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Jules Laforgue

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Jules Laforgue
Jules Laforgue
Nascimento 16 de agosto de 1860
Montevidéu
Morte 20 de agosto de 1887 (27 anos)
Paris
Sepultamento Cimetière parisien de Bagneux
Nacionalidade Francês
Cidadania França, Uruguai
Alma mater
Ocupação Poeta e romancista
Principais trabalhos Litanias da lua
Causa da morte tuberculose

Jules Laforgue (Montevidéu, 16 de agosto de 1860Paris, 20 de agosto de 1887) foi um poeta inovador e romancista de idioma francês, muitas vezes tratado como um poeta simbolista, porém, mais frequentemente classificado como decadente[1]. Críticos e comentaristas da sua obra também têm defendido uma influência do Impressionismo na sua poesia.[2]

Filho de pais franceses, nasceu no Uruguai em 1860. Em 1866, sua família retorna à França, indo viver em Paris em 1877.

Publica seus primeiros poemas em revistas, no ano de 1879. Em 1880 conhece Paul Bourget, que seria seu protetor.

Escreve em 1881 o romance curto “Stéphane Vassiliew (publicada em 1943). Visita com frequência o Museu do Louvre e passa os dias em bibliotecas. Assiste aos cursos de Hippolyte Taine na escola de Belas Artes e se interessa pelo Impressionismo. Por este motivo, alguns estudiosos acreditam que era intenção consciente do autor traduzir a pintura desta escola para os seus poemas.

Em 1882 vai viver na Alemanha, nomeado “leitor de francês” pela imperatriz Augusta, esposa de Guilherme I. Escreve artigos para diversas revistas e seu primeiro livro de poemas, “Les complaintes” seria publicado em 1885, às custas do autor.

Em 1886, casa-se com a inglesa Leah Lee em Londres e vai viver com ela em Paris, no ano de 1887. Publica no "Le Figaro"e na “Revue Independante”. O casal passa por dificuldades financeiras e o poeta contrai tuberculose, morrendo em 20 de agosto de 1887, quatro dias após completar 27 anos.

Filosoficamente, ele foi um discípulo do pessimismo de Schopenhauer, o que o alinhava com o Decadentismo. O Budismo , Heine e Taine também influenciaram sua abordagem temática. A combinação incomum destes elementos contribuíram para um discurso diferenciado entre os poetas da época.

Formalmente, Laforgue também evitou a coesão tradicional e d univocidade. Em seus experimentos linguísticos, o poeta usa a ironia, a frase corrente e coloquial, inclusive o balbuciar e a descontinuidade sintática. Toda sua poesia, além disso, se acha repleta de exclamações e interjeições, o que se traduz em um ritmo entrecortado e muito marcante.

Tradutor de Walt Whitman, Laforgue foi um dos primeiros poetas franceses a escrever no verso livre, o primeiro a fazê-lo de forma sistemática. A sua poesia seria uma das influências fortes na linguagem poética de Ezra Pound e de um primeiro Eliot , causando grande impacto sobre os surrealistas. No Brasil, influenciou Pedro Kilkerry, Marcelo Gama, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade[3].

A maior parte de sua obra foi de publicação póstuma.

Algumas obras publicadas, em ordem de primeira publicação

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  • Stéphane Vassiliew (1881, publicado em 1943)
  • Les Complaintes (1885)
  • L'Imitation de Notre Dame la Lune (1886)
  • Moralités légendaires (1887)
  • Des Fleurs de bonne volonté (1890)
  • Derniers vers (1890)
  • Berlin, la cour et la ville (1922)

Ligações externas

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Referências