Parque Estadual da Serra do Cabral
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Parque Estadual da Serra do Cabral | |
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Tipo | parque estadual |
Inauguração | 2005 (19 anos) |
Área | 224,94 quilómetro quadrado, 22 445 hectare |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Minas Gerais - Brasil |
O Parque Estadual da Serra do Cabral é uma área protegida na região centro-norte do estado de Minas Gerais.[1]
Localização
[editar | editar código-fonte]O parque estadual está situado nos municípios de Buenópolis e Joaquim Felício, abrangendo uma área de 22.494,17 hectares. As altitudes variam entre 900 e 1.300 metros. O parque localiza-se na bacia hidrográfica entre os rios das Velhas e Jequitaí, ambos afluentes do Rio São Francisco.[1]
História
[editar | editar código-fonte]O Parque Estadual da Serra do Cabral (PESC) foi criado pelo decreto 44.121, em 29 de setembro de 2005[2], e íntegra o Mosaico do Espinhaço, estabelecido em 2010. Em 2014, o acesso ao parque foi restringido devido a estudos em sítios arqueológicos. O plano de gestão foi publicado em junho de 2015, visando uma administração eficiente e a proteção dos recursos naturais e culturais da região.[3]
Vegetação
[editar | editar código-fonte]Esta seção não cita fontes confiáveis. (14-11-2022) |
A vegetação do Parque Estadual da Serra do Cabral é composta por:
Vegetação rupestre (35,27%): Desenvolve-se sobre rochas, com cactos, bromélias e pequenas árvores de embiruçu, ocorrendo em lajedos expostos e cerrado rupestre.
Cerrados (25,15%): Segunda maior extensão do parque, com espécies como sucupira-branca, pau-terra, pau-terrinha, pau-santo e murici.
Campos (20,2%): Abrigam sempre-vivas, muitas ameaçadas de extinção devido à coleta intensa; a floração ocorre em abril e maio.
Veredas (0,02%): caracterizadas por buritis em campos alagados, são áreas de preservação permanente.
Ambientes florestais (0,87%): Incluem matas ciliares e cerradão, com pequenas ilhas de mata atlântica pouco representadas. [1]
Fauna
[editar | editar código-fonte]A campanha de campo identificou 36 espécies de mamíferos na região. Dentre elas, 13 estão incluídas na “Lista das Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais”, conforme deliberação do COPAM nº 041/95 (D.O. - MG - 20.01.96). São elas:
- Tamanduá-bandeira
- Tamanduá-mirim
- Caititu
- Queixada
- Anta
- Sussuarana
- Jaguatirica
- Gato-do-mato
- Onça pintada
- Tatu-canastra
- Sauá
- Lobo-guará
- Lontra
Na lista preliminar de espécies de aves inventariadas e registradas para a região da Serra do Cabral, apresenta-se a relação de 278 espécies. Dentre elas, 6 estão ameaçadas e 18 são endêmicas.
Patrimônio arqueológico
[editar | editar código-fonte]A região da Serra do Cabral abriga importantes conjuntos de sítios arqueológicos, com representações peculiares, principalmente pinturas rupestres. Esses sítios são caracterizados como "Estilo Cabral".
Apesar do grande interesse de pesquisadores e turistas por esses sítios, muitos deles sofrem sérias avarias, como incêndios e fogueiras em suas lapas, onde as pinturas se encontram.
As pinturas rupestres de todos os sítios da região apresentam predominantemente representações de animais. No entanto, também existem pinturas com representações matemáticas, de homens e astrologia.
Os seres humanos que habitaram a Serra a partir de 1.600 anos atrás eram caçadores-coletores, diferentemente dos povos da região central de Minas Gerais, que viviam como lavradores.
A cor predominante era o vermelho, mas os povos também utilizavam o branco, o amarelo e o preto. As figuras dos animais são desproporcionais em relação ao tamanho dos homens, sempre retratadas muito menores em situações de caça e com formas mais simples.
Os estudos identificaram até o momento 61 sítios arqueológicos, localizados em abrigos, matacões e blocos quartzíticos.
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Pinturas cabralinas.
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Animais pintados sobre pedra.
Hidrografia
[editar | editar código-fonte]Toda a rede hidrográfica da Serra do Cabral está organizada para drenar a produção hídrica local para os rios das Velhas e Jequitaí.
As contribuições recolhidas pelo rio das Velhas referem-se aos volumes que drenam os quadrantes Oeste, Leste e Sul da Serra do Cabral, enquanto o Norte é drenado pelos tributários do rio Jequitaí.
- Rio das Velhas
- Córrego Riachão, com aproximadamente 05 nascentes que abastece a sede do município e inúmeras outras propriedades rurais, que por sua vez é afluente do córrego das Pedras;
- Córrego Brejinho, com aproximadamente 03 nascentes, afluente do córrego das Pedras;
- Córrego Água Fria, com aproximadamente 02 nascentes, afluente do córrego das Pedras;
- Córrego Buriti dos Almeida, com aproximadamente 08 nascentes, afluente do córrego das Pedras;
- Córrego Retiro, com aproximadamente 04 nascentes, afluente do córrego das Pedras;
- Córrego das Pedras, com aproximadamente 06 nascentes, que recebe as água dos córregos acima citados e desagua no rio Curimataí;
- Ribeirão da Prata, com aproximadamente 10 nascentes, afluente do rio Curimataí.
- Rio Jequitaí
- Córrego Cachoeirinha, com aproximadamente 03 nascentes, responsável pelo abastecimento de água da sede do município, afluente do córrego Embaiassaia;
- Córrego da Onça, que recebe as águas dos córregos Banana, Manoel Luiz, Jucão e Bocaina, com inúmeras nascentes e veredas na parte superior do relevo, afluente do córrego Embaiassaia;
- Córrego do Seminário, com 01 nascente, afluente do córrego Embaiassaia;
- Córrego Palmital, com 01 nascente, afluente do córrego Embaiassaia;
- Córrego Embaiassaia, com aproximadamente 05 nascentes, que recebe as água dos córregos acima citados e desagua no rio Jequitaí afluente direto do Rio São Francisco.
Atrações turísticas
[editar | editar código-fonte]Além da paisagem de intensa beleza cênica, composta por extensos campos emoldurados por elevações rochosas, veredas, cerrados e florestas, tem-se uma infinidade de cachoeiras nas encostas da Serra do Cabral.
Turismo especializado pode encontrar na Serra do Cabral uma grande fonte de motivação. Observadores de aves e mamíferos, turismo de aventura, turismo fotográfico, trekking, turismo científico, turismo histórico, entre outros.
O parque ainda se encontra fechado para qualquer tipo de turismo.
Pressões ambientais
[editar | editar código-fonte]Considerando o atual uso do solo na região da Serra do Cabral, têm-se como as principais pressões sobre o ambiente natural a ocorrência do fogo para rebrota e caça, por exemplo mocó, a extração de cristais, a produção de carvão, a atividade pecuária, as florestas de produção e a coleta extrativista de diversas plantas (ex: fava, sempre-vivas, bromélias e outras plantas ornamentais e frutíferas).
Referências
- ↑ a b c «Instituto Estadual de Florestas - IEF - Parque Estadual da Serra do Cabral». www.ief.mg.gov.br. Consultado em 30 de julho de 2022
- ↑ «Decreto nº 44.121» (PDF). Sistema Integrado de Informação Ambiental. 29 de setembro de 2005. Consultado em 14 de novembro de 2022
- ↑ «PES Serra do Cabral | Conservation Areas in Brazil». uc.socioambiental.org (em inglês). Consultado em 30 de julho de 2022