Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba
Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba | |
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Categoria II da IUCN (Parque Nacional) | |
Localização | Bahia Maranhão Piauí Tocantins |
País | Brasil |
Dados | |
Área | ha | 724 324,61 hectares (7 243,2 km2)
Criação | 16 de julho de 2002 (22 anos) |
Gestão | ICMBio |
Coordenadas | |
O Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba é um parque nacional brasileiro criado através de Decreto de 16 de julho de 2002 e ampliado por Decreto em 12 de janeiro de 2015, com 749.848 ha de área.[1]
Fica localizado na divisa dos estados do Piauí, do Maranhão, da Bahia e do Tocantins. Tem o objetivo de assegurar a preservação dos recursos naturais e da diversidade biológica, bem como proporcionar a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação, recreação e turismo ecológico.
É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Biodiversidade
[editar | editar código-fonte]A vegetação do parque é complexa e diversificada, pertencendo ao bioma Cerrado, com diferentes aspectos, com árvores que podem atingir 12 metros, desde o Cerradão, Campo-Cerrado, até Matas Ciliares e Buritizais. Algumas da espécies encontradas são: o pequi, o ipê, a amoreira, a mangaba, o jacarandá-do-mato e o pau-santo.
A fauna possui mais de 60 espécies de mamíferos e aproximadamente 211 espécies de aves. Entre as espécies raras e/ou ameaçadas de extinção, se destacam o veado-campeiro, a jaguatirica, a onça-pintada, a lontra, o tatu-bola, o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira. Entre os representantes da avifauna, estão o gavião-real, da arara-azul, da jacucaca, do colhereiro e do beija-flor-de-rabo-branco.
Relevo
[editar | editar código-fonte]O relevo do parque é composto por Chapadões Tropicais, com vastas superfícies de aplainamento, com porções típicas do relevo da chapada sedimentar do São Francisco, da depressão sedimentar do meio-norte e dos patamares do São Francisco - Tocantins.
Dois grandes segmentos se distinguem no parque: uma parte mais alta, a Chapada das Mangabeiras; e outra mais baixa, a Serra da Tabatinga.[2]
O divisor topográfico da bacia hidrográfica do rio Parnaíba é a Chapada das Mangabeiras, com altitude média de 800 metros, na divisa entre os estados do Piauí, Maranhão, Tocantins e Bahia, e onde se formam também afluentes dos rios Tocantins e São Francisco.[2]
A Serra da Tabatinga é formada pelo processo erosivo da Chapada das Mangabeiras, tendo altitude média de 400 metros e correspondente à maior porção do Parque. As nascentes ficam localizadas nesta região (formadas a partir de ressurgências na Chapada das Mangabeiras), bem como as veredas, marcadas pela grande presença de brejos, que foram os afluentes dos principais rios protegidos pelo Parque.[2]
Clima
[editar | editar código-fonte]O clima da região é do tipo Tropical semi-úmido, tendo duas estações bem definidas: período seco (entre maio e novembro) e o outro chuvoso (entre dezembro e abril). De agosto a outubro, ocorrem o período mais crítico em relação à seca e aos focos de incêndio. Os totais pluviométricos anuais variam entre 750 e 1400 milímetros, com temperatura média anual de 26 graus Celsius. Em razão de vento predominante no período de estiagem ser no sentido leste-oeste, o limite leste da Unidade é o mais sujeito a ser atingido por incêndios.[2]
Hidrografia
[editar | editar código-fonte]O Parque está localizado no divisor de três grandes bacias: Bacia do Rio Parnaíba, Bacia do Rio São Francisco e da Bacia do Rio Tocantins.[2]
A rede hidrográfica é, com inúmeras nascentes e cursos d’água, com destaque para as nascentes do Rio Água Quente e Rio Curriola, que, ao se unirem, formam o Rio Parnaíba (que funciona como divisor entre o Piauí e o Maranhão). Nele, também se localizam as nascentes dos rios: Uruçuí-Vermelho, Gurguéia, Riozinho, Parnaibinha, entre outros, os quais abastecem a Bacia do Rio Parnaíba.[2]
Conservação
[editar | editar código-fonte]Por se tratar de região de expansão da fronteira agrícola, ocorre forte pressão ambiental sobre o parque, em razão das da produção de soja do MATOPIBA, bem como da pecuária, o que provoca lixiviação no platô da Chapada das Mangabeiras e o assoreamento dos rios. Outros conflitos observados são: a extração de madeira, a caça e extração da folhagem das palmeiras buritirana e o tráfico e animais silvestres, em especial a arara-azul.[2]