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José Rodrigo de Almeida

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José Rodrigo de Almeida
Nascimento 1757
Lisboa
Morte 8 de junho de 1832 (74–75 anos)
Ponta Delgada
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação engenheiro de combate, cartógrafo

José Rodrigo de Almeida (Lisboa, 1757Ponta Delgada, 8 de junho de 1832) foi um engenheiro militar do Exército Português.[1][2][3]

Pertencia ao Real Corpo de Engenheiros do Exército Português, mas pouco sabemos do início da sua carreira militar. Desde cedo foi prestar serviço na Capitania-Geral dos Açores, onde em 1800 estava encarregado da Direcção-Geral de Obras Públicas na cidade de Angra, além de trabalhar na carta topográfica da ilha Terceira.

Em 1805 assinava, como sargento-mor do Real Corpo de Engenheiros, uma planta do Castelo de São João Baptista do Monte Brasil e da cidade de Angra, hoje no arquivo de desenhos da Inspecção de Obras Militares. Em 1822 foi promovido a coronel, servindo então no Faial.

Quando da revolução liberal de 22 de junho de 1828, em Angra, foi nomeado membro do governo interino, por ser o oficial mais antigo, uma vez que o brigadeiro Castil Blanco recusou a sua nomeação. Em 1830, foi nomeado membro do Conselho de Justiça Militar e, nessa qualidade, acompanhou o exército liberal da Terceira para São Miguel. Adoecendo a bordo, veio a falecer no hospital de Ponta Delgada.

No posto de sargento-mor, em cumprimento a ordens da Real Junta da Fazenda dos Açores, realizou em 1804 uma planta da cidade da Horta, na ilha do Faial,[4] com uma detalhada legenda, onde assinala as instituições e edifícios mais notáveis do espaço urbano e do espaço envolvente: Alfândega, Misericórdia, Conventos, Ermidas e Impérios. Particular atenção é dada às instalações militares - fortes e muralhas - e ao seu estado de conservação. Indica-se, por exemplo, "logar aonde a muralha esta arruinada". O espaço edificado da aglomeração urbana é figurado com detalhe, incluindo hortas e quintais. No porto, inscreve-se o "projecto de um molhe".

Esteve envolvido na fortificação da ilha Terceira e mais ilhas a ocidente, por determinação do então Capitão-general da Capitania Geral dos Açores, Francisco António de Araújo e Azevedo, de que deixou coleção de plantas.[5]

Posteriormente, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), integrou o Exército Libertador. Data deste período a "Planta da cidade de Angra, capital das ilhas dos Açores: offerecida ao Ill.mo e Ex.mo Sñr. Conde de Villa-Flor, membro da Regencia, Commandante das Forças Militares e Marechal de Campo".[6]

  • 1801 - "Planta do Castelo de São João Baptista"[7]
  • 1805 - "Planta do Castelo de São João Baptista"[8]
  • 1806 - Carta Militar da ilha Terceira
  • 1825 - Carta Militar da ilha Terceira
  • 1804 - Carta das fortificações e baías do Faial
  • 1805 - Carta das fortificações e baías do Faial
  • 1804-1805 - Conjunto de plantas dos fortes que defendem a Horta
  • 1822 - Conjunto de plantas e alçados de doze fortalezas da ilha das Flores e da ilha do Corvo[9]
  1. «Almeida, José Rodrigo de» na Enciclopédia Açoriana.
  2. Drummond, F. F. (1980), Anais da Ilha Terceira. 2.ª ed., Angra do Heroísmo, Secretaria Regional de Educação e Cultura, III.
  3. FARIA, Manuel Augusto. "Plantas dos Fortes da Ilha Terceira". Atlântida, vol. LXV, 2000. p. 154-171.
  4. Atualmente no Gabinete de Estudos Arqueológicos e Engenharia Militar da Direcção dos Serviços de Engenharia Militar do Exército Português.
  5. "Colecção de Plantas e Alçados de 32 Fortalezas dos Açores, por Joze Rodrigo d'Almeida em 1830". GEAEM.
  6. "Planta da cidade de Angra, capital das ilhas dos Açores, José Rodrigo de Almeida, 1830, Açores." in Arquipélagos.pt. Consultado em 31 dez 2011.
  7. De possível autoria de Almeida, foi enviada para Lisboa em outubro de 1801, de paradeiro hoje desconhecido, cf. FARIA, 2000:156.
  8. Traz a primeira representação do Pátio da Alfândega, sobre a antiga Porta do Mar em Angra, cf. FARIA, 2000:156.
  9. Desta última, nomeadamente da "Bateria que se precisa construir para defender a ilha do Corvo", cf. FARIA, 2000:156.

Ligações externas

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