Milônia Cesônia
Milônia Cesônia | |
---|---|
Imperatriz-consorte romana | |
Reinado | 39/40 — 24 de janeiro de 41 |
Consorte | Calígula |
Antecessor(a) | Lolia Paulina |
Sucessor(a) | Messalina |
Morte | 24 de janeiro de 41 |
Roma | |
Nome completo | Milonia Cesonia |
Casa | Júlio-claudiana |
Pai | Cesônio Máximo |
Mãe | Vistília |
Milônia Cesônia (português brasileiro) ou Milónia Cesónia (português europeu) (em latim: Milonia Caesonia; m. 24 de janeiro de 41) foi uma imperatriz-consorte romana, quarta e última esposa do imperador Calígula.
História
[editar | editar código-fonte]Milônia nasceu entre 2 e 4 de junho de um ano desconhecido, mas próximo do início do que chamamos de Era Comum. De origens modestas, Cesônia era filha de Vistília. Seu meio irmão era o cônsul e general romano Cneu Domício Córbulo e sua sobrinha, Domícia Longina, se casaria com o imperador Domiciano. Tinha uma prima com o mesmo nome da mãe, Vistília.
Pouco se escreveu sobre ela. Suetônio afirma que quando ela se casou com Calígula, já não era mais bela ou jovem[1] e que ela já era mãe de três filhos de outro casamento.[1] Ele descreve Milônia como sendo uma mulher extravagante e leviana,[1] mas que, de qualquer forma, Calígula amava apaixonada e fielmente.[1]
Dião Cássio afirma que o imperador começou um caso com Cesônia antes do casamento (no final de 39 ou início de 40).[2] Ela estava grávida quando se casaram e deu à luz Júlia Drusila um mês depois.[3] Suetônio, por outro lado, afirma que ela teria tido a filha no dia do casamento.[1] Dião Cássio acrescenta ainda que o povo romano não estava contente com o casamento de Calígula com Cesônia.[2]
O satirista Juvenal especulou que Calígula teria ficado louco por causa de uma poção do amor que Cesônia teria lhe dado.[4]
Suetônio conta que Calígula desfilava Cesônia perante as tropas e, às vezes, fazia-o com ela nua, mas apenas para alguns amigos selecionados.[1] Ele supostamente ameaçava matá-la ou torturá-la como uma forma bizarra de afeto.[5]
Em 41, Calígula foi morto por assassinos durante uma peça teatral. Cesônia e a filha, Júlia, foram assassinadas horas depois. De acordo com Flávio Josefo, ela morreu bravamente:[6] abalada pela morte do marido, ela teria oferecido espontaneamente o pescoço ao assassino, pedindo-lhe que a matasse sem hesitar.[6] A data foi 24 de janeiro de 41.
Cultura popular
[editar | editar código-fonte]Cesônia já foi retratada diversas vezes em filmes e na televisão:
- 1937 – Leonora Corbett, no filme não completado I, Claudius
- 1966 – Krista Keller, no filme para a TV Claudius
- 1968 – Barbara Murray, na série televisiva The Caesars
- 1975 – Yvonne Lex, no filme para a TV Caligula
- 1976 – Freda Dowie, na série para a TV I, Claudius
- 1979 – Helen Mirren, no filme Calígula
Ver também
[editar | editar código-fonte]Milônia Cesônia Nascimento: ? Morte: 41
| ||
Títulos reais | ||
---|---|---|
Precedido por: Lolia Paulina |
Imperatriz-consorte romana 40–41 |
Sucedido por: Valéria Messalina |
Referências
- ↑ a b c d e f Suetônio. A Vida dos Doze Césares. Vida. 25. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b Dião Cássio. «23». História romana. [S.l.: s.n.]
- ↑ Dião Cássio. «28». História Romana. [S.l.: s.n.]
- ↑ Juvenal, Sátiras VI.615-20
- ↑ Suetônio. A Vida dos Doze Césares. Vida. 33. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b Josefo. «2.4». Antiguidades Judaicas. XIX. [S.l.: s.n.]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Moedas de Cesônia» (em inglês). WildWinds. Consultado em 3 de agosto de 2013