Jurema Werneck
Jurema Werneck | |
---|---|
Nome completo | Jurema Pinto Werneck |
Nascimento | 16 de dezembro de 1961 (63 anos) Rio de Janeiro, Guanabara |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Dulcinéa Maria Pinto Werneck Pai: Nilton de Souza Werneck |
Alma mater | Universidade Federal Fluminense |
Ocupação | médica ativista de direitos humanos pesquisadora |
Empregador(a) | Amnesty International |
Jurema Pinto Werneck (Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1961) é uma ativista feminista, médica, pesquisadora, comunicóloga, cofundadora da organização não governamental Criola. É também Diretora-Executiva da Anistia Internacional no Brasil, desde fevereiro de 2017, e faz parte do quadro da direção do Global Fund for Women.[1][2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Jurema nasceu no Rio de Janeiro, filha do alfaiate Nilton de Souza Werneck e da costureira Dulcinéa Maria Pinto Werneck.[4] Cresceu no Morro dos Cabritos, em Copacabana, e na Ilha do Governador. Após o ensino secundário, graduou-se em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (1986), tendo sido a única aluna negra de sua turma. Após a graduação, trabalhou na Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro e no Centro de Articulação de Populações Marginalizadas. Em 1992 foi uma das fundadoras da ONG Criola, de promoção dos direitos das mulheres negras.[2]
É mestre em Engenharia de Produção pela COPPE-UFRJ (dissertação: Conhecimento, Poder e Gênero: o Desafio das Yalodês,2000) e doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (tese: O Samba Segundo as Ialodês: mulheres negras e a cultura midiática, 2007).[5][6]
Além de Diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil,[7] integra a diretoria do Global Fund for Women, os conselhos da ONG Criola, do Fundo Brasil de Direitos Humanos, do Greenpeace Brasil e da Vital Strategies Brasil.[8] Cofundadora da organização não governamental Criola (1992), representou o Movimento Negro no Conselho Nacional de Saúde (2007-2012) e foi coordenadora geral da 14ª Conferência Nacional de Saúde (2011). Integrou o Grupo Assessor da Sociedade Civil da ONU Mulheres Brasil e o Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Ministério da Saúde.[6]
Como médica e ativista, Jurema pesquisa as condições de vida das mulheres negras e também faz o monitoramento de políticas públicas. Em 2021, ela prestou depoimento à CPI da COVID onde apresentou um estudo aos senadores que aponta que 120 mil vidas poderiam ter sido poupadas em 2020, primeiro ano de pandemia, se o governo brasileiro tivesse adotado as medidas preventivas, como distanciamento social, restrição a aglomerações e fechamento de escolas e comércio.[9]
Livros publicados
[editar | editar código-fonte]- Branquitude: diálogos sobre racismo e antirracismo (coletânea; vários autores). Fósforo, 2023.
- O samba segundo as ialodês: mulheres negras e cultura midiática. Hucitec, 2020.
- Mulheres negras na primeira pessoa (org. com Nilza Iraci e Simone Cruz). Redes Editora, 2012
- O livro da saúde das mulheres negras. Pallas, 2000.
Referências
- ↑ «Jurema Werneck». Global Fund for Women (em inglês). 29 de setembro de 2015. Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ a b «Diretora da Anistia Internacional no Brasil luta contra o racismo e o sexismo». O Globo. 19 de março de 2017. Consultado em 19 de maio de 2019
- ↑ «Jurema Werneck é a nova diretora executiva da Anistia Internacional». Anistia Internacional. Consultado em 19 de maio de 2019
- ↑ A teia que eleva mulheres. Ecoa, 10 de novembro de 2021.
- ↑ «Jurema Werneck: Somos herdeiras de mulheres que construíram a própria força». Brasil de Fato. Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ a b Currículo Lattes: Jurema Pinto Werneck
- ↑ Brasil é o 4º país que mais mata ativistas de direitos humanos - é o que aponta o relatório 2023 da Anistia Internacional. Por Beatriz Albuquerque. Agência Brasil, 28 de março de 2023
- ↑ Vital Strategies - Conselho Consultivo
- ↑ «Jurema Werneck: conheça a diretora da Anistia Internacional que depôs à CPI». Jornal Estado de Minas. Consultado em 30 de outubro de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Vídeo: entrevista com Jurema Werneck. Roda Viva, 17 de maio de 2021.
- Nascidos em 1961
- Alunos da Universidade Federal Fluminense
- Alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro
- Anistia Internacional
- Feministas afro-brasileiras
- Médicas do Brasil
- Médicos afro-brasileiros
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Agraciadas com o Diploma Bertha Lutz
- Brasileiros de ascendência africana