Operação INFEKTION
Operação INFEKTION foram diversas campanhas de desinformação, usando de medidas ativas, realizadas pela KGB durante a guerra fria. Um das desinformações que obtiveram sucesso em sua propagação foi a noção de que os Estados Unidos inventaram a AIDS como parte de um projeto de pesquisa de armas biológicas em Fort Detrick, Maryland. A União Soviética usou desta tática para buscar prejudicar a credibilidade dos Estados Unidos, fomentar o anti-Americanismo e criar tensões sobre a presença de bases militares dos EUA no mundo.[2]
De acordo com analistas do Departamento de Estado dos EUA, outra razão para a União Soviética ter "promovido a desinformação sobre a AIDS pode ter sido sua tentativa de distrair a atenção internacional para longe de seu próprio programa de guerra biológica, que [foi monitorada] por décadas." Além de antrax, acredita-se que os soviéticos desenvolveram a tularemia, a peste e a cólera para fins de guerra biológica, bem como a toxina botulínica, enterotoxinas, e micotoxinas.[3] Uma explicação alternativa é que a operação pode ter sido em retaliação às acusações, pelos EUA, de que os soviéticos usaram armas químicas no sudeste da Ásia, depois chamado de incidente da chuva amarela.
Referências
- ↑ AIDS as a biological weapon. America.gov (2005)
- ↑ U.S. Department of State. Soviet Influence Activities: A Report on Active Measures and Propaganda, 1986-87. Washington D.C.: Bureau of Public Affairs, August 1987., pg. 33
- ↑ U.S. Department of State. Soviet Influence Activities: A Report on Active Measures and Propaganda, 1986-87. Washington D.C.: Bureau of Public Affairs, August 1987., pg. 45