica, mestres, doutores e pós-doutores, muitos dos quais ocupam posições de destaque em instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais.[4] Participou da organização do Programa Genoma Fapesp, contribuindo com a implantação da rede ONSA para o sequenciamento do genoma da bactéria Xylella fastidiosa, trabalho este que rendeu a capa da revista Nature em 2000,[6] mesmo ano em que foi eleito membro da Academia Brasileira de Ciências.[5] Posteriormente passou a coordenar o Projeto Genoma da Cana de Açúcar (SUCEST) que pretendia identificar cerca de 50.000 genes da cana e estudar o papel funcional dos mesmos.

Fundou, em 2002, juntamente com quatro outros pesquisadores, a Alellyx Applied Genomics[1],a primeira empresa brasileira de genômica vegetal aplicada, da qual assumiu o cargo de Diretor Científico. A empresa, além de investidores, conta com apoio financeiro do BNDES e parcerias como a CanaVialis. As empresas Alellyx e CanaVialis foram fundadas, ambas, com capital de risco da Votorantim,[7] e juntas permitiram o desenvolvimento de tecnologias que colocam o Brasil em uma posição pioneira no campo de agropesquisas. Em 2008 a empresa foi vendida para a multinacional americana Monsanto, que comprou também a parceira CanaVialis.[8] Em 2009, após desligar-se da Allelyx, Paulo Arruda retorna à UNICAMP.[9] De volta a universidade, coordenou um projeto de Educação em Ciências denominado Ciência para Todos. O grupo atuou na atualização de estudantes e professores da rede pública da região de Campinas.[4]Em outubro de 2010 é eleito, juntamente com mais oito pesquisadores brasileiros, membro da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento.[10] Atualmente coordena o Laboratório de Estudo da Regulação da Expressão Gênica do CBMEG.

Trabalhos notáveis

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Prêmios e Condecorações

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  • Prêmio Zeferino Vaz de Reconhecimento Acadêmico concedido pela UNICAMP 1999
  • Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico 2000
  • Grã-cruz - Ordem Nacional do Mérito Científico 2010
  • Prêmio Mérito Científico e Tecnológico outorgado pelo Governo do Estado de São Paulo 2000
  • Prêmio Medalha RedBio concedido pela Rede Latino-americana de Biotecnologia pela contribuição para o desenvolvimento da Biotecnologia na America Latina 2001.

Ligações externas

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Referências