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O Coronel e o Lobisomem (romance)

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O Coronel e o Lobisomem: deixados do oficial superior da Guarda Nacional, Ponciano de Azeredo Furtado, natural da Praça de Campos dos Goitacazes : romance
Autor(es) José Cândido de Carvalho
Idioma Português
País  Brasil
Gênero Ficção brasileira, romance
Localização espacial
Terras da baixada campista, Santo Amaro, Ponta Grossa dos Fidalgos, São Gonçalo, Fazenda Paus Amarelos, e em Campos, Rua da Jaca, Rua da Quitanda, Rua Aquidabam, altos da livraria Ao Livro Verde
Editora J. Olympio
Lançamento 1964
Páginas 304

O Coronel e o Lobisomem é segundo romance do escritor brasileiro José Cândido de Carvalho.

O livro mescla elementos do romance regionalista brasileiro da década de 1930 e o realismo mágico das obras de Gabriel García-Márquez e Carlos Fuentes, célebres na década de 1960.[1]

Lançado em 1964, agradou à crítica e foi sucesso de vendas.[1] Anos mais tarde, semelhanças entre o linguajar do coronel Ponciano e as frases memoráveis de Odorico Paraguaçu (personagem da telenovela O Bem-Amado,[2] de Dias Gomes) chamaram a atenção — e não foi por acaso. Irritado, José Cândido chegou a afirmar que Dias Gomes aproveitara as falas de seu personagem.[1] O livro foi relançado pela editora Companhia das letras no ano de 2014. [3]

Essas falas peculiares, aliás, já renderam ao romance diversos estudos acadêmicos,[4][5] como o da professora Arlete Sendra, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, pesquisadora da obra de José Cândido: "Nesses esdrúxulos achados linguísticos, ele vai revelando o modo de vida do homem urbano e rural, enquanto, pelo riso, traz à tona os sintomas produzidos pela cisão das classes na nossa sociedade", compara ela.[1]

O livro duas adaptações para televisão: uma telenovela exibida pela TV Cultura em 1992, escrita por Chico de Assis e dirigida por Arlindo Pereira, e um especial para a TV Globo em 1994, por Jorge Furtado e João Falcão. O romance também recebeu duas adaptações para o cinema: em 1978, dirigida por Alcino Diniz, e em 2005, sob a direção de Maurício Farias.



Referências

  1. a b c d Marco Rodrigo Almeida (24 de janeiro de 2015). «Reedições celebram autor de 'O Coronel e o Lobisomem'». Ilustrada. Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de março de 2022 
  2. Álvaro Costa e Silva (26 de fevereiro de 2021). «Odorico ou Bolsonaro?». Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de março de 2022 
  3. Araujo, Diego (17 de janeiro de 2021). «Resenha: "O Coronel e o Lobisomem" de José Cândido de Carvalho». Ficcoeshumanas. Consultado em 6 de abril de 2024 
  4. Alexandre Pudente Piccolo (2011). «Entre o Coronel e o Lobisomem: de José Cândido de Carvalho a Maurício Farias». Unesp Marília. Consultado em 29 de março de 2022 
  5. Naiara Alberti Moreno (2014). «O coronel e o lobisomem nas veredas da literatura regionalista brasileira». UNESP. Consultado em 29 de março de 2022 
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