Lista de formatos de banda desenhada
Álbum
[editar | editar código-fonte]Álbum é um termo para edição em formato livro de banda desenhada, bastante popular na Europa, é usado como sinônimo de trade paperback (edição que reúne histórias ou arcos de histórias publicadas em revistas de banda desenhada)[1][2][3] e graphic novel (que apresenta uma história fechada).[4] Um álbum independente recebe o nome de fanálbum, um neologismo derivado do termo fanzine criado pelo português Geraldes Lino.[5][6]
Almanaque
[editar | editar código-fonte]Almanaque é um termo usado para indicar um tipo de revista especial com um número maior de páginas, um almanaque pode conter histórias inéditas[7], republicações[8] ou encalhes,[9] podendo abrigar até mesmo arcos de história[10].
Bolso
[editar | editar código-fonte]Formato usado nos livros de bolso[11], varia de 11,0 cm x 17,8 cm a 13,5 cm x 21,6 cm[12] (apesar de que para as banda desenhadas, essa dimensão equivale aos formatinhos).
Bonellide
[editar | editar código-fonte]Formato criado pela editora italiana Sergio Bonelli Editore (16 x 21 cm)[13].
Formatinho
[editar | editar código-fonte]Também conhecido como "digest size"[14] (13 x 21 cm)[15][16], o formato se assemelha ao A5 (14 x 21 cm).
Formato americano ou comic book
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Formato usado nas revistas estadunidenses[17], os chamados comic books, inicialmente correspondia a metade de tabloide.[18], mas atualmente está padronizado no tamanho 17 x 26 cm.[19].
Magazine
[editar | editar código-fonte]Magazine é um termo em inglês para designar revista (enquanto que revistas de banda desenhada são chamadas de "comic books", literalmente livros de banda desenhada), o formato foi adotado pela EC Comics, em 1954 pela Revista Mad, inicialmente, a Mad foi publicada no formato americano, logo a editora resolveu adotar o formato de magazine e em preto e branco, a fim de evitar a censura do Comics Code Authority, antes da publicada da Mad, a revista foi bastante criticada pelas histórias de terror, principalmente depois da publicação do livro Seduction of the Innocent[20], anos mais tarde, o formato foi usado pela Warren Publishing, editora que também investiria no gênero terror[21].
Formatos de jornal
[editar | editar código-fonte]Os formatos de jornal geralmente são usados para pranchas dominicais. O formato mais comum é o tabloide, porém, a revista O Lobinho do Grandes Consórcios de Suplementos Nacionais do jornalista Adolfo Aizen era publicada no formato Standard[18].
Tamanhos de papel
[editar | editar código-fonte]Tamanhos de papel são medidas padronizadas encontradas no mercado, ou seja, os artistas desenham nesses tamanhos, sem que sejam publicados no mesmo tamanho[22], contudo, os tamanhos também podem ser usados em publicações, o Formato A4 por exemplo, é bastante utilizado nos álbuns de Banda desenhada franco-belga e o A6, usado em minicomics.[23]
Talão de cheque
[editar | editar código-fonte]Talão de cheque (Albi a striscia no original), , Outro formato surgido na Itália, pequena revista horizontal (17 x 8 cm)[24], semelhante a um talão de cheques, cada página equivale a uma tira diária, o personagem Tex Willer da Sergio Bonelli Editore foi publicado originalmente nesse formato[18].
Trade paperback
[editar | editar código-fonte]Trade paperback, TPB ou encadernado é o nome dado a edições especiais que compilam histórias ou arco de histórias publicadas em revistas periódicas[25]. Nos mangas o formato bastante utilizado é o tankobon[26].
Referências
- ↑ Panini relança o encadernado de Terra X
- ↑ Delfin. «CEREBUS - BOOK 1». Universo HQ
- ↑ Sérgio Codespoti (12 de janeiro de 2009). «Tintim completa 80 anos de aventuras». Universo HQ
- ↑ Sérgio Codespoti (10 de julho de 2009). «Capa de graphic novel com Megan Fox é censurada». Universo HQ
- ↑ Lino, Geraldes (2013). «Fanzines, esses desconhecidos». Catálogo 24º AmadoraBD 2013. [S.l.: s.n.] pp. 148–145
- ↑ Lino, Geraldes (abril de 1999). «Fanzines e Fanálbuns - Definições, Polémicas e Balanço de 1998». Meribérica. Selecções BD. 2 (6)
- ↑ Carlos Costa (29 de janeiro de 2007). «Scooby-Doo ganha almanaque pela Panini». HQManiacs
- ↑ Carlos Costa sobre release (8 de outubro de 2012). «Almanaque do Peninha traz HQs de Biquinho». HQManiacs
- ↑ Callari, Alexandre; Zago, Bruno; Lopes, Daniel. Quadrinhos no Cinema 2. [S.l.]: Editora Évora, 2012. 62 p. ISBN 978-8-563-99339-7
- ↑ Jamerson Albuquerque Tiossi (1 de setembro de 2006). «Panini Comics - 5 anos no Brasil». HQManiacs
- ↑ Marcelo Naranjo (6 de junho de 2011). «Quem se lembra da coleção Quadrinhos de Bolso?». Universo HQ
- ↑ Wilson-Fletcher, Honor (11 de agosto de 2001). «Why Size Matters». The Guardian
- ↑ Da Wikipedia, l'enciclopedia libera. «Sergio Bonelli Editore». Sergio Bonelli Editore. Consultado em 23 de maio de 2010. Arquivado do original em 2 de janeiro de 2012
- ↑ John Morrow, Jack Kirby. TwoMorrows Publishing, ed. Collected Jack Kirby Collector. 2004. [S.l.: s.n.] 154 páginas. ISBN 9781893905016
- ↑ «Brazil: O Pato Donald». Inducks
- ↑ Alexandre Lancaster. «O Gibi, Esse Incompreendido! - Parte 1». Anime Pró
- ↑ Waldomiro Vergueiro (30 de Junho de 2000). «O formatinho está morto! Longa vida ao formatinho!». Omelete. Consultado em 10 de maio de 2010
- ↑ a b c Gonçalo Junior. Companhia das Letras, ed. A Guerra dos Gibis - a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964. 2004. [S.l.: s.n.] ISBN 9788535905823
- ↑ Heitor Pitombo (junho de 2007). «Marvel - 40 Anos de Brasil». Revista Crash (5). Editora Escala. pp. 15 a 21. ISSN 1980-8739
- ↑ Sérgio Codespoti (8 de maio de 2008). «Quando a nomenclatura faz a diferença». Universo HQ. Consultado em 16 de maio de 2010
- ↑ Sidney Gusman (18 de setembro de 2006). «Gibihouse comemora os 30 anos de Kripta». Universo HQ
- ↑ Andréa Pereira sobre release (10 de junho de 2008). «Comix lança bloco para desenho e faz promoção». HQManiacs
- ↑ The Comics Journal, Edições 191-192;Edição 195 no Google Livros
- ↑ Mario Morcellini, Alberto Abruzzese, Donatella Scipioni (2001). Il Mediaevo: TV e industria culturale nell'Italia del XX secolo. [S.l.]: Carocci. 214 páginas
- ↑ press release (2 de março de 2004). «Homem-Aranha: Edição Histórica, da Mythos Editora». Universo HQ
- ↑ Wayne P. Lammers (2005). Japanese the manga way: an illustrated guide to grammar & structure. [S.l.]: Stone Bridge Press, Inc. 269 páginas. ISBN 1880656906, ISBN 9781880656907