Marketing esportivo
Marketing esportivo, segundo Sgobi (2006), é a utilização do esporte como ferramenta de comunicação corporativa ou institucional.[1]
Segundo Pitts & Stotlar (2006), "Marketing Esportivo é o processo de elaborar e implementar atividades de produção, formatação de preço, promoção e distribuição de um produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos de consumidores e realizar os objetivos da empresa".[2]
Para Contursi (1996), o Marketing Esportivo abrange o marketing do esporte e o marketing através do esporte. Marketing do esporte: marketing desenvolvido dentro das instituições esportivas, que inclui produtos e serviços esportivos. Exemplos: academias, clubes, corridas, basquete, futebol. Marketing através do esporte: atividades ou produtos que fazem o uso do esporte como veículo promocional ou de comunicação. Exemplos: patrocínio esportivo, ações de ativação, produtos licenciados.[3]
O marketing esportivo refere-se à aplicação específica dos princípios e processos do marketing a produtos de esporte (times, ligas, eventos, etc.).
É uma nova área de marketing que atua dentro da indústria do esporte, movimentando bilhões em todo o mundo. Para se ter uma ideia a Copa do Mundo da África tinha uma estimativa de gerar algo perto de US$ 3,3 Bilhões de receita.
É o uso da publicidade e propaganda aplicado as peculiaridades dos esportes. Essas peculiaridades referem-se ao esporte como fonte de entretenimento, onde a paixão e a emoção estão à todo momento em jogo, possibilitando maior aceitação de possíveis ações de marketing, já que inicialmente aquele momento é de diversão.
Além disso, por muitas vezes envolver amor por uma nacionalidade, clube ou atleta, o marketing esportivo liga-se diretamente aos torcedores nos momentos de conquistas. Por outro lado, os fatores negativos que seleções, clubes ou atletas podem causar também devem ser levados em conta.
No Brasil
[editar | editar código-fonte]Segundo pesquisa da USP de 2002, a indústria do esporte emprega mais de 300 mil pessoas no Brasil, movimenta R$ 25 bilhões por ano e cresce 12,34% ao ano.
O primeiro evento esportivo oficial do Brasil, a ser patrocinado exclusivamente pela iniciativa privada, foi o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987, denominado Copa União, organizado pelo Clube dos 13. Os patrocinadores foram: Rede Globo, Coca Cola, Varig, Editora Abril e Dover Indústria de Plásticos. O projeto foi desenvolvido por João Henrique Areias, então VP de Marketing do Flamengo, que o comercializou juntamente com Celso Grellet, diretor de marketing do São Paulo. Este é um dos cases do livro Uma Bela Jogada - 20 anos de Marketing Esportivo, lançado por Areias em 2007.
Os patrocínios aos uniformes dos clubes do futebol brasileiro somaram R$ 330 milhões em 2011, conforme estudo realizado pela Global Sports Network (GSN)[4]
Entidades de fomento e pesquisa
[editar | editar código-fonte]- Instituto Brasileiro de Marketing Esportivo - IBME: Criado no ano de 2006, o IBME tem por objetivos promover o desenvolvimento do marketing esportivo no Brasil, realizando ações como a organização de eventos, pesquisas e o engajamento entre os profissionais da área. A entidade organiza anualmente, em Florianópolis, o Encontro Nacional de Marketing Esportivo, que reúne profissionais de todo o pais para debater as principais do marketing esportivo.
- Sociedade Brasileira de Gestão e Marketing Esportivo - SBGME[5]
Referências
- ↑ Como conseguir um patrocínio espor tivo - Um plano de sucesso no marketing esportivo; Sbrighi, Cesar A.; Editora Phorte; 2006
- ↑ Fundamentos do Marketing Esportivo, Brenda G. Pitts & David K Stotlar, Phorte, 2006
- ↑ Marketing Esportivo, Ernani Bevilaqua Contursi, Sprint, 1996
- ↑ «GSN - Global Sports Network». Arquivado do original em 13 de agosto de 2014
- ↑ «SBGME». Arquivado do original em 16 de maio de 2014
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- O Marketing Esportivo no Brasil. Thiago Mansur, Rafael Zanette (org.), Florianópolis, IBME, 2012.[1][2]
- Marketing e Patrocínio Esportivo. Wesley Cardia, Porto Alegre, Bookman, 2004.
- Fundamentos de Marketing Esportivo. Brenda G. Pitts, David K. Stotlar, São Paulo, Ed. Phorte, 2002.[3]
- Soccernomics. Simon Kupper, Stefan Szymanski. Rio de Janeiro, Tinta Negra Bazar Editorial, 2010.[4]
- Marketing Esportivo. Bernard J. Mullin, Stephen Hardy e Willian A. Sutton. Porto Alegre, Artmed/Bookam, 2004.[5]
- Uma Bela Jogada - 20 anos de marketing esportivo. João Henrique Areias, Outras Letras, 2007.
- Marketing Futebol Clube. Luiz Claudio Zenone. Editora Atlas
- A Bola não entra por acaso. Ferran Soriano
- Marketing Esportivo. Melissa Johnson Morgan, Jane Summers.
- Marketing e Gestão do Esporte. Ary José Rocco Jr. Editora Atlas.
- ↑ Thiago Mansur (17 de dezembro de 2011). «IBME prepara lançamento de livro»
- ↑ João Henrique Areias (1 de junho de 2012). «Livro - O Marketing Esportivo no Brasil - IBME ABRIL DE 2012 - LEITURA IMPRESCINDÍVEL»
- ↑ João Pedro Caleiro (23 de maio de 2015). «Copa é um desperdício de dinheiro, diz autor de Soccernomics». Exame
- ↑ https://web.archive.org/web/20140707093308/http://exame.abril.com.br/economia/noticias/copa-e-desperdicio-de-dinheiro-diz-autor-de-soccernomics. Arquivado do original em 7 de julho de 2014 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ https://web.archive.org/web/20140813185332/http://www.grupoa.com.br/livros/marketing/marketing-esportivo/8536301759. Arquivado do original em 13 de agosto de 2014 Em falta ou vazio
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