Saltar para o conteúdo

Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão
Localização Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Dados
Área 495 km2
Criação 1 de agosto de 2000 (24 anos)
Gestão Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas da Guiné-Bissau

O Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão[1] é uma área protegida situada no sul do Arquipélago dos Bijagós, na Guiné-Bissau.

Foi criado a 1 de agosto de 2000 ( decreto 6-A/2000)[2] e ocupa uma superfície de 49 500 hectares (495 km2 Abarca quatro ilhas do extremo sudeste do arquipélago dos Bijagós (João Vieira, Cavalo, Maio e Poilão) para além de alguns ilhéus menores.

Localização

[editar | editar código-fonte]

Situado na parte sudoeste do Arquipélago dos Bijagós a 10°47’ - 11°07’N e 15°36’ 15°47’W[3].

Criado em Agosto de 2000 e gerido pelo Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP)[3].

Objectivos do Parque

[editar | editar código-fonte]

«Proteção da biodiversidade e dos ecossistemas insulares. Conservação das tartarugas-marinhas e das aves aquáticas coloniais. Proteção e valorização do património cultural Bijagó. Contribuição para a regeneração dos recursos haliêuticos. Desenvolvimento do ecoturismo.[3]»

Classificações do Parque

[editar | editar código-fonte]

Reserva da Biosfera - 16 Abril de 1996, UNESCO, Sítio Ramsar - Zona húmida de importância mundial e Dom à Terra: 18 Março de 2001, WWF[3].

As ilhas do Parque possuem povoamentos de palmeiras (Elaeïs guineensis) e nas zonas intermareais desenvolvem-se os mangais[3]. No Parque foram identificadas mais de 45 espécies de plantas e ervas medicinais[4].

Os peixes mais comuns existentes no parque pertencem ao género Cararix, Luljanus, Epinephelus[3]. O Parque acolhe tambem duas espécies de golfinhos (Sousa teuszil e Tursiops iruncatus)[3]. Relativamente as aves existem andorinhas-do-mar (Sterna maxima e Sterna Caspia) ,gaivinas-negras (Chilidonias niger) e papagaios-cinzentos (Psittacus erithacus)[3].

De acordo com os estudos das oito (espécies) de tartarugas marinhas conhecidas no mundo, foi confirmada a desova de cinco nas praias do parque, a saber, a Tartaruga-verde (Chelonia mydas), a Tartaruga-de-Ridley (Lepidochelys olivacea), Tartaruga-verdadeira ou de tartaruga de escama (Eretmochelys imbricata), Tartaruga-careta (Caretta caretta) e Tartaruga-de-couro (Dermochelys coreacea)[4][5].

Na ilha de Poilão encontra-se a 3° maior colonia de desova das Tartarugas verde no atlântico e o primeiro da Africa Ocidental sendo assinalada a presença regular de mais 12.000 indivíduos e nas praias são verificadas anualmente mais de 7000 desovas[4][5].

Florestas Sagradas

[editar | editar código-fonte]

As “Florestas Sagradas” são espaços naturais destinados exclusivamente a manifestações tradicionais de caracter cultural e religioso onde a gestão dos seus recursos naturais é determinado pelo uso e costume da comunidade que a utilizam”. Estes uma vez legalizados não podem “...ser objecto de nenhuma concessão, licença, autorização ou qualquer decisão cuja realização seria suscetível de modificar o estado do lugar”[5][4].

População Humana

[editar | editar código-fonte]

As ilhas do Parque não têm habitantes residentes em permanência, as quatro ilhas principais são propriedades tradicional de quatro aldeias (tabancas) das ilhas de Canhabaque, cujo habitantes periodicamente as utilizam para a cultura de arroz, colheita de produtos da palmeira e a realização de cerimónias religiosas[3].

Notas

  1. http://protectedplanet.net/sites/317052
  2. REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, MINISTÉRIO DOS RECURSOS NATURAIS E DO AMBIENTE, DIRECÇÃO GERAL DO AMBIENTE (Março de 2008). «QUADRO NACIONAL DA BIOTECNOLOGIA E BIOSEGURANÇA DA GUINÉ-BISSAU» (PDF). Consultado em 6 de Março de 2018 
  3. a b c d e f g h i «Parque Nacional Marinho João Vieira e Poilão (PNMJVP)». IBAP Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas. 2018. Consultado em 22 maio 2018. Arquivado do original em 6 de janeiro de 2018 
  4. a b c d «Trilhas Ecoturisticas ,Arquipelagos dos Bijagos». IBAP ,Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas. 2018. Consultado em 22 maio 2018. Arquivado do original em 22 de maio de 2018 
  5. a b c «Ibapgbissau,Ecosturismo». IBAP ,Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas. 2018. Consultado em 22 maio 2018