Joaquim III de Constantinopla
Joaquim III de Constantinopla | |
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Patriarca Joaquim III de Constantinopla | |
Nascimento | 30 de janeiro de 1834 Boyacıköy |
Morte | 26 de novembro de 1912 Istambul |
Cidadania | Império Otomano |
Ocupação | sacerdote |
Distinções |
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Religião | cristianismo ortodoxo |
Assinatura | |
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Joaquim III de Constantinopla (em grego: Ιωακείμ Γ'); 30 de janeiro de 1834 – 26 de novembro de 1912), dito o Magnífico (em grego: ο Μεγαλοπρεπής), foi patriarca ecumênico de Constantinopla duas vezes, entre 1878 e 1884 e entre 1901 e 1912.
História
[editar | editar código-fonte]Joaquim nasceu em Istambul em 1834 numa família aromaniana de Kruševo, mas foi educado em Viena. Entre 1858 e 1861, foi diácono da Igreja de São Jorge, a principal do Patriarcado e protossincelo de seu predecessor, o patriarca Joaquim II. Em 1864, foi eleito bispo de Varna e, dez anos depois, de Tessalônica[1][2].
Em 1878, Joaquim foi eleito para o trono patriarcal e se concentrou em reforçar a organização administrativa do Patriarcado e melhorar suas finanças. Em 1880, fundou a revista "Verdade" e realizou diversas obras de caridade. Dois anos depois, um novo edifício para a Grande Escola da Nação foi completado no distrito de Fener, ampliando enormemente os serviços prestados à comunidade grega. Depois de ter sido deposto em 1884, Joaquim permaneceu em Istambul até 1889, quando decidiu se mudar para Monte Atos, onde permaneceu até 1901, ano de sua re-eleição ao trono.
Ao retornar, Joaquim III teve que enfrentar um grande tumulto na comunidade ortodoxa na porção dos Bálcãs ainda sob o controle do Império Otomano, pois búlgaros e sérvios lutavam para utilizar suas próprias línguas e clérigos de seus próprios povos em suas comunidades ao mesmo tempo que o governo otomano enfrentava movimentos nacionalistas cada vez mais agressivos. Preocupado com a situação e com escândalos que desgraçavam a imagem da Igreja, Joaquim III formulou novas iniciativas para o Patriarcado, incluindo a consideração de diversas reformas em uma carta encíclica para os demais patriarcados, incluindo a reforma do calendário (do juliano para o gregoriano)[3]. Joaquim III é lembrado principalmente por estas incansáveis tentativas de encontrar uma solução para o cisma da Igreja Ortodoxa da Bulgária (em 1872), mas sem sucesso[4].
Em 1905, Joaquim foi deposto por um grupo de nove bispos metropolitanos liderados por Joaquim de Éfeso e Procópio de Durazzo. Porém, o golpe não teve o apoio da Sublime Porta, que queria que Joaquim permanecesse patriarca, uma posição que ele manteve até sua morte em 1912[5].
O patriarca Joaquim III, o Magnífico, é reconhecido como um dos mais importantes patriarcas do século XX.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Joaquim III de Constantinopla (1878 - 1884 / 1901 - 1912)
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Referências
- ↑ Dwight, H. G. (2002). Constantinople and Istanbul Old and New (em inglês). [S.l.]: Routledge. ISBN 0-7103-0721-7
- ↑ Cobham, Claude Delaval (ed.). The Patriarchs of Constantinople. Prefatory Notes (em inglês). [S.l.: s.n.] p. 20
- ↑ Fortescue, Adrian. Cobham, Claude Delaval, ed. The Patriarchs of Constantinople. Introduction I (em inglês). [S.l.: s.n.] p. 39-40
- ↑ Okey, Robin (2007). Taming Balkan Nationalism: The Habsburg 'Civilizing Mission' in Bosnia 1878-1914 (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-921391-7
- ↑ Fortescue, Adrian. Cobham, Claude Delaval, ed. The Patriarchs of Constantinople. Introduction I (em inglês). [S.l.: s.n.] p. 37-38
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Ἰωακεὶμ Γ´» (em grego). Site oficial do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla
- Este artigo incorpora texto da Orthodox Wiki (em inglês) (artigo "Joachim III of Constantinople").