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Miguel Hidalgo

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 Nota: Para o artigo sobre a demarcação territorial da Cidade do México, veja Miguel Hidalgo (Cidade do México).
Miguel HidalgoCombatente Militar
Miguel Hidalgo
Miguel Hidalgo
Conhecido(a) por General Hidalgo
Nascimento 8 de maio de 1753
Pénjamo, Guanajuato, Nova Espanha
Morte 30 de julho de 1811 (58 anos)
Chihuahua, Chihuahua
Ocupação Padre
Serviço militar
País México
Serviço Exército Revolucionário Mexicano
Anos de serviço 1809 - 1811
Patente General
Conflitos Guerra da Independência do México

Miguel Gregorio Antonio Ignacio Hidalgo y Costilla Gallaga Mondarte Villaseñor (Pénjamo, 8 de maio de 1753Chihuahua, 30 de julho de 1811) foi um religioso liberal, considerado o pai da nação mexicana. Está sepultado sob o Ángel de la Independencia, na Cidade do México.[1]

Hidalgo antes da luta independentista

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Mais conhecido no México como Miguel Hidalgo y Costilla, ou Pai da Pátria, é considerado o iniciador da independência do México. Nasceu na Hacienda de Corralejo, próximo de Pénjamo, estado de Guanajuato, em 8 de Maio de 1753. Aos 12 anos de idade parte para Valladolid (actual Morelia), para estudar com os jesuítas, mas com a expulsão destes do Reino Espanhol em 1767, entra para o Colegio de San Nicolás, na mesma cidade onde estudou teologia, filosofia e arte.[1] Os seus companheiros alcunham-no de El Zorro (A Raposa) pela sua sagacidade e astúcia. Além do latim, francês e italiano aprendeu também o nahuatl, o otomí e o tarasco.[1]

Aos 25 anos é ordenado sacerdote. Com 39 anos é nomeado reitor do Colegio de San Nicolás e dedica-se afincadamente ao estudo das teorias liberais que revolucionam a Europa de então. Devido a pressões das altas hierarquías eclesiásticas, é removido do seu cargo de reitor e colocado como pároco nas paróquias de Colima, San Felipe Torres Mochas e Dolores (no estado de Guanajuato). Instrui e forma os indígenas; ensina-lhes a apicultura, o cultivo da vinha e a criação do bicho da seda; cria uma olaria e uma fábrica de azulejos, organiza uma fábrica de curtumes e uma orquestra.[1]

Hidalgo e a independência do México

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Grito de Dolores

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Ver artigo principal: Grito de Dolores
Igreja paroquial de Dolores Hidalgo onde foi feita a proclamação de Hidalgo
Santuário de Atotonilco onde Hidalgo tomou o estandarte da Virgem de Guadalupe

De caráter afável e generoso, torna-se muito popular entre os seus fiéis, sendo convidado por Ignacio Allende a liderar o movimento independentista. Ao ser descoberta a conspiração prega aos seus paroquianos à porta da igreja de Dolores (16 de setembro de 1810), liberta os presos e lança-se na luta levando consigo um estandarte da Virgem de Guadalupe, que toma do Santuário de Atotonilco. O seu grito de guerra é Viva la independência, viva la Virgen de Guadalupe. Muera el mal gobierno (Viva a independência, viva a Virgem de Guadalupe. Morte ao mau governo).

As primeiras vitórias

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À frente de 300 homens desorganizados e mal armados, avança até chegar a Celaya que cai sem resistência. Em poucos dias, as suas tropas consistem de mais de 30 mil homens, mulheres e crianças "são protegidas na guarda e são sem discriminação"

A 28 de Setembro entra em Guanajuato exigindo a rendição dos realistas que se haviam refugiado com víveres e armas na Alhóndiga de Granaditas (um edifício com estábulos e armazéns). Os rebeldes conseguem tomar este local e assassinam os seus defensores, entre os quais se encontra o intendente Riaño, velho amigo de Hidalgo. Estabelece uma casa da moeda e manda fundir os canhões antes de pôr-se a caminho de Valladolid com 15 mil homens; chegado a Valladolid, declara a abolição da escravatura e convida os sacerdotes das paróquias vizinhas a unirem-se à sua causa.

Estátua de Miguel Hidalgo em Coyoacán, Cidade do México, México.

Em Aculco sofre uma estrondosa derrota e decide ir para Guadalajara, em poder do sacerdote insurgente José Antonio "El Amo" Torres. Em Celaya manda fuzilar vários delatores e continua rumo à Nova Galiza (actual estado de Jalisco). Ao abandonar Guanajuato, os realistas passam pelas armas aqueles que haviam apoiado a rebelião. Como represália Hidalgo executa todos os prisioneiros de guerra espanhóis em seu poder. Em Dezembro de 1810 é declarado herege, apóstata e cismático. Ante a possível ofensiva dos realistas, deixa Guadalajara e enfrenta-os em Puente de Calderón, onde sofre a sua segunda grande derrota. Dirige-se então para Aguascalientes, com o objectivo de aí estabelecer o seu governo, em Janeiro de 1811.

É removido do comando militar, sendo substituído por Allende, conservando porém a liderança política. Desloca-se a Zacatecas e Saltillo para facilitar a compra de armas aos Estados Unidos. É traído por Ignacio Elizondo, antigo insurgente, que havia secretamente passado para o lado realista, sendo por este feito prisioneiro, juntamente com Allende e Juan Aldama, em Noria de Acatita de Baján, próximo de Monclova, em Coahuila. É transferido para Chihuahua onde, após um julgamento habilidoso, é desabilitado como sacerdote e fuzilado em 30 de Julho de 1811. As cabeças de Hidalgo e dos seus ex-companheiros Allende, Aldama e Jiménez, serão expostas na via pública em gaiolas penduradas nas quatro esquinas da Alhóndiga de Granaditas, onde permanecem até 1821, com o propósito de amedrontar os seus seguidores. Até ao fim, Hidalgo defende a independência e o direito que todo o cidadão tem, quando crê que a pátria está em risco de perder-se.

Em sua honra, o estado mexicano de Hidalgo e muitas localidades e ruas do México têm o seu nome.

  • Foi batizado em Cuitzeo de los Naranjos em 16 de Maio de 1753. Teve três irmãos. Na sua juventude organizou uma banda de música, representou em algumas obras de teatro e era conhecido entre os seus amigos por Zorro (Raposa), pela sua perspicácia.
  • Teve cinco filhos: Agustina, Mariano Lino, María Josefa, Micaela y Joaquín.
  • Na cerimónia de desabilitação eclesiástica, a Inquisição cortou-lhe as pontas dos dedos e a superfície das mãos.
  • No dia da sua execução pediu para não ser vendado e para não ser fuzilado pelas costas (como era costume fuzilar os traidores). Pediu que disparassem sobre a sua mão direita que colocou cobre o coração. Foram necessárias duas sequências de disparos e um tiro de misericórdia para acabar com a sua vida, após o que um comandante tarahumara de apelido Salcedo, cortou-lhe a cabeça com um só golpe de facão, machete em espanhol, recebendo por isso uma gratificação de vinte pesos.
  • Os seus restos mortais foram trasladados para a capital com todas as honras, após a instauração da Primeira República em 1824. Encontram-se actualmente depositados na célebre Coluna da Independência.

Referências

  1. a b c d Juana Vazquez-Gomez (1997). Dictionary of Mexican Rulers, 1325–199 (em inglês). Westport, Connecticut: Greenwood Publishing Group, Incorporated. ISBN 978-0-313-30049-3 

Ligações externas

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