Maracá
Maracá | |
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Um par de maracas | |
Informações |
O maracá, maraca, bapo, maracaxá ou xuatê[1] é um idiofone de agitamento, constituído por uma bola, que pode ser de cartão, plástico ou cabaça, contendo sementes secas, grãos, arroz ou areia grossa, e uma pega. Dependendo dos materiais usados, podem produzir sons como o de lixar ou o de arranhar, quando tocadas. Normalmente, são tocadas aos pares - com uma maraca em cada mão- agitando-se-as, embora também possam ser tocadas rodando-se-as lentamente.
Este instrumento é típico das danças latino-americanas. É conhecido por outros nomes nos países da América Latina: asson ou tcha-tcha no Haiti, alfandoque, carangano ou geraza na Colômbia, nasisi no Panamá e sonajas no México, bapo ou carcaxa no Brasil, chinchin na Guatemala, dadoo na Venezuela, huada no Chile e maruga em Cuba.
É um dos instrumentos musicais indígenas mais conhecidos.[2]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]"Maraca" e "maracá" são oriundos do tupi maraká, com o mesmo significado.[1].
Uso religioso pelos indígenas brasileiros
[editar | editar código-fonte]O cronista alemão Hans Staden descreveu, em sua obra História verdadeira..., que os indígenas tupis que habitavam a maior parte do litoral brasileiro no século 16 veneravam os seus maracás como deuses. Cada indígena possuía seu maracá particular, que era guardado em um aposento próprio, após o maracá ter sido consagrado pelo pajé. Ao seu maracá particular, os indígenas dirigiam suas preces e pedidos.[3]
Referências
- ↑ a b Buarque de Holanda Ferreira, Aurélio. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 1 087
- ↑ «Maracá — Universidade Federal da Paraíba - UFPB Laboratório de Estudos Etnomusicológicos - LABEET». www.ccta.ufpb.br. Consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ STADEN, H. Duas viagens ao Brasil: primeiros registros sobre o Brasil. Tradução de Angel Bojadsen. Porto Alegre/RS. L&PM. 2010. p. 153-155.