José da Cunha Brochado
José da Cunha Brochado | |
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Nascimento | 1651 Cascais |
Morte | 1733 |
Cidadania | Reino de Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | diplomata |
Distinções |
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José da Cunha Brochado (Cascais, Cascais, b. 8 de abril de 1651 — 1733) foi um diplomata e magistrado português.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de António da Cunha da Fonseca e de sua mulher Joana Inguinhol (?) e afilhado de Belchior da Cunha e de Ângela (?) da Cunha.[1]
Estudou Cânones na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra, saindo bacharel em 1672 e doutor em 1673.[2]
Foi magistrado em Lisboa.
Iniciou o seu percurso no palco das relações internacionais na qualidade de Secretário de Embaixada de D. Luís Álvares de Castro, 2.º Marquês de Cascais e 7.º Conde de Monsanto, entre 1695-1704 em Paris, França.[3]
Foi uma das cinco testemunhas dos dois voos da Passarola do Padre Bartolomeu de Gusmão.
Enquanto diplomata português, participou nas negociações do Tratado de Utreque e foi nomeado por D. João V de Portugal para negociar em Madrid o casamento entre o futuro D. José I de Portugal e D. Mariana Vitória de Bourbon e outras questões pendentes entre Portugal e Espanha.
Da sua vasta obra, destacam-se «Cartas e negociações do tempo em que residiu na Corte de França sendo enviado extraordinário e Cartas e negociações do tempo em que residiu na Inglaterra, sendo enviado na mesma Corte».[4]
Em suas cartas e memórias, Brochado revelou não somente aspetos relacionados com a vida na corte, mas com o comportamento adotado por esse embaixador, ao qual a ele delegava. Percebe-se que a estada nas cortes europeias demandava não somente conhecimento político, mas também habilidade para circular nos mais diferentes ambientes e conviver com hábitos sociais e culturais bastante distintos, características essas que acreditava ter.[3] Correspondeu-se com Manuel Pinheiro Arnaut. Estrangeirado, defendeu a extinção da Inquisição e a reabilitação dos Judeus.
Foi Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo.
Ascendeu aos lugares de Chanceler das Ordens Militares, Censor e Diretor da Academia Real da História Portuguesa.[4]
A Rua José da Cunha Brochado, na Freguesia e no Concelho de Cascais, da sua naturalidade, recebeu o seu nome.
Referências
- ↑ https://digitarq.arquivos.pt/viewer?id=4803499
- ↑ «José da Cunha Brochado (1651 - 1733)». Sítio de Arlindo Correia. 20 de outubro de 2008
- ↑ a b Pereira, Ana Luiza (2016). «José da Cunha Brochado». Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Universidade Nova de Lisboa
- ↑ a b «José da Cunha Brochado». Dicionários Porto Editora. Infopédia. Consultado em 3 de julho de 2017
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Gomes, Ana Luiza de Castro Pereira (janeiro–abril de 2016). «José da Cunha Brochado: de secretário de embaixada a embaixador extraordinário». Niterói. Tempo. 22 (39)
- «Correspondência de José da Cunha Brochado, Código de Referência: PT/TT/CSV/25». no Arquivo Nacional da Torre do Tombo
- A missão de José da Cunha Brochado a Madrid em 1725, Revista de Negócios Estrangeiros, nº 12, 2008 (Janeiro), pp. 283-292 [1]
- Obras de José da Cunha Brochado na Biblioteca Nacional de Portugal